4 de novembro de 2008

Sai uma medalha ali para aqueles senhores

A poucos dias do feriado muncipal, o executivo da Câmara Municipal aprovou em consensual decisão os nomes dos felizes comtemplados, este ano, com medalhas de mérito. Li a notícia ontem, aqui. Foi a foto que me prendeu, pois que pelo ar dos três convivas julguei tratar-se de uma fotolegenda divertida: à frente, António Calvete e Narciso Mota seguram um copo de champagne a mão. O primeiro com ar circunspecto, o segundo mais satisfeito. Atrás, Michael António, o jovem vereador amigo do primeiro, discípulo do segundo, faz lembrar um guarda-costas. Não há dúvida: é uma boa fotografia.
Ao ler o texto que a mesma ilustra, ficamos a saber que o patrão dos colégios vai ser um dos homenageados no 11 de Novembro. Ele e mais outros. Na verdade, já foram entregues lá pelo Cardal medalhas menos merecidas. E em tempo de banalização dos nobres galardões, há de tudo: aqueles a quem não dava jeito receber a medalha no ano passado e que transitaram para este ano, aqueles que simplesmente a recusaram e que preferem pendurar toda a dignidade ao peito, e aqueles que lá irão todos contentes, de fato novo e colónia domingueira.
Diz a notícia que o comissário da PSP é um dos homenageados, o que nos faz crer que vão longe os tempos de cólera entre o presidente da autarquia e aquela força de segurança. Ah, claro, que disparate...o comissário era outro.
Vendo bem, a cerimónia deve ser comovente. Depois de tempos passados em que a figura e o desempenho de Calvete não agradavam de todo a Narciso Mota e seus pares, a medalha ajudará a passar uma esponja sobre esse período negro da história política de Pombal. Assim é que é bonito, todos amiguinhos. Humfp.

A mudança sabe sempre bem!

30 de outubro de 2008

O aumento do ordenado mínimo

No meu anterior post não me pronunciei sobre a justeza do aumento do salário mínimo nem sobre a razão ou não da existência do ordenado mínimo.
Mas desde já acrescento que concordo inteiramente a existência de ordenado mínimo, com aumentos do ordenado mínimo acima da inflação e a com a fixação administrativa do seu valor. Pensava eu que isto era, hoje, mais ou menos consensual na sociedade portuguesa, já que, até as organizações patronais assinaram o acordo de concertação social que consagra o aumento agora anunciado. Há muito que os verdadeiros empresários se consciencializaram que só se pode competir com mão-de-obra qualificada, retribuída com um salário que, no mínimo, assegure as necessidades básicas.
O que me surpreendeu nas palavras do presidente da ANPMES foi o cinismo e a desumanidade da sua chantagem. É essencialmente isso que revela a criatura e a forma de pensar da maioria dos patrões que representa.

Coisas que já não deviam ser assim (actualizado)

Quando eu era miúdo já se sabia bem que com pouca chuva, Pombal ficava logo sem luz. Há cerca de 20 anos a coisa resolveu-se e, pelo menos, nesse aspecto, estávamos a funcionar em padrões de 1º mundo. De há duas semanas para cá é que nem por isso: basta uma chuvinha de nada e lá voltamos atrás no tempo. Mas será assim tão difícil à EDP servir com qualidade os seus clientes?

Afinal, a EDP já explicou o motivo das quebras: “condições meteorológicas registadas em Pombal” ou seja “chuva e algum vento”... Chuva e algum vento? Assim de repente, não é este o tempo normal no Outono? Ou, por outras palavras, preparem-se que no Inverno os apagões vão ser muito piores.

29 de outubro de 2008

O Patrão dos pequenos patrões

O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES), um tal Augusto Morais, vociferou contra o aumento do ordenado mínimo e chantageou o governo, o primeiro-ministro, com a ameaça de determinar junto dos seus associados a não renovação dos contratos a termo, se o governo insistir na medida.
Pobres trabalhadores que precisam de trabalhar para patrões desta espécie.

P.S.: No mesmo registo falou Manuela Ferreira Leite. Mas esta, felizmente, nunca chegará a primeiro-ministro.

Divórcio sem culpa?


O PS fez aprovar na Assembleia da República um novo regime jurídico do divórcio que visa acabar com o conceito de culpa na dissolução do casamento. Considero de louvar essa iniciativa mas, se o PS quiser ser coerente, deve começar por dar o exemplo dentro de sua própria casa.

Nos últimos meses, em Pombal, assistimos ao divórcio entre a direcção do PS local e os seus vereadores na Câmara Municipal. O processo de separação teve como ápice uma aproximação do vereador Rui Miranda ao principal rival dos socialistas, deixando antever o início de uma nova relação.

Este episódio, à altura dos mais arrevesados argumentos das novelas da TVI, provocou alguma agitação na direcção socialista, que se apressou a criticar o seu vereador pelo sucedido. Afinal em que é que ficamos: acabamos com a culpa ou não?

A questão é que um casamento com os socialistas não é de confiança. Num passado recente tivemos casos em que a noiva fugiu, deixando o noivo plantado no altar, birras prolongadas que tiveram como consequência silêncios de quatro anos, etc. Com este historial, como é que o PS vai conseguir levar mais uma noiva ao altar?

28 de outubro de 2008

2 em 1: Ilegalidade + mentira

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, questionada pelo NC, confirma a prática ilegal da Pombal Viva, com a cobertura do executivo do PSD e afins, na cobrança das coimas de estacionamento.
E nas desculpas foram, outra vez, apanhados a mentir. Um pouco mais de decoro recomenda-se...

À volta do Castelo

Segundo o NC, Diogo Mateus criou uma associação para defender os interesses dos proprietários de imóveis localizados no centro histórico da cidade de Pombal, nomeadamente a promoção da defesa dos valores históricos, culturais, económicos e patrimoniais do Centro Histórico de Pombal, a preservação do património construído e a regeneração e reabilitação urbana.
Mas não era esta a obrigação de Diogo Mateus, enquanto presidente da Junta de Freguesia e vereador da câmara municipal de Pombal?
Diogo Mateus não quer andar à volta do Castelo, quer andar à volta da Política.

P.S.: Quanto tempo resistirá Narciso Mota a dar o seu subsídiozito à “Á Volta do Castelo”? Ao Diogo Mateus para este fazer a sua propaganda?

23 de outubro de 2008

Ou não fosse Pombal...

O PSD de Pombal aproveita o referido comunicado para “contestar as recentes posições políticas adoptadas pelo PS sobre a gestão de estacionamento de duração limitada” e esclarece que (...) a Pombal Viva solicitou em Setembro de 2007 à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária “esclarecimentos sobre enquadramento jurídico adoptado, que facilita e reduz em 50% o valor de coima definido no Código da Estrada, permitindo aos utentes infractores o seu pagamento voluntário”, segundo o site do Notícias do Centro.

Ficamos a saber, através deste comunicado, como a res publica é gerida. Por exemplo, quando o PS quer ver contas de uma empresa municipal tem que ir à Conservatória. Mas quando uma empresa municipal quer justificar as suas opções é o partido do poder que as explica num comunicado. Palavras para quê?

22 de outubro de 2008

O ridículo

O PSD, no mesmo comunicado onde informa que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP, ataca o PS por denunciar as ilegalidades da Pombal Viva na cobrança de coimas(?) de estacionamento. Não contestam as ilegalidades! Desculpam-se…
Ficámos a saber que a culpa das ilegalidades da Pombal Viva não é:
- de Narciso Mota e dos seus vereadores que conceberam, com apoio de um batalhão de juristas, o regulamento;
- da maioria do PSD que aprovou o regulamento;
- de Narciso Mota que se recusa a corrigir o regulamento.
É:
- do PS porque aprovou na generalidade o regulamento (apresentado como sempre nas vésperas da AM e sem possibilidades legais de introduzir alterações (mas foi estudá-lo!);
- da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária porque não deu parecer (tinha que dar?);
- de José Miguel Medeiros porque é secretário de Estado da Protecção Civil;
- de Adelino Mendes porque é Chefe de Gabinete Secretário de Estado da Protecção Civil.
Parece ridículo, mais do que o ridículo (e já passámos esse patamar), o perigo real surge quando se pede a respeitabilidade.


P.S.: Neste caso esqueceram-se do Sócrates! Fica para a proxima...

Narciso Mota unanimista!

O PSD informa, em comunicado, que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP. E por unanimidade!
Gostava se saber quantos é que lá estiveram. Alguém sabe?

20 de outubro de 2008

Recado ao senhor presidente


Diz quem viu que ficou muito irritado com o post que aqui deixei na semana passada. E claro está, não se coibiu de tecer alguns mimos à minha pessoa, em plena reunião de Câmara, pois que continua impermeável à opinião dos outros, sobretudo quando é contrária à dele. E pelos vistos não há probemas no concelho mais importantes que a blogosfera.

Diz que gostava de me encontrar para fazer e acontecer.

Ó senhor presidente: eu sei que os tempos andam difíceis, que um homem não é de ferro e pronto, se isso lhe lava a alma...desabafe. Pombal é uma terra pequena. Havemos de nos encontrar por aí e pronto, a minha filha não há-de importar-se que eu dispense alguns minutos da minha licença de maternidade - a que o senhor chama "não fazer nada" - e que, num gesto solidário, ouça a quem precisa.



ps: gostei do cognome "iluminada". Acho que me assenta bem.

