10 de novembro de 2022

Tudo em família

A junta das Meirinhas mandou para a câmara as facturas de uns biscates, que afirma ter feito, e pediu um subsídio – procedimento regular.  



A câmara recebeu as facturas e aprovou o subsídio, com os votos contra e umas críticas acertadas dos vereadores do PS 

Com o João nunca se sabe se as facturas derivam dos biscates ou se os biscates derivam das facturas. Do Pedro sabemos que ele não sabe nem quer saber duma coisa nem da outra…

Há maior regabofe que este? Há! E continuarão enquanto houver dinheiro e falta de vergonha.

Chamem a polícia.


6 comentários:

  1. Como aqui se afirma o procedimento é regular. É aliás uma das formas que as juntas têm para obter mais alguns fundos com que vão conseguindo fazer as intervenções que a população exige, ou espera, sejam feitas.
    O João fez e tratou de tentar equilibrar a tesouraria com mais essa receita extraordinária que a câmara aprovou..
    A oposição fez o seu papel de crítica e voto em conformidade.
    A suspeição sobre o João é um bocadinho maldosa, porque o João é e sempre foi um personagem que soube dar solução aos problemas que se lhe depararam, e isso é habilidade que falta a muitos, mas daí a sugerir que o jogo pode não ser limpo é uma suspeição maldosa.
    Como maldosa é também a opinião sobre o Pedro que até ver tem apoiado em tudo o que pode as juntas. E isso é mau? Ou neste caso é só por se tratar do irmão que o caso muda de figura?

    ResponderEliminar
  2. Amigo Serra,
    O seu comentário confirma que nesta coisa dos subsídios, e não só, o desrespeito pela lei é a praxis instalada; mas pelo menos não nos tomem por parvos, gabando-a.

    Bem sei que para si, e para muitos dos seus e de outros, os fins justificam os meios, mesmo no uso dos dinheiros públicos... Tiveram um "mestre" neste tipo de política que fez escola. Mas como a coisa está a atingir proporções obscenas, pode ser que alguns venham a passar um mau bocado. Outros já se safaram...

    Por agora, espera-se que a câmara cumpra a lei e forneça rápidamente os documentos por detrás da atribuição dos subsídios... Talvez desta vez a culpa não morra solteira.

    PS: classifiquei aquele procedimento de obtenção de subsídios de "regular" no sentido de "usual/habitual", como os vereadores do PS assinalaram, e bom entendedor percebe.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Malho, compreendo que o "regular" possa não servir ao seu comentário, porém nada tem de ilegal. Há uma verba orçamentada para apoios às freguesias onde o do caso vertente tem certamente cabimento.
      O subfinanciamento crónico das freguesias e o sobredimensionamento das competências das mesmas e ainda hoje a aumentar, só encontra algum equilibrio financeiro neste expediente legal, sob pena de se paralisarem as mais necessárias e urgentes intervenções locais.
      E porque tem havido bastantes apoios você acha obsceno?
      Olhe, obsceno era dantes terem os presidentes de junta de rogar a atribuição dos mesmos e a sua disponibilização ficar dependente da boa vontade, ou até mesmo capricho dos decisores.
      Garanto-lhe que os magros euros que vão caindo nas freguesias se multiplicam em obras que mais ninguém faria melhor e mais barato.
      Como dizia o outro, qualquer euro a mais pesa muito mais no bolso de um pobre do que no de um rico.
      Depreende então das minhas palavras que nem o João é rico nem o Pedro obsceno.
      O meu amigo é que é muito austero...
      Abraço

      Eliminar
    2. Amigo Serra,
      Critico esta política de subsidiação porque a considero profundamente indigna, tanto para os seus executantes como para as próprias entidades. É profundamente indigna porque abarca tudo que há de pior quer na política/administração pública e quer na natureza humana. Promove a ineficiência porque ao nível da administração da coisa pública fomenta a dependência e a promiscuidade; por outro lado, ao nível das relações pessoais fomenta tudo o que há de mais nefasto e indigno: a pedinchice, o chico-espertismo, o favorecimento, etc.
      Parar com isto é dar o salto para o 1.º mundo.

      Eliminar
  3. Estava eu convicto, se calhar mal, que as juntas de freguesia tinham dotação própria atribuída em orçamento para financiar a sua gestão e demais circunstâncias da gestão autárquica. Mas depois de ver e constatar que em avulso pedido apresentado serem aprovados subsídios, vários, ora para pagar a advogados, ora para pagar barreiras de proteção ou ainda para pagar "biscates", se calhar era melhor na próxima revisão constitucional também apresentar uma proposta para acabar com as freguesias e deixar somente à edilidade a gestão de todo o concelho (calma é irónico). Qualquer coisa que me escapa neste processo todo. Mas afinal há ou não há dotação para liquidar despesas nas Juntas? e se não há, porque razão não há? mas se há, quais os verdadeiros motivos para que as Juntas se apresentem a solicitar tanto subsídio? Se calhar está na altura de valorar esta forma de ser subsídio-dependente. Calha mesmo bem dizer que "...com as calças de me Pai sou um Homem maior!".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Amigo Carolino, estou totalmente em acordo contigo. Está mais que na hora de serem criados mecanismos que atribuam mais independência económica ás Juntas. Com bem sabes os Presidentes de Junta passam o mandato no Beija-mão para conseguir umas migalhas para poderem fazer obra, Tenho um amigo que foi Presidente de Junta que me dizia que não passava de um pedinte. Um servo do poderoso "Mayor".

      Eliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.