14 de setembro de 2011

O concelho (charneira) desfalece

Nos últimos anos temos sido bombardeados com a imagem do concelho charneira: dinâmico e empreendedor. Agora o vereador da educação lamentou que “continuar assim, não vamos ter crianças para as salas construídas”. Há muito que a generalidade dos indicadores (excepto o do número de eleitores, muito valorizado pelo poder mas claramente adulterado, e no número de vereadores) mostravam que o concelho estava a desfalecer. É a vida.
Onde não há visão as populações desaparecem. Sempre assim foi e sempre assim será. A política das benesses e do folclore tinha que ter consequências.

9 comentários:

  1. Bom dia!
    Estou de acordo consigo quando afirma;" A política das benesses e do folclore tinha que ter consequências".

    Com é sabido o exemplo vêm de cima e o estado social que tivemos nos últimos anos teve custos elevados que todos temos que pagar, será a pesada herança para as gerações vindouras.

    Caminhamos neste Pais, a passos largos, para uma população envelhecida, sem meios capazes de sustentar mais do que um filho por casal, não é só em Pombal, infelizmente!
    A breve prazo temos no nosso País uma legião de reformados a viver da segurança social, para a qual muito justamente fizeram os seus descontos, e esta por sua vez não terá verbas para lhes pagar as reformas a que têm direito, Não há rejuvenescimento da população de forma a garantir a força de trabalho necessária para pagar as contribuições à segurança social, vamos ter de importar muita mão de obra para suprir as necessidades do País e garantir a sustentabilidade da segurança social.

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  2. A afirmação do Vereador tem tanto de significado como de importância.
    Então o homem que anda a construir modernos centros escolares, um por cada capelinha, diz que provavelmente não iremos ter crianças para as salas construídas?
    Pára tudo!
    Então estamos a construir centros escolares para quê e para quem?
    É preciso repensar a coisa. Repensar e mudar a estratégia.
    Por acaso não concordo que se tenha construído um pólo escolar em Santiago de Litém, outro em Albergaria dos Doze e agora um outro em São Simão de Litém. Porque não ter-se construído um único naquelas freguesias de Alitém?
    O mesmo acontece com Ilha, Mata Mourisca e Guia. Porque não um único, devidamente redimensionado para aquelas três freguesias.
    Vamos lá ter visão, rasgo e gestão por objectivos.

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  3. Esta será, talvez, uma das feridas que mais vai sangrar nos próximos anos. Já lá vai muito tempo, participava eu de um convívio/festa de Natal na associação da minha Moita do Boi, quando assisti a este episódio: atrasado (como é hábito), o presidente da Câmara atravessou o salão com uma folha de papel embrulhada numa fita vermelha, tipo papel de presente. Era nada menos do que o projecto de reconstrução da escola primária, num ano em que, excepcionalmemte, havia perto de 50 crianças na aldeia. A obra fez-se e a escola cresceu, a par de uam creche entretanto instalada no piso zero da colectividade. Mas os tempos mudaram. A minha geração ficou lá quase toda e teve lá filhos, as que se seguiram nem por isso. De modo que, soube há dias, há meia dúzia de crianças matriculadas no primeiro ano. Por isso bem entendo as angústias de Fernando Parreira. Oh, se compreendo...

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  4. Boa tarde!
    Caro Rafeiro subscrevo inteiramente o seu comentário.
    Acrescento: elefantes brancos, dentro de poucos anos, não são os pavilhões plantados à porta de cada munícipe! Alguns centros escolares construídos agora, dentro de pouco tempo, vão fazer lembrar as escolas plantadas pelo concelho no início dos anos 80 e entregas no ano passado a grupos de sueca!
    Seria preferível adaptá-las como casas e arrendá-las aos pobres por valores simbólicos

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  6. incentivo e subsidio concelhio à natalidade, e já!
    o PS/Pombal em tempo propos um "cheque-pré natal" para os jovens pais do concelho, recordam-se? Foi vaiado e achincalhado pois discutiamos na altura a famigerada Lei da IVG.
    mas agora, bem talvez seja então altura de colocar em pratica a ideia, não a da IGV mas a do tal "cheque natalidade municipio de Pombal".
    assim como assim, era um subsidio, para uma colectividade e marcavasse o terreno futuro para jovens eleitores.
    mais ou menos ou jeito de o pai um dia irado com a traquinisse do petiz, dizer "...se não fosse o PSD e o presidente da Câmara tu não tinhas nascido...puto!".

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  7. Esse subsidio poderia vir com efeitos retroactivos!

    Foi a história dos subsídios que também levou o país a este estado.

    O subsidio não é forma de se atingir nenhum fim.

    No caso em concreto não são 500, 1000 ou 2000eur que vão fazer crescer a natalidade.

    São precisas outras medidas: melhor e mais acessível acompanhamento pré-natal, melhor funcionalidade das cresches e infantários que deverão disponibilizar horários mais alargados e serviços "porta a porta", etc... medidas que permitam tornar mais "confortável" a aventura da natalidade.

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  8. asricardasvipombas...
    em tempos houve um sr comentador que dizia grosso modo "...temos de fazer uma interpretação autentica das palavras de quem as profere..." e eu à giza disso lhe digo que quando escrevo em subsidio procuro a ironia da questão. certo que tem toda a razão. não é com subsidios que vamos lá- alias e nada politicamente correcto, eu defendo desde sempre que o subsidio deve e pode ser dado para ajudar a concluir o que se quer nunca o meio de iniciar algo. sendo assim sou defensor e doa a quem doer que dinheiro publico como subsidio só com obra ja feita e/ou em fase de acabamento. será tempo de acabar com a vivencia das colectividades, dos clubes, das associações, dos agrupamentos enfim de uma quantidade enorme de subsidiodependentes neste concelho. os recursos são escassos e mal distribuidos (em minha oponião) e assim sendo parcimónia e muita atenção na forma de como, quando e a quem se entrega dinheiro dos contribuintes. se acharmos que podemos "comprar" com isso votos eleitorais ou outros... então estamos mal. Escrevo por mim e não "amarro" o PS Pombal a este proposito que é o de "quem quiser peixe que faça por isso" ou a bem dizer "molhe os gluteos"!

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  9. Resumindo... defende os subsídios, mas só depois de gastos feitos!
    É tipo não, mas ao contrário...
    A sua defesa supra é a defesa do que se passa actualmente... a esmagadora maioria dos subsídios são atribuídos com as obras em curso, prontas ou quase prontas.
    É assim... e infelizmente sempre o foi.
    Eu entendo, talvez por ser dona de casa, que atribuir subsídios deve ser como comprar uma calças que o filho pede... saber quais são, quanto custa e (no caso dos tais "subsídios") como vão ser custeados e depois o que é que o filho "vai dar em troca" à casa... quais são as tarefas extraordinárias (ordinárias são as obrigações) que se predispõe a dar em troca deste apoio para comprar as tais calças que ele pretende!!!
    Isto é ... contratualizar qualquer tipo de apoio de modo a quem é apoiado ter de retribuir esse mesmo apoio.
    Tentei ser clara.

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