19 de outubro de 2008

Vila Cã: uma surpresa (II)

Tenho razões para pensar que o sucesso da realização do V Passeio de BTT não é fruto do acaso nem da boa vontade e da carolice das pessoas envolvidas.
A Sicó é à primeira vista uma terra infértil e inóspita; mas, apesar disso, possui algumas potencialidades, nomeadamente para a realização de actividades de lazer e desportos de aventura. Vila Cã começa a saber aproveitá-las.
A Abiúl foi-lhe oferecida, por mais de uma vez, a oportunidade de se tornar a vila rainha do BTT na região. Tinha condições únicas: localização, história, património, etc. Mas faltou o resto: visão, vontade politica e cooperação. Perdeu a oportunidade.
Um dos responsáveis da Vilaventura disse-me que um representante da F. P. Ciclismo esteve a observar o passeio de BTT e disse-lhe que estavam a pensar fazer uma prova da Taça de Portugal de BTT na Sicó.
Mais uma vez se confirma que o dinamismo das terras está mais ligado ás pessoas, às entidades administrativas e às forças vivas e não tanto aos factores endógenos per si.

Vila Cã: uma surpresa (I)

Há muito tempo que não perdia um pouco do meu tempo por Vila Cã. Calhou-me hoje. Por causa do BTT. E saíram-me duas belas surpresas: a prova de BTT e a Vila.
Conheço Vila Cã desde que comecei a sair, com alguma liberdade, da minha aldeia em Abiúl, mas, nos últimos anos, vi-a como vejo a generalidade das vilas do concelho: em desfalecimento, com muitos velhos e poucos jovens, paradas no tempo, sem movimento e sem alegria, sem vida. Estava por isso longe de imaginar que em Vila Cã ia encontrar a melhor prova de BTT em que, até agora, participei. Não pela qualidade dos trilhos e das paisagens da serra que são amplamente conhecidos, mas pela excelente organização: apoios, marcações, reforços, almoço e reportagem. Tudo com atenção ao pormenor e simpatia.
Está de parabéns a Vilaventura, entidade organizadora, e porque não dizê-lo, a Junta de Freguesia, com o seu Presidente sempre presente, a ajudar e não a discursar, e o Centro Cultural e Recreativo de Vila Cã pelo excelente almoço.
Surpreendeu-me ainda a cooperação entre as três entidades e o protagonismo dos jovens em toda a organização do evento.

Isto mostra que quando as forças vivas de uma qualquer terra colaboram o desempenho de excelência pode acontecer. E mostra que as freguesias, as aldeias, não estão condenadas a morrer.

17 de outubro de 2008

A Crise

Há quatro anos atrás tive um brilhante professor de Economia que se irritava (força de expressão, mostrava desconsolo) quando proferíamos, e de forma sistemática, a palavra crise. Ele corrigia-nos sempre, dizendo que não estávamos em crise e que era incorrecto afirmá-lo, ainda por cima numa aula de economia. Dizia ele que estávamos com fraco crescimento, ou quase em estagnação, mas não estávamos em crise (económica) porque a economia continuava a crescer, pouco, mas crescia. Dizia ainda, que crise económica é quando a economia retrai, situação em que a crise se sente verdadeiramente, tanto que até custa afirmá-lo.
Neste momento ainda não estamos em crise (económica) mas tenho poucas dúvidas que não passaremos por ela. A conjugação de vários factores (financeiros, demográficos, endividamento excessivo, retracção do consumo, custo da energia, escassez de matérias primas, etc.) conduzirá à retracção da economia mundial e particularmente no Ocidente. Não sei quantificar a dimensão e a duração da crise, mas ela virá (evitá-la será um milagre económico).
No entanto, as crises não têm unicamente coisas más, também geram oportunidades e propiciam mudanças profundas nas sociedades, nos estilos de vida. Acho que na próxima crise isso vai acontecer de forma significativa. Os modelos económicos actuais, orientados para o crescimento e este baseado essencialmente no consumo, atingiram o esgotamento e tendem a rebentar por todos os lados: económico, social e politico.
Por isso estou convencido que vem aí muito aperto mas também uma nova forma de viver. As últimas mudanças de século trouxeram sempre coisas novas, novas eras. Chegou o momento...!

15 de outubro de 2008

As palavras dos outros

Medina Carreira, ontem, na SIC-Notícias (a entrevista mesmo é a partir dos 7:30 mins). Com todos os defeitos que lhe colocam, o realismo dele continua inquestionável. Isso e o facto de nenhum dos seus críticos se disponibilizar para ir discutir com ele.

10 de outubro de 2008

crónica de um episódio anunciado

O mais recente episódio desse folhetim que envolve um dos dois vereadores da minoria na Câmara anda nas bocas do povo. Teve ao menos esse efeito, o de fazer os eleitores menos conformados pensar sobre o circo em que às vezes se transforma a vida pública. Às vezes pagamos caro o bilhete. Mas quando, como esta semana, ouvi discutir o assunto desde os salões aos tascos, desde a vila a que chamamos cidade até às aldeias mais promissoras da era Narciso, vale a pena, sim. É sinal de que o povo nem sempre dorme.
O anúncio, quase em simultâneo e curiosamente no mesmo local, do vereador Rui Miranda, sobre a desvinculação do PS e a disponibilidade imediata para aceitar convites do PSD numa próxima corrida só surpreendeu os mais distraídos, ou então aqueles que, só lendo as gordas, se esquecem de ler (n)as entrelinhas.
O episódio consegue revelar às claras aquilo que já todos sabemos:
1 - pobre do eleitorado que não se revê nesta eterna maioria, e que em 2005 votou naquilo que julgava ser uma alternativa. Acabou sem eira nem beira, entre comunicados certos e desenganado de qualquer oposição.
2 - o povo é sábio, sim. À medida que o tempo avança e se revelam as personagens, percebe-se claramente por que razão o PS teve a pior votação de que há memória. E que no meio da desgraça prefira sempre o menos mau.
3 - Os que acompanhamos desde o século passado a ascensão de Narciso Mota na terra estranha que é Pombal, sabemos que, com o tempo, aprendeu alguma coisa de política, sim. O jeito meloso com que embala as palavras do "professor Miranda" e lhe afaga o ego, cheira a dejà vu. Não sei se Rui Miranda já ouviu falar de outro professor, resgatado à esquerda e mais tarde recambiado pelo próprio pé. Chamava-se Carlos Silva e também foi vereador. Lembrei-me, dele e de outros, vá-se lá saber porquê.
4 -Com isto, Sérgio Leal já era.
5 - Imagino as unhas roídas até ao sabugo. Só há seis lugares na lista. E só quatro ou cinco têm hipótese de aceder à profissão.

Moral da história: a vida político-partidária no Largo do Cardal continua no seu melhor. Isto afinal não dava um filme. Dava um festival de cinema. À volta, a malta dos concelhos vizinhos há-de continuar a gargalhar com este e outros episódios, próprios do Entroncamento do norte do distrito, como às vezes lhe chamam. Bem podem rir-se. Não moram cá...

Precipitação ou obrigação

Rui Miranda disponibilizou-se e Narciso Mota logo lhe ofereceu um lugar.
Diogo Mateus sentiu o toque e saltou imediatamente a falar pelo dono do seu lugar, atacando o PS e os seus dirigentes pelo que fizeram ao pobre Rui Miranda.
La vie oblige!

O homo PS

Nos últimos dias, os dirigentes do PS fizeram passar os militantes, particularmente aqueles que têm alguns princípios e coerência, pela vergonha. E maltrataram as pessoas que pensam. Custa-me ver Alberto Martins, pessoa por quem tinha boa impressão, fazer aquela triste figura de justificar o injustificável.
Tenho pelo casamento tradicional a mesma consideração que tenho pelo casamento homossexual, ou seja, nenhuma. Mas respeito os casados, os solteiros, os amigados, os solitários, os heterossexuais, os homossexuais e outros que tais.
No caso do casamento homossexual o PS votou contra, e impôs a disciplina de voto, não porque seja contra mas porque a questão não é oportuna.
O PS, os dirigentes do PS, não têm que ser a favor ou contra o casamento homossexual e não têm que impor a sua agenda ao País. Fazendo-o, revelam o que são e ao que vão!

8 de outubro de 2008

A tríade da PombalProf

A tríade da PombalProf bem se esforçou para evitar que a situação de falência técnica da sociedade não fosse do conhecimento dos pombalenses, os verdadeiros stakeholders da PombalProf e da ETAP.
Confrontada com a situação, a tríade tem-se mostrado incapaz de tomar medidas, limitam-se a dar desculpas, cada um apresenta as suas, qual delas a mais esfarrapada. Com as desculpas ficámos a saber que são muito esforçados e voluntariosos, trabalham de borla e até dão avales pessoais, no entanto, o desempenho é o que se sabe.
Tenho um amigo, com grande experiencia de vida e de administração, que muitas vezes me tem dito: “o voluntariado fica-nos, quase sempre, muito caro.” Tenho, mais uma vez, que lhe dar razão!

6 de outubro de 2008

As Taxas de IMI são um escândalo

Hoje, no DN, Eduardo Catroga afirma: “…as receitas das autarquias locais terem crescido à taxa de 20% ou mais, ora isto é um escândalo! Em períodos de dificuldades são recursos que são absorvidos pelas administrações públicas em prejuízo das famílias e das empresas. Sou partidário de que o IMI, sobre valores actualizados, não devia exceder 0,2% do valor.”

