As obras de remodelação do Largo do Cardal estiveram suspensas.
Poderia pensar-se que a causa seria a necessidade de avaliar e cuidar dos achados
arqueológicos e do terreno. Depois não se verificou a presença dos técnicos do
Município que têm conhecimentos sobre arqueologia e verificou-se que os
terrenos de terra fértil (preta) passaram a ser misturados com brita.
Então pensei que a suspensão seria motivada pela
necessidade de se alterar o projeto elaborado pelo arquiteto do regime a fim de
se construir uma estátua de Kim Jong-Mota do tamanho do Colosso de Rodes. Sim, uma
estátua colossal, cujos ombros sirvam de poiso a uma passarinha que esvoaça entre
o Largo do Cardal e a ETAP e a outros passarinhos que esvoaçam no local. Uma
estátua com dignidade, cujos olhos sejam lanternas para iluminarem a entrada dos
paços do concelho e estejam vigilantes a indicarem o rumo ao delfim novo timoneiro.
Pouco importa se o caderno de encargos do concurso do
projeto de remodelação da cidade elaborado pela empresa do regime previa, como
um dos critérios de valoração das propostas, a afetação de um licenciado em determinada
área. Sim, pouco importa que, em resultado do estabelecimento daquele critério,
uma determinada empresa tenha ganho o concurso e que a EU tenha colocado a possibilidade
de aplicar uma multa de €500.000,00 por violação das regras da concorrência.
Pouco importa que o querido líder diga que o município tem dinheiro no banco
por boa gestão e “atire” com os papéis para cima do seu “crítico” em jeito de vitória
e omita que o saldo é a consequência do aumento da comparticipação dos fundos
comunitários. Pouco importa a verdade.
O que importa a este povo é a estátua colossal do “querido
líder”. Ele merece e o povo apoia e todos vão ficar muito felizes…
ainda bem que vão ficar felizes, porque de resto não se consegue perceber nada de nada, estátuas com terra preta misturada com brita,e multas por causa de regras da concorrencia, deve de ser por se misturar a terra com brita e ter dinheiro no banco depois de se atirar papeis para cima de um passaro, que chocou com uma estátua.
ResponderEliminarBons dias!
ResponderEliminarVão tirar o busto do Sr. Dr. Paiva para colocar no seu lugar um ninho da passarinha?
Não entendo como se apaga a memória de um povo, retirar a estátua do sr Dr. Paiva faz me lembrar o filme: "voar sobre um ninho de cucos".
Para que as pessoas saibam o Sr. Dr.Paiva, era médico, visitava os seus doentes pelas aldeias a pé e às vezes a cavalo num burro, chegado ao local via tanta miséria que não levava nada de consulta, enfim era o médico dos pobres e agora desrespeita-se uma memória viva?