Em Pombal o escândalo é muito maior. O PS, e eu próprio, temos denunciado isto.
Na última AM propus taxas de IMI de 0.6 para os prédios não avaliados e 0,3 para os avaliados, de forma a assegurar receita ao nível de 2003.
Disseram que era irresponsável. Deveriam estar-se a ver ao espelho.

4 de outubro de 2008

O Melhor Momento da AM

Guardo para o fim o melhor momento da última AM. É um momento revelador, um momento que diz tudo!
Discutia-se a alteração ao Regulamento das Edificações Urbanas, documento muito impotante, extenso e muito técnico.
O PS, quando o presidente da AM colocou o assunto à discussão, sugeriu à mesa que o documento fosse retirado da discussão e agendado para nova reunião porque o documento nos tinha chegado dois dias antes da Assembleia, tempo insuficiente para o analisar.
No entanto, o Presidente da AM colocou o documento à discussão. Mas notava-se que toda a gente estava numa posição desconfortável.
O único membro da AM que se inscreveu para falar foi Manuel Domingues, não para se pronunciar sobre o documento mas para reconhecer que, para alem de não ter muita competência para analisar o documento (tal como a esmagadora maioria) também não tinha tido tempo para o fazer, pelo que, pedia ao Presidente da Câmara para fazer uma pequena síntese da principais alterações, e concretamente, se tinha havido alteração (aumento) de taxas.
O Presidente da Câmara ficou embaraçado, reafirmou que o documento era muito técnico, disse que o documento tinha sido elaborado, durante três meses, pelos técnicos e respectivos vereadores, e ele só tinha assinado. Logo soaram uns apartes da bancada do PS: “Ele nem o leu, ele nem o leu, …”. Incomodado, Narciso Mota, confirmou que nem sequer o tinha lido e, acto contínuo, chamou um técnico para informar a assembleia (Manuel Domingues). O Presidente da AM recusou (e bem) a participação do técnico e sugeriu a Narciso Mota que delegasse num dos vereadores, de entre os que acompanharam a elaboração do documento, a informação à Assembleia.
Segundo momento hilariante, Narciso Mota olhou para a sua distinta equipa, acto contínuo, todos eles meteram os olhos no chão.
Naquele momento, todos percebemos, incluindo Narciso Mota, que ninguém do executivo tinha lido o documento.
Soaram novamente os apartes da bancada do PS: “Ninguém o leu, ninguém o leu, …”.
O Presidente da AM, incrédulo, colocou o documento à votação.
O PSD aprovou o documento e o PS absteve-se e fez declaração de voto.
Palavras para quê? É o que temos!

Campanha é na Câmara

Narciso Mota anuncia a recandidatura em plena AM.
Rui Miranda anuncia a desvinculação do PS na reunião do executivo e bate-se a um lugarzito.
Que tal transferir as sedes dos partidos para câmara? E abrir lá as sedes de candidatura?
Pelo menos, facilitava-se a vida aos jornalistas…

3 de outubro de 2008

Parabéns Orlando

Esta notícia diz tudo sobre a palha de que eles gostam.
Mais palavras para quê? Está lá tudo!

Taxas de Impostos Municipais para 2009

Na última AM discutiu-se e decidiu-se (e eles aprovaram) as Taxas dos Impostos Municipais para 2009. É um momento importante (talvez o de maior importância) na Gestão Autárquica porque mexe com o rendimento disponível de muitas famílias e com a actividade económica local.
Quando da entrada em vigor, em 2004, do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, Narciso Mota comprometeu-se a fixar taxas que assegurassem a manutenção da receita dos impostos municipais nos níveis da receita de 2003 (e 2003 foi um bom ano!).
Nos anos seguintes reafirmou sempre o compromisso mas nunca o cumpriu. Só nos últimos 2 anos a colecta de impostos duplicou!
Ao levar à AM uma proposta com taxas máximas (excepto no que se refere aos prédios já avaliados, 0.375% em vez da taxa máxima de 0,4%, pouco relevante na receita) o executivo, Narciso Mota, revelou uma grande desfaçatez politica, uma enorme avidez por receita e falta de consciência social.
Não nos surpreende, a filosofia de gestão de Narciso Mota sempre foi: sacar o máximo para poder distribuir e gastar muito!

Ainda o Bodo

O facto de ter gostado do meu Bodo (leia-se dos concertos) não me impede de, perante os números, de achar que o Bodo, naqueles moldes, não correu bem. Aliás, "não correr bem" acaba por pecar por defeito. Não se conseguiu atrair o número de pessoas que tornaria a festa auto-sustentável, que é a fasquia no mínimo exigível, e a desculpa do 1º ano não vale para tudo. Voltar ao modelo anterior? Não. Reequacionar este, tornando-o sustentável, isto é, evitando o prejuízo, o que se calhar, entre outras coisas, implica muito menos borlistas. E quanto à decisão de não tapar o buraco, acho que a CMP esteve bem. Assim como quando retirou a organização do Bodo à Pombalviva, com a excepção dos concertos, o que, melhor do que qualquer outra constatação, mostra que a empresa municipal falhou no seu objectivo: organizar todo um Bodo.

E quanto às empresas municipais, tal como Gomes Fernandes, defendo e já há muito tempo, por princípio, a sua extinção pura e simples e a concessão dos seus serviços a privados.

2 de outubro de 2008

Obviamente, recandidato-me

Mas alguém ainda podia esperar outra decisão? Sinceramente, alguém que não perde tempo com pareceres que colocam a causa a regularidade de determinados empreendimentos, alguém que defende que "todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros", alguém que entende cada crítica que é feita como ofensa pessoal, alguém que prefere (e profere) ataques ad hominem em vez de responder com factos a factos (e não, o número de kms de alcatrão não pode servir para tudo), alguém que é apologista do "quem não está por mim está contra mim"... poder-se-ia esperar, perante uma barragem de críticas, outra opção que não continuar agarrado ao poder?

1 de outubro de 2008

Pombal Viva: Prejuízo e Concorrência Desleal

A Pombal Viva explora o Café Concerto e outros Cafés e Esplanada pela cidade.
Estes negócios (excesso de linguagem) dão prejuízo e são mantidos com as taxas de estacionamento e com os nossos impostos. Logo, fazem concorrência desleal ao comércio que vive momentos difíceis e já tem uma oferta excessiva.
Há imoralidade maior do que esta? O que justifica isto?

Estacionamento pago: solução ou problema?

À primeira vista o Estacionamento de Duração Limitada é uma boa medida para melhorar a mobilidade nas cidades. Nomeadamente quando os lugares para estacionamento são escassos. Não é bem o caso de Pombal, mas adiante.
As Zonas de Estacionamento de Duração Limitada têm crescido exageradamente, complicando a vida às pessoas. O Relatório de Gestão da Pombal Viva confirmam-o, as taxas de ocupação do estacionamento pago são baixíssimas, a taxa média de ocupação é de 25%, atingindo o mínimo de 11% no parque junto ao Centro de Saúde. Ou seja, temos o estacionamento pago a mais e faltam parques de estacionamento não pagos.
Na penúltima AM, alertei Narciso Mota para este problema e pedi medidas. Ignoraram, custa dar o braço a torcer, mas já se preparam para libertar estacionamentos pagos.
Mais vale tarde que nunca!

As Contas da Pombal Viva

A Pombal Viva dedica-se a seis actividades que não geram sinergias entre elas. Das seis, quatro apresentaram resultados líquidos negativos e só duas, publicidade e estacionamento, apresentaram resultados positivos. Mesmo querendo, era difícil fazer pior, já que as duas actividades rentáveis geram automaticamente cash-flows positivos (receitas garantidas (estacionamento) e custos de estrutura assegurados pela Câmara).
Incompetência ou esbanjamento de recursos públicos?

Pombal Viva e os Eventos

Em 2007 a Pombal Viva apenas se realizou duas feiras sectoriais, face a sete em 2006, o que demonstra o fracasso na organização destes eventos.
Belo curriculum como organizadora de eventos. Ajuda a explicar o falhanço no Bodo.
Como diz o povo: “o maior cego é aquele que não quer ver”!

A Pombal Viva e o Bodo

A Pombal Viva é uma empresa(?) sem missão (organiza uns eventos, explora bares, cafés e esplanadas, cobra publicidade e estacionamento, faz uns biscates), sem razão de existir, mal gerida, nem bares e cafés sem custos de estrutura consegue rentabilizar, um verdadeiro caso de fonte de desperdício de recursos públicos, como sempre tenho dito, tem dito o PS e agora, na AM, disseram Adelino Mendes e Gomes Fernandes.
No entanto, Narciso Mota decidiu dar carta branca ao Vila Verde para programar, organizar e gerir(?) as Festas do Bodo. A Pombal Viva é a menina dos olhos de ouro do Presidente da Câmara, dos Vereadores, do respectivo Administrador e dos boys que gravitam á volta. Pudera! A gente sabe a razão.
Esta gente continua a sorrir, porque continua a poder brincar com o dinheiro dos contribuintes. Logo, o resultado só poderia ser o que foi, o que é. Paga o Zé!

30 de setembro de 2008

E ainda a famosa acta da PombalProf

A sociedade encontra-se em situação de Falência Técnica. O Conselho Directivo reúne e a única coisa que decide é não divulgar as contas ao órgão fiscalizador (AM) do principal accionista (CMP) da sociedade, violando a lei.
Parece irreal, não parece? Irresponsabilidade ou incompetência? Ou as duas coisas ao mesmo tempo?

Ainda a situação de Falência Técnica da PombalProf

A disponibilização das contas da PombalProf permitiu constatar que a sociedade está em situação de Falência Técnica. A situação da PombalProf foi tema da AM. O PS responsabilizou o Conselho Directivo, Narciso Mota à cabeça, pela situação grave a que a sociedade e consequentemente a ETAP se encontram e exigiu medidas urgentes para inverter a situação e salvar a Escola.
Rodrigues Marques, membro do Conselho Directivo, gritando de forma ensurdecedora, conseguiu dizer, e nós ouvir, que a culpa era do saudoso Guilherme Santos, do Armindo Carolino e do António José Rodrigues; não de
Narciso Mota, dele próprio e do Manuel Gonçalves.
Talvez tenha razão! Mas se a culpa não é de Narciso Mota, de Rodrigues Marques e de Manuel Gonçalves só pode ser dos Árabes, que estiverem cá há mais tempo e por muito mais tempo! Digo eu!

A Factura da Água

Na AM confrontei novamente Narciso Mota com os preços da Factura da Água.
Narciso Mota não se cansa de afirmar que os pombalenses são uns privilegiados por pagarem a água (e serviços associados) muito baratos.
Um estudo do IRAR demonstra que no escalão mais económico (60 m3 anuais) os pombalenses suportam a Factura mais alta de todo o Distrito, no escalão intermédio (120 m3 anuais) a segunda mais cara e no escalão superior (180 m3 anuais) a terceira mais cara.
O estudo demonstra que Narciso Mota mente quando afirma que a Câmara pratica os tarifários mais baratos da região.
Solicitei ao Presidente da Câmara que revisse as tarifas e eliminasse a taxa de disponibilidade da água porque esta não representa qualquer valor para o utente e é, por isso, ilegal.
Mais uma vez não respondeu. Vociferou e tentou achincalhar a bancada do PS. Até quando?

Os Borlistas das Festas do Bodo

Muitos pombalenses, nos quais me incluo, ficaram chocadas com a caça à receita que a Pombal Viva, com a cobertura da Câmara (Narciso Mota), fez nas Festas do Bodo.
Era necessário pagar para tudo, para ir aos espectáculos, aos carroçeis, ver os feirantes, aceder a espaços públicos, etc.
O povo, submisso como é, pagou e não bufou. Mas muitos não pagaram, os amigos da Pombal Viva e dos responsáveis da Câmara não pagaram. Receberam convites e livres trânsito.
Foram mais de 11 mil os contemplados! É assim que a Câmara e a Pombal Viva trata os pombalenses: uns de primeira outros de segunda.

O Fracasso das Festas do Bodo (II)

As Festas do Bodo, nos seus diferentes formatos, sempre tiveram alguns traços comuns, sempre foram as festas da cidade, do povo, para a cidade e para o povo, quer fossem organizadas ou apadrinhadas pela Câmara.
As festas foram, quase sempre, tendencialmente gratuitas e subvencionadas (muito ou pouco) pela Câmara.
Em 2008 quis-se fazer um corte com o passado, pensamento grande, festas não para Pombal mas para a Região (se não mesmo para o País), artistas de primeira, publicidade a rodos e multidões de visitantes, eventos e espaços pagos, receitas abundantes e lucro. Resultado? Fracasso. Os visitantes não apareceram e os pombalenses não aderiram em força, fracas receitas e muita despesa, logo resultados negativos.
No passado a Câmara pagava, este ano paga a Câmara, a Pombal Viva e os pombalenses (não todos, para muitos foi à borla), ou seja, pagam os pombalenses. E mesmo assim o prejuízo foi grande (talvez o maior de sempre!).
É obra, não é?

O Fracasso das Festas do Bodo (I)

As Festas do Bodo foram um fracasso organizativo, as coisas correram mal, tanto sob o ponto de vista do impacto dos eventos como na vertente económica (resultados negativos).
O administrador da Pombal Viva admitiu publicamente o fracasso e o Presidente da Câmara, confrontado com o fracasso, anunciou mudanças profundas no modelo das festas.
O administrador da Pombal Viva assumiu, quando apresentou o modelo e programa, que Festas gerariam receitas para se pagarem.
Falhou. O prejuízo (contabilizados todos os custos) ficou (muito) acima do prejuízo que a Câmara tinha com as Festas.
Narciso Mota levou ao executivo uma proposta de subsídio à Pombal Viva para cobrir o prejuízo. O subsídio para além de imoral seria ilegal.
Na AM, Narciso Mota anunciou o recuo. A Pombal Viva vai suportar o prejuízo. É melhor assim, evitam-se ilegalidades e força uma gestão mais rigorosa porque deixam de poder desbaratar dinheiro em espectáculos para a trupe.

Ilegalidades da Pombal Viva

O Regulamento das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada de Pombal, aplicado pela Pombal Viva, prevê que, verificada uma infracção por falta de pagamento da taxa de estacionamento, a autarquia permita a “regularização da situação” através do pagamento de um determinado montante (metade de do valor mínimo da coima aplicável).
Ora, como muito bem demonstrou Adelino Mendes, na última AM, apoiado em parecer Jurídico, o pagamento (supostamente voluntário) dos 15 euros é ilegal, porque nem é uma coima nem uma taxa, constituindo uma receita ilícita da Pombal Viva.
Perante estas ilegalidades da PombalViva, Adelino Mendes questionou Narciso Mota (Presidente da Câmara e do Conselho de Administração da Pombal Viva) a fim de saber:
- Se Câmara está disponível para alterar este Regulamento na próxima reunião de Câmara?
- Quais as medidas que vai tomar em relação às verbas cobradas ilegalmente?
Narciso Mota vociferou sobre tudo e todos, anunciou a recandidatura, mas sobre isto nada disse.
A oposição está habituada e preparada para ser desrespeitada, mas, um pouco de respeito pelos pombalenses será pedir muito?

Manuel Pinho dixit:



Quem é que deu o curso a este homem?
Quando é que se demite este homem?

29 de setembro de 2008

Mais mentiras de Narciso Mota sobre o Go!Shopping


Na penúltima AM, em Junho, o meu colega de bancada João Coelho questionou Narciso Mota sobre o processo de licenciamento do Go!Shopping, nomeadamente “se tinha conhecimento de um parecer da CCDR-Centro relativo à localização desta grande superfície comercial no Casarelo”.
Narciso Mota afirmou na altura que “quem tinha de aprovar o projecto era o Ministério da Economia e que já havia aí um parecer positivo”. Afirmou, também, que “que não havia lugar a pareceres da CCDR neste caso”.
Narciso Mota mentiu mais duas vezes. E mentiu na AM, local onde tem a obrigação de prestar toda a informação aos representantes dos pombalenses.
Narciso Mota tinha conhecimento de que havia já desde Abril um parecer negativo e não positivo pelo Ministério da Economia e um mês antes dessa Assembleia já tinha dado entrado na Câmara o parecer negativo da CCDR Centro.
Perante estas mentiras João Coelho perguntou:
“Quais os caprichos que o movem para levar uma destas avante? É apenas para chatear os pombalenses e a sua vontade, expressa nos seus órgãos autárquicos que fizeram aprovar este PDM? Ou é para testar os limites do seu “quero, posso e mando” de que tanto se vangloria às mesas de almoço com os seus amigos? Há limites, entre outros os da lei e do respeito pelos pombalenses, e o senhor Presidente ultrapassa-os e é exigível saber porquê.”
Mais uma vez não teve direito a qualquer respota!

PombalProf em Falência Técnica

Como demonstrou o meu colega João Coelho na AM, a PombalProf está em situação de Falência Técnica. É o resultado dos sucessivos erros de Gestão do Concelho Directivo presidido por Narciso Mota.
Os erros de gestão são muitos e graves:
- Estrutura de capital inadequada, com falta de capitais próprios e financiamento de com empréstimos de curto prazo para responder ás necessidades de longo prazo;
- Recurso sistemático e quase total a contas correntes caucionadas, créditos imediatos e caros.
Isto gerou:
- Aumento do passivo;
- Aumento da taxa de endividamento em mais de 100%;
- Fraca liquidez;
- Resultados líquidos negativos em 2007;
- Capitais próprios passaram de um valor positivo em 2006 para uma situação líquida negativa em mais de 100.000€, ou seja, uma situação de falência técnica.
Perante este quadro muito negro João Coelho perguntou a Narciso Mota:
- O que é que a Câmara está disposta a fazer para salvar a PombalProf em termos financeiros e na sua gestão corrente?
Não obteve qualquer resposta.
Arrogância ou irresponsabilidade? Ou as duas coisas?

Da feira de poterry, handicraft, e de algum artesanato

Só eu sei porque é que não vou às tasquinhas. São manias, sim. Gostei de lá ir noutros tempos, antes da industrialização do petisco e do prato típico do concelho passar a ser grelhado misto. Nos úlimos anos começou a comer-se mal e caro. Mas como há gostos para tudo e saudosismos não enchem barriga (muito menos a da ASAE), admiro este povo que continua a comer o que se lhes dá, sem questionar. Fiquei-me, uma vez mais, pela volta ao artesanato. E, vá lá, a minha contribuição para a economia do país, na compra de duas bugigangas e uns doces alentejanos. Ia já com a pulga atrás da orelha, depois da conversa que ouvi cá fora: um expositor dizia ao outro que " e tal, isto é da minha filha, eu não percebo nada disto, mas como ela não pôde vir(...). Pois, isto não 'tá fácil, mas olhe, dantes ela matava-se a trabalhar para fazer tantos brincos. Agora mandava-os vir e ficam-lhe muito mais baratos. E o lucro é outro!"
É a modernização do artesanato, senhores.
E sim, faz sentido traduzir o discurso do senhor presidente em francês, na inauguração. Para a próxima pode aé ensaiar-se uma tradução poliglota - até em chinês, quem sabe? - e assim presta-se homenagem às origens de todos os materiais que por lá se vendem. A malta de Biscarrosse não se deve importar. E a de cá muito menos, está visto.

28 de setembro de 2008

AM – Conversa educada ou combate de boxe

Há pessoas na AM que fogem do debate político e utilizam todos os artifícios para introduzir ruído e dessa forma comprometer o debate. E são peritos nessa táctica, umas vezes arrefecendo o debate, clamando por elevação e educação, outras gritando ou molestando quem fala.
A AM é um órgão eminentemente político onde é suposto fazer-se debate político, puro e duro, não é um local para ouvir coisas inteligentes ou para ter conversas educadas.
Como diz, hoje no DN, Ferreira Fernandes, para muitos o decano da crónica, “para ouvir coisas inteligentes vai-se a uma conferência” e para ter uma conversa educada escolhem-se os parceiros, os temas e o ambiente.
Um debate político é, como afirma Ferreira Fernandes, um combate de boxe, onde se mostram os caninos, se enfiam uns ganchos demolidores, se faz sangue. Na última assembleia municipal houve um pouco de tudo isto. E não houve mais porque os agitadores entraram em acção.

AM – Quando faltam os argumentos…

De vez em quando as reuniões da AM descambam por uns momentos. Não sendo desejável, não deixa de ser normal.
A AM é um órgão muito multifacetado, constituído por pessoas com experiências de vida e politicas muito diversas; o que, por um lado é a sua grande virtude e por outro é uma das causas da conflitualidade latente.
No entanto, surpreende-me que pessoas maduras e de instrução elevada estejam sempre a clamar por elevação no debate e logo de seguida descambem para a gritaria e o insulto.
Porque será? A farta de argumentos é uma das razões, mas há mais…

AM – Novo Regimento

O Presidente da Assembleia Municipal (AM), Luis Garcia, está determinado a rever o regimento. É um compromisso seu e os compromissos estabelecem-se para se cumprir, mas, não é uma premência nem é a melhor altura para o fazer, estamos a um ano das eleições.
Sou dos que acham que as reuniões da AM podiam desenrolar-se melhor, com mais respeitabilidade, objectividade e disciplina; mas tenho todas as dúvidas que o regimento seja um obstáculo. As causas são outras e variadas.
NO entanto, apesar dos momentos de descontrolo pontual, as reuniões da AM têm proporcionado debates ricos e intensos.
É isto que queremos aprofundar ou matar?

27 de setembro de 2008

Narciso Mota tira coelho da cartola


Atacado pela oposição e não só, sobre todos os factos políticos das últimas semanas (irregularidades urbanísticas, Casarelo, PombalProf, Pombal Viva, Festas do Bodo, Água, Ataque à GNR), Narciso Mota anuncia, em plena Assembleia Municipal, a sua recandidatura.
Não foi novidade para ninguém, mas serviu como fuga p`ra frente.
Curioso foi a cara de espanto de alguns presidentes de junta quando ele disse que se recandidatava porque tinha o apoio de todos eles!
Um verdadeiro artista...

26 de setembro de 2008

Acta de PombalProf


Reparem bem nesta pérola da gestão daquela casa.

Sonegação de informação

A Assembleia Municipal reúne hoje ás 15:00 horas. É uma das reuniões ordinárias mais importantes porque vai discutir e decidir as taxas dos impostos municipais para o próximo ano.
A documentação tem chegado aos membros da assembleia a conta gotas. Ontem à noite recebi parte dela.
Incompetência, desleixo ou uma mais uma forma de sonegação de informação?

24 de setembro de 2008

Transferência de competências na àrea da educação

Quando se fala de educação não se pode ser leviano.

O Governo apresentou aos Municípios Portugueses um protocolo de transferência de competências na área da educação. Das Autarquias que assinaram esse protocolo, a maior parte é de gestão socialista. Não se pode afrontar o chefe... No entanto, a grande maioria, incluindo a de Lisboa e a nossa, levantou grandes reservas à sua assinatura.

Se fosse eu, aliás, também não assinava. Se o Governo pretende delegar competências, tem que transferir as verbas adequadas à sua execução. Por outro lado, tem que dar mecanismos legais às Autarquias para que elas possam, de facto, gerir de acordo com o que lhe é solicitado.

Com este protocolo, o Governo não pretende descentralizar competências. Pretende, sim, contratualizar serviços de forma pouco séria e sem atender às exigências, já manifestadas, pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses.


Sobre este assunto, senhor Presidente da Câmara, estou consigo.

21 de setembro de 2008

Educação ou falta dela…

Narciso Mota recusou-se a assinar o protocolo de transferência de competências com o ministério da educação. Em Pombal, a educação nunca foi levada muito a sério. Os garotos não votam. Para recusar o protocolo, Narciso Mota desculpou-se com o dinheiro, com a falta de outros pagamentos. Desculpa esfarrapada.
O dinheiro abunda quando se trata de festas, folclore, foguetes. Mas para os garotos falta sempre. Falta para as escolas, para a alimentação (salsicha com arroz basta), para as actividades extra-curriculares, para o leite!
Pobre terra, esta!

Os unanimistas


O executivo da CMP aprovou, por unanimidade, as taxas dos impostos municipais para 2009.
Os ex-vereadores do PS, Sérgio Leal e Rui Miranda, na ânsia de se mostrarem, desafiaram a AM a aprovar, por unanimidade, a proposta do executivo.
Quem diria, eles que no início votavam um contra o outro, depois votavam contra o partido, acabaram convertidos ao unanimismo.
Toda a unanimidade é burra. Mas ele há burrice e burrice…

16 de setembro de 2008

O mundo ao contrário

O que me choca no episódio pouco cor-de-rosa do vereador, não é a detenção por conduzir com os copos. É mesmo a reacção do presidente, que ao fim de tantos anos não conseguiu corrigir aquele defeito maior que ele chama de "coração ao pé da boca". Que seja solidário - como sempre, aliás - com as tropelias do vereador em causa, é um problema dele. Que venha a terreiro defender publicamente o indefensável, é problema nosso. É uma inversão de valores séria demais para passar em claro.
Ainda que já nada me espante, custa-me sempre perceber que isto só muda para pior.

Narciso Mota no seu melhor


Afinal, a culpa não foi das más companhias...
Também não foi do álcool...
Foi dos GNR! Narciso Mota dixit...


14 de setembro de 2008

Michael apanhado a conduzir alcoolizado


Michael apanhado a conduzir alcoolizado.
Este rapaz é uma surpresa sistemática.
Via-o a (só) beber Tri-Naranjus...
PS: ele sozinho não se metia nisto. Foram, de certeza, as más companhias…

A Maior Factura da Água


Narciso Mota, sempre que o sistema de Abastecimento de Água é foco de controvérsia, e tem-no sido frequentemente nos últimos tempos, discorre que os pombalenses são uns privilegiados porque a CMP optou por um sistema próprio de abastecimento que lhe permite fornecer a água mais barata, relativamente aos concelhos limítrofes.
A oposição, o PS, sempre disse que a água em Pombal era cara e sem qualidade.
Um estudo do IRAR, publicado esta semana no Região de Leiria, demonstra que os pombalenses arcam com a Factura da Água mais cara de todo o distrito de Leiria!
Assim se gere a coisa pública em Pombal, á base da mentira e julgando que uma mentira dita muitas vezes se transformará em verdade.

9 de setembro de 2008

Rio Triste


Passado Agosto, voltemos então à (a)normalidade. Afinal, o Arunca bonitinho é mesmo para emigrante ver. Helàs.

5 de setembro de 2008

Magia na rua


Muitos parabéns à Associação Terras de Sicó e ao Luís de Matos pela promoção, em vários concelhos da região, do Jornadas Mágicas de Sicó - II Festival Internacional de Magia de Rua. Só espero que o tempo ajude...

O programa a realizar no concelho de Pombal pode ser visto no site da
Câmara Municipal.

3 de setembro de 2008

Rodrigues Marques: o duas caras

O PSD, através de um comunicado assinado por Rodrigues Marques, ataca o PS por este ter denunciasdo à IGAL as sucessivas sonegações de informação à AM por parte do Executivo.
E pega no caso das contas da PombalProf, que chegaram, tarde e da pior forma.
O PSD podia ter escolhido "outro" para assinar o miserável comunicado. E o protagonista não precisava, nada, de se expor a mais este ridículo papel.
Na polémica das contas da PombalProf, RM já nos tinha brindado com a fantochada da decisão da recusa da entrega das contas, lavrada em acta.
Há pessoas sempre prontas a expor-se ao ridículo! Se o ridículo matasse...

Go!Shopping: o maior crime urbanístico (III)

Tudo serve a Narciso Mota para impor à comunidade o maior crime urbanístico:
- manipulação de informação;
- ocultação de pareceres desfavoráveis de entidades oficiais;
- mentira descarada.
Porque será? Cegueira ou interesses?

31 de agosto de 2008

E sempre a água contaminada...


Durante o segundo trimestre deste ano continuámos a receber e a pagar água contaminada.
Os responsáveis da CMP, que gerem o sistema, a afirmaram que a causa (desculpa) do problema foi “alteração sazonal pontual”. E como acções correctivas “procederem a descargas/purgas em rede predial e pública e à limpeza de reservatórios”.
Mais uma manifestação pública de incompetência que roça o ridículo.
Mais uma manifestação de total desprezo pelos consumidores.
Acham isto suportável?

22 de agosto de 2008

Portugal no seu melhor

No dia a seguir a um português se ter sagrado campeão olímpico a capa de um dos jornais desportivos é um jogador de um clube de futebol. Triste reflexo de um país e de uma sociedade que apenas acorda para o mundo fora do futebol de 4 em 4 anos. E reflexo de uma imprensa preguiçosa e muito pouco séria.

Haja exemplos de quem, sem sair de Portugal, encontra motivação, rigor, vontade e determinação de quebrar com a mediania. Um verdadeiro exemplo, Nélson Évora!

21 de agosto de 2008

Évora de África


Amanhã, será com um prazer enorme que vou ficar com a lágrima no olho, ao ver o Nelson, subir ao lugar mais alto podium, e ouvir aquela música que tem a capacidade de se nos gravar no código genético.
Gosto especialmente desta vitória porque tem a particularidade de ser a primeira portuguesa de um atleta de origem africana, o que representa uma celebração de um laço sentimental feliz entre Portugal e África, que podia ser hoje muito mais frutuoso, se a cegueira colonialista não tivesse durado tanto.
A vitória de Nelson veio elevar os espíritos desalentados com a prestação olímpica portuguesa e veio lembrar que um atleta não se faz só de uma boa estrutura física e técnica, mas também de um bom arcaboiço mental, como evidencia nas entrevistas após a prova.
Além das causas que já se conhecem para justificar os restantes resultados da nossa prestação olímpica, a falta de apoios e de uma política estruturada e sustentada de incentivo à prática desportiva, grave, para mim, não são os resultados, mas as infelizes declarações de alguns atletas. A polémica devia dar que pensar aos próprios e aos treinadores. É que a pressão mediática actual exige ainda mais que o atleta saiba ser assertivo, humilde, e seja capaz de auto reconhecer os pontos fracos, para poder justificar com consistência os seus resultados, em vez de atirar desculpas de última hora para os microfones. O físico treina-se. É coisa técnica, de persistência e perícia. A mente educa-se e desenvolve-se ao longo de muitos anos. E não é só nos campos, nos ringues ou nas pistas.

20 de agosto de 2008

Estádio Municipal KO

Como era esperado o Estádio Municipal está inoperacional devido às Festas do Bodo.
Para além das consequências desportivas, pergunto:
- Quanto vão custar as obras de reparação?
- Quem paga, a CM ou a Pombal Viva?
P.S.: Esta despesa, só por si, acarreta a duplicação do défice (mal) apurado.

18 de agosto de 2008

Olímpismo?



Os jogos olímpicos estão a meio. As nossas maiores esperanças ainda não competiram. No entanto, o presidente do COP, Vicente Moura, sacudindo água do capote em relação a um eventual fracasso da comitiva portuguesa, veio a público censurar os atletas pelos maus resultados e pelas desculpas dadas, afirmando que o COP e as Federações preparam os atletas fisicamente mas nada podem fazer sob o ponto de vista cultural.
Pois não, caro presidente do COP, quem não tem não pode dar…

14 de agosto de 2008

A fartura do Bodo (II)

Tenho para mim que só em promoção, gastou-se tanto como o valor do prejuízo. A linha gráfica - que serviu de fundo à presença on line do costumeiro atelier, a quem naturalmente foi adjudicado o serviço - salvou a honra da promoção. A imagem conta, de facto.



Outdoors nos espaços nobres mais requisitados, jipes, chávenas de café, pacotes de açúcar, mais um programa de televisão que todos pagamos, as festas promocionais nas discotecas, a propaganda nas praias, a indumentária e tudo e tudo para o maior Bodo de sempre. Terá sido o melhor? Menos, senhores. Menos...

Protagonismos

Os ex-vereadores do PS não perdem uma oportunidade para mostrarem solidariedade ao presidente da câmara. Nos últimos casos (contaminação da água, denuncias de irregularidades no urbanismo, aprovação do Go!Sopping, Festas do Bodo, etc.) têm-se esmerado nos argumentos.
Cuidado Diogo, eles querem-te roubar o lugar!

Festas do Bodo (III)

Quem não parece ter ficado muito agradado com as festas foi Narciso Mota. E ainda antes do Balanço Económico destas já anunciava publicamente alterações ao formato e transferia a organização novamente para a câmara (juntamente com a Pombal Viva)
Porque será?
Doeu muito no bolso ou são, outra vez, os excessos de protagonismo?

Festas do Bodo (II)

Apesar de tudo, há gente muito satisfeita com as Festas do Bodo.
De entre estes, ressalto os ex-vereadores do PS.
Apesar de o organizador, João Vila Verde, reconhecer a derrota pessoal e se sentir desconfortável com o resultado.
Há gente com alguma verticalidade e há outra sempre tão curvada!

Festas do Bodo (I)

As Festas do Bodo de 2008 tiveram coisas boas (ou muito boas) e más (ou muito más).
Mas o balanço final só agora pode começar a ser feito e o principal critério de avaliação é, tem de ser, o seu equilíbrio/desequilíbrio orçamental.
Segundo o responsável da Pombal Viva o défice foi de 95 mil €. Muito para quem garantia que as festas se pagariam a elas próprias. E muito para os munícipes!
Mas, conhecendo eu como muitos os malabarismos que naquelas casas se fazem com os números arrisco um défice muito superior, mais do dobro!
Nota: depois de ter acesso às contas corrigirei a minha previsão, provavelmente para cima.

10 de agosto de 2008

Piscinas fechadas


Pombal deve ser um dos poucos concelhos, senão o único, que não tem uma piscina, pública, a funcionar durante o mês de Agosto. Exactamente o mês em que as pessoas delas mais necessitam.
Porque será? Não é por falta delas, têm-nas. Fechadas!
Será por desleixo, falta de jeito, ou jeito a mais para fazer jeitos?

8 de agosto de 2008

Crise de confiança

"Há uma crise gravíssima de valores e uma crise daquilo que é o cimento de uma sociedade contemporânea: a confiança. Nós precisamos de ter confiança que o contador de electricidade (e da água, digo eu) conta como deve ser, que as pessoas não estão a fazer batota num jogo de futebol, que os concursos públicos são limpos, que não há interesses ocultos. Estamos numa sociedade com um nível de complexidade tal que temos de confiar nas pessoas e nas instituições públicas e privadas."
João Lobo Antunes, in Diário Económico, de 8/8/08

7 de agosto de 2008

Também me parece

A 30 de Junho deixei o meu "parecer" sobre a questão do Casarelo que se resumia a achar que, em teoria, poderia ser uma boa ideia, mas havia um conjunto de questões, desde urbanísticas a económicas, passando pelas ambientais, que mereciam uma resposta antes de se embarcar em mais uma construção de regime. A legalidade, essa, dei de barato que seria a possível neste país do constrói primeiro, espeta a placa de inauguração e questiona muito depois. Afinal...

6 de agosto de 2008

Go!Shopping: o maior crime urbanístico (II)

O empreendimento Go!Shopping, projectado para o Casarelo é um verdadeiro elefante branco plantado à sombra do Castelo.
O empreendimento, pelo que se conhece, composto por um centro comercial, um retail park, um hotel de duas estrelas e um posto de abastecimento de combustível discount não representa nenhuma mais valia para a cidade e, inserido numa zona nobre, descaracteriza a cidade.
Este tipo de empreendimento, de baixa qualidade, é de interesse muito duvidoso e, a ser licenciado, deveria ser localizado na periferia da cidade. Por exemplo, no prolongamento do Bairro Margens do Arunca. Pelo menos, desghetizavam aquela zona. Não acham?

Go!Shopping: o maior crime urbanístico (I)

O Go!Shopping será, se for concretizado, o maior crime urbanístico praticado em Pombal (pelo menos nas duas ultimas décadas). Às claras, nas barbas de toda a gente, por cima de regulamentos, leis e organismos oficiais.
Como é possível, tanto facilitismo, tanto descaramento, tanta obstinação para concretizar tamanha malfeitoria?
Querem-nos usurpar, à falsa fé, a última área nobre e virgem no centro da cidade. Acordem pombalenses. Não deixem. Se deixarem ficaremos todos muito mais pobres!

Diogo despromovido II


Constata-se que o Diogo Mateus engoliu em seco e sem respirar o rebaixamento público que Narciso Mota lhe fez.
O Assalariado sobrepôs-se ao Politico.
É a vida…!

4 de agosto de 2008

Ainda o Bodo

No geral gostei... e recomendei. Gostei especialmente do recinto dos concertos e do modelo da festa, com actividades espalhadas por todo o lado. Gostei da animação e do ambiente. E gostei do "Boda-se"! Pena era que a publicidade se centrava no cartaz dos concertos do campo de futebol esquecendo as outras actividades

Não gostei do fogo-de-artíficio (para o efeito foi excessivo), não achei piada nenhuma à vedação que dividia a Rua de Leiria . Não gostei da falta de caixotes do lixo e do preço da cerveja. E também não gostei do condicionamento de vias públicas em horas mortas.

Com os primeiros balanços, constatou-se que se andou longe da meta de 120.000 entradas. Por isso, das duas uma: ou há capacidade de suportar um evento destes ou não há. A justificação do 1º ano não irá valer para tudo, da mesma forma que ter um prejuízo minimamente inferior ao dos anos anteriores não pode ser lido como uma vitória.

Mas valeu pela festa, e espera-se que a seriedade e a transparência a utilizar aquando da análise das contas consiga demonstrar que este é um investimento que se justifica.

Os fins justificam os meios?

Em relação à questão da vice-presidência, na ausência de mais notícias, suponho que o ex-vice-presidente já tenha sido informado pessoalmente da decisão. Espero agora por saber, afinal, que conclusões é que tira, não só desta despromoção, mas também da sua imagem perante os eleitores, se aceitar sem mais a decisão tomada, especialmente da forma como a mesma foi tomada...

29 de julho de 2008

A fartura do Bodo


"Aquilo não foi uma lufada de ar fresco. Foi um autêntico vendaval", disse-me ontem MLB, coberta de razão. As festas do Bodo que agora passaram foram agigantadas. Trouxeram a Pombal magotes de gente. Fizeram correr muita tinta mas saldaram-se com sucesso. Ainda bem. Seria penoso para todos nós, que aqui vivemos e pagamos por isso, se assim não fosse. Continuo a achar lamentável que se gaste dinheiro a rodos num cartaz de espectáculos (ainda por cima pouco original, veja-se a publicidade - inteligenemente colocada nas capas de jornais - da Expofacic, em Cantanhede, modelo a que este bodo se colou, em cópia mal feita), quando nos faltam coisas são simples como um espaço para umas horas de lazer. Meia dúzia de metros de verde, que nos permitisse respirar do betão que avança sobre os passeios e do asfalto cor-do-Arnado. Não me conformo, não hei-de conformar-me nunca, em nome do dos meus filhos, dos meus pais, dos meus avós, e sobretudo dos que hão-de vir.

Para lá do sucesso anunciado dos espectáculos, e dos avanços e recuos de entradas pagas para, por exemplo, o recinto os carrosseis (!) sobram algumas notas a reter: o estádio tranformado em recinto de festas não foi protegido nem nos mínimos detalhes. De tanto dinheirinho gasto, poderia ter sobrado algum para poupar a relva, como geralmente acontece nos estádios onde há concertos. Aos que se preocupam com questões "menores" como colocar o lixo no lugar dele, impressionou a falta de caixotes/contentores, a imundice das casas de banho, a selvajaria exibicionista. Mas quando é para atirar à finesse estamos aí, por isso compensava-se a falta desses pormenores com um espaço VIP: um camião (que mais poderia ser?) para os amigos dos amigos. Lembrei-me da imagem do champagne com tremoços, que um amigo meu tão bem aplicou a Pombal, há tempos.

A ideia ressuscitada da Expobal parece funcionar. A juntar a esta, há um dedo ao alto que deve levantar-se para o Bodo 4 kids, a inclusão dos restaurantes e - verdadeiramente objecto de aplauso - dos ranchos e bandas filarmónicas do concelho repartidos ao longo dos dias a dar ares de festa às ruas da cidade. Ah, as ruas: valeu a pena mudar a organização de mãos, pelo menos para vermos uma iluminação melhorada, sem ser aquela que podia já ficar para o Natal, como era costume.

Em suma: quando há dinheiro, as festas são outro luxo, outra fartura.

Para a super empresa municipal (está visto que afinal o objecto deve alterar-se assumidamente para a organização de eventos), aqui fica uma sugestão de rodapé: não tendo os funcionários o dom da omnipresença, é conveniente que, para a próxima, seja acautelado o normal funcionamento de todos os serviços, desde a fiscalização do estacionamento até, por exemplo, o parque de estacionamento subterrâneo da praça Marquês de Pombal. Sexta -feira de manhã acabaram-se os tickets na máquina e não havia funcionário algum para os repor. Depois de chamado por telefone, lá apareceu o dito, 15 minutos depois, a poupar nas desculpas e nos bons dias. Foi quando constatei que três carros naquele acesso ao parque fazem um engarrafamento.

Pois é, sol na eira e chuva no nabal...é coisa geralmente impossível.



Noites sem dormir

Passa das duas da manhã e ouve-se a cantoria dos "Anjos" na Charneca como se fosse aqui ao lado. É assim há 4 dias, sendo que isto dura até às 5h30. A bombar, sempre. A sorte é que o Bodo acaba hoje (já lá vamos...)

A pulseirinha laranja


Quem teve a brilhante ideia de organizar o Bodo como se de um festival de Verão se tratasse? Não digo que não se aprenda com os festivais e não se tente importar algumas das suas boas ideias. O que me parece absurdo é sacralizar o conceito e aplicar, de forma cega, todas as suas idiossincrasias.
Um exemplo acabado do ridículo da situação é a pulseirinha cor-de-laranja que imperou na edição deste ano. Quem comprou "bilhete geral" viu-se obrigado a ter de usar o tal arreio durante todos os dias da festa. Será que não existem outras formas de controlar o acesso aos espectáculos que não passem por ridicularizar os pombalenses?
Mais: a dita pulseira não é democrática! De facto, ela não pode ser usada por quem tem bom gosto, pelos trabalhadores de instituições bancárias que não da Caixa Agrícola, por quem trabalha num talho, por cirurgiões.
Espero que, nos próximos anos, o bom senso regresse e as pulseirinhas laranja (ou, apesar de muito improvável, rosa) deixem de efeitar os pulsos dos nossos conterrâneos.

25 de julho de 2008

Lixo

Ainda não estamos em Agosto, mas, na minha urbanização com fraca densidade populacional, o lixo já transborda dos caixotes e espalha-se nos passeios.
Será que o pessoal da recolha já foi todo mobilizado para o Bodo? E o resto…?

24 de julho de 2008

Abram alas para o Bodo (III)


Este não é o meu Bodo. Reconheço, no entanto, que a proposta deste ano é, a todos os títulos, mais interessante que as dos anos anteriores. E não me refiro apenas ao cartaz dos espectáculos. Este ano houve reflexão, estratégia, objectivos claros e arrojo. Espero, sinceramente, que o Bodo 2008 seja um grande sucesso!
O problema é que Pombal não tem ideia do que quer ser como cidade, o que faz com que um investimento desta natureza não tenha condições para criar as sinergias (nunca pensei vir a escrever esta palavra...) que os seus promotores esperam.
O enorme potencial que Pombal tem precisa de uma estratégia que enquadre as opções de investimento, públicas e privadas, e as potencie para o bem comum. Sempre defendi que uma cidade pequena como a nossa deveria apostar na cultura, na qualidade de vida e no emprego qualificado. Tenho a certeza que essa aposta faria de Pombal um grande pólo atractor na região. O Bodo poderia, então, ser aproveitado como veículo promocional dessa estratégia. Como a pasmaceira regressa em Agosto, lá se vai perder mais uma oportunidade.

21 de julho de 2008

Diogo despromovido

Diogo Mateus foi despromovido do cargo de vice-presidente da câmara. Com requintes de crueldade e malvadez.
Narciso Mota é assim, quem não está comigo está contra mim e quem está contra mim, paga-as!
Diogo Mateus sabe-o bem. Então porque falou no caso das contas da Pombal Prof? Porque não deu cobertura ao comportamento ilegal de Narciso Mota?

Luis Garcia assume-se

O presidente da AM pronunciou-se de forma clara, sintética e objectiva sobre o caso das contas da Pombal Prof, criticando o comportamento ilegal de Narciso Mota e censurando o comportamento dos presidentes das associações: comercial e industrial.
Só é pena que não o faça mais vezes. E não é por falta de oportunidades.
O cargo de presidente da AM tem dimensão politica que lhe advém do sufrágio directo. A dimensão politica do cargo confere-se igualmente responsabilidades e obrigações perante a assembleia e também perante a comunidade que o elegeu. O Presidente da AM não se pode limitar a dirigir uma assembleia de três em três meses. Deve, igualmente, ser um moderador do debate político local e deve ter opinião sobre os grandes temas locais.
No caso das contas da Pombal Prof esteve bem. Mas ainda está em défice…

20 de julho de 2008

E sempre a água…

Em Pombal, a água é um problema crónico, para os munícipes e para a câmara.
Os munícipes, coitados, como não têm alternativa de fornecimento e como o sistema de abastecimento de água tem sido gerido por gente incompetente comem com água contaminada (Arsénio, Nitratos, Ferro, …) ou sem qualidade. Pagam a água cara. Têm que a pagar mesmo que a tenham recebido contaminada ou sem qualidade, e, não bufam! Nos últimos tempos, como o PS tem denunciado, são alvo de dupla facturação!
Convenhamos que é demais!
A água tem sido o “petróleo” da câmara. Com a rede, em grande parte, construída tem-se limitado a abrir uns furos, colocar umas bombas, ligá-las à rede ou a uns depósitos que por aí tem espalhados e toca a facturar! Quanto mais facturar mais lucra, porque o recurso é inesgotável (no pensamento deles) e de borla. Pelo meio faz umas análises, se der negativo (contaminada) repete, repete, repete, ...., que alguma vez deve dar certo!
Mas, como as trapalhadas são tantas e de tamanha gravidade os munícipes começaram a manifestar insatisfação e a oposição pegou nisto. Na água, tal como nos impostos, a vida do executivo complicou-se.
Decididamente, este pessoal politico e os boys que gravitam à sua volta podem ser bons a organizar arraiais e festas, com o dinheiro dos outros, mas não sabem gerir sistemas de abastecimento de água.
Problemas de vocações ou falta delas?

18 de julho de 2008

Narciso cede nas contas da Pombal Prof

Narciso Mota recusou-se a entregar ao PS, via presidente da AM, as contas da Pombal Prof. Pensou que, com aquele artificio da acta do conselho de gerência que votou não tornar publicas as contas, contornava a lei e gozava o PS e os seus dirigentes. Enganou-se. Enganou-se porque as coisas mudaram!
O PS denunciou em conferência de imprensa o flagrante atropelo à legalidade e Narciso Mota sentiu o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés. Teve que ceder e perder a face. Acontece. No entanto, o que é mais confrangedor em todo este caso são as desculpas e justificações que Narciso Mota deu na última reunião do executivo.
Afinal, bastava pedir-lhe o relatório de contas pelo telefone ou directamente à filha do ex-presidente (mal) empregada na secretaria da ETAP!
Ridículo!

E chamam-lhe serviço público

Abençoada que fui com o nascimento da minha filha neste verão quente, dei comigo à sombra de casa, a assistir ao programa da RTP em directo da Praça Marquês de Pombal, que poderia ter sido uma excelente oportunidade de promover a terra e as gentes de cá, a partir daqui para o mundo inteiro. A verdade que as longas horas de emissão - que havemos de pagar, nós todos - revelaram-se aquilo de que já suspeitava: uma montra da feira de vaidades em que está transformado o Bodo deste ano, aqui e ali ofuscada pela triste imagem da populaça que vibra com os gritinhos saltitantes de João Baião e os olhares pseudo-matadores de Sónia Araújo. É o serviço público, dizem eles. E o público aplaude, sem saber muito bem o quê.
Salva-se no meio deste quadro a vida que volta à praça, tão injustamente despovoada de tudo e de todos. Nem que seja por umas horas, há vida na praça outra vez e isso é bom.
Sabendo o quão rica é a história de Pombal e das festas do Bodo, era de esperar que ali se desse a vez e a voz às tantas figuras - felizmente ainda vivas - que sabem contá-la. É claro que continuaria a haver espaço para o nosso João Faria e seus sete ofícios. Para sabermos o que manda a Pombal Viva e seu administrador, em tempo de vacas magras que Pombal ilude com este cartaz de luxo- que havemos de pagar, nós todos. E até, vá lá, para ouvirmos falar dos 9 km de costa que nunca podem faltar em discurso autárquico. Mas tinhamos a obrigação de mostrar ao país e ao mundo que há mais vida para além do Bodo, e que, mesmo esse, existiu antes de 2008 e desta organização à la rock in rio arunca. A obrigação, o dever e o direito - digo eu, já que não há programas de borla. Não sei quem fez a "selecção de pessoal" para as entrevistas promocionais. Mas sei que isto não é serviço público. É antes colocar os meios que nós pagamos ao serviço de um determinado público.
Não percebi por que razão deslocaram Nelson Pedrosa (um exemplo de interesse e dedicação à investigação histórica e cultural) para a praça de toiros de Abiul, ao invés de o vermos e ouvirmos na praça. Lembrei-me de um programa da TSF, vai para uns 8 anos talvez, cujo conteúdo faria corar de vergonha este programa de entretenimento brejeiro. Sobraram pernas e bailarinas num espaço tão nobre. A tela gigante, que tapava as misérias dos prédios devolutos, como quem varre o lixo e o esconde debaixo do tapete, era também ela o cartaz do Bodo. Algumas caras de lá vieram a terreiro promover os cafés Mambo, a Câmara e o João Vila Verde na mesma frase. Rita Guerra fê-lo muito bem. Ana Malhoa idem, ao ponto de se "sentir em casa", como disse. Às vezes nós é que não nos sentimos, tal a usurpação que nos fazem dos valores, em troca de outros que mais alto se levantam.
O resto foi música.

É festa, é festa!


O FMI alertou para o facto de Portugal viver acima das suas possibilidades. Será verdade? Não, eu não acredito...

17 de julho de 2008

Sociedades obscuras

A CMP sempre recusou a fiscalização política das empresas municipais na AM e nunca cumpriu a lei do estatuto da oposição.
O PS requereu ao presidente da AM, como lhe compete e lhe é devido, as contas das empresas municipais. O presidente da Câmara disponibilizou as contas da Pombal Viva e da PMU mas recusou-se a entregar as contas da Pombal Prof.
Há muito que sabíamos que o poder político do PSD em Pombal abomina a critica e o escrutínio político mas não era preciso chegar tão longe.
Empresas que são financiadas com os nossos impostos ou com taxas das quais não podemos fugir têm que ser totalmente transparentes. Em Pombal, tal como em muitos concelhos, não o são.
Quando o escrutínio político é vedado, quando os direitos da oposição são violados de forma tão grosseira e descarada, algo vai muito mal ou muita coisa se quer esconder.
Chamem a polícia...!

14 de julho de 2008

Lição Cívica

Tive conhecimento do projecto PALUMBAR, que terminou com um relatório final de proposta de uma pousada “Divertida e Amiga do Ambiente” para Pombal. É um exemplo que me faz renovar esperanças naqueles que já vejo como a geração posterior à minha.
Parabéns aos alunos pela iniciativa, capacidade analítica, consciência crítica, pelo enquadramento local e global que deram ao projecto e por uma redacção escrita exímia. Parabéns à professora pelo alto exercício de formadora cívica.
É com mais projectos destes, desde tenra idade, que se pode combater o crescente e temido desinteresse político dos jovens.
Espero, acima de tudo, que os nossos políticos locais o saibam valorizar, não apenas pelo conteúdo, mas, acima de tudo, pela iniciativa, que encerra uma das preciosidades do bem fazer política: saber ouvir os outros.
Quando se ouve as várias partes interessadas num projecto, conciliando interesses, valorizando opiniões e tentando encontrar consensos, o resultado será melhor e mais sentido por todos.
E quem sabe este não seja o mote para uma série de projectos futuros de área escola, que estudem outros aspectos de Pombal. Deixo já uma sugestão, para reflectirem sobre o seguinte paradigma: como aliar a evolução e modernidade social à preservação da tradição e identidade local das Festas do Bodo, sem enveredar pela moda plástica e inócua do mediatismo?

13 de julho de 2008

Uma fartura neste Bodo

Parece que adivinhávamos, há coisa de um ano, os dias de regabofe que o cartaz deste ano haveria de anunciar. Estará, pois, na altura de retomar este blogue, que nunca houve tanto para dizer sobre a nossa festa, este ano transformada em megalómano evento. Será que sobra espaço para a fartura no Cardal?

3 de julho de 2008

Pedro Tochas: uma visão parcial


Fui professor do Pedro e sou seu amigo; corro, por isso, o risco de ser parcial.

O Pedro é uma pessoa de elevado cartácter, um artista de altíssimo nível e de grande profissionalismo. Tenho acompanhado a sua carreira e vejo que tem sabido, com grande inteligência, tomar as opções correctas. Pelos vistos, desta vez, não acertou ao confiar na Câmara Municipal de Pombal (CMP). O espectáculo que estava agendado para dia 11 de Outubro foi cancelado.


Pedro, deixa lá, não és o primeiro a ficar desiludido com as decisões da CMP. Milhares de pombalenses já sentiram o mesmo. Mas tu, pelo menos, reages.

Expropriar antiga casa de Mota Pinto?

Porquê? Para quê?
A casa é pequena, está em ruínas, entalada entre dois prédios, numa zona descaracterizada sob o ponto de vista arquitectónico, é o gargalo de uma rua com grande movimento, e ela própria contribui para descaracterizar ainda mais aquela zona.
A casa não tem grande valor e o que tem é essencialmente especulativo.
A casa nunca pode ter grande utilidade nem interesse. Um museu? Nesta casa? Neste local?
Desbaratar dinheiro nisto cheira a bizarria.
Respeitem o nosso dinheiro. As dificuldades e os sacrifícios dos contribuintes!


PS: Se existe esse espólio de Mota Pinto, venha ele, o que não faltam é espaços públicos, disponíveis e mais nobres, para o expor.

1 de julho de 2008

A exposição que não posso visitar

Está patente ao público, até dia 15 de Agosto, no Museu Marquês de Pombal, a exposição "O esplendor do traje no século XVIII". Esta exposição resulta de uma parceria entre o Município de Pombal, o Museu Nacional do Traje e a Escola Artística e Profissional de Pombal. O tema parece-me interessante e louvo a forma como três entidades distintas, com a particularidade de uma delas ser uma escola, se conseguiram entender.

Ao consultar o horário da exposição, verifiquei que esta só pode ser visitada de 2ª a 6ª, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. O que é que se pretende com este horário de mercearia? Que não seja visitada por ninguém? Eu presumo que os alunos das escolas do concelho já a tenham visitado. Mas, e o cidadão comum? E os turistas?


Pombal nunca foi um destino turístico e, a continuar por este caminho, arrisca-se a nunca o vir a ser.