Dizem que há crise! Pois dizem, mas um cantor chamado Justin Bieber, com
cara efeminada, vem a Portugal e as adolescentes saloias já acampam à entrada
do pavilhão, onde vão permanecer durante duas semanas a esperar e a fazer
juramentos de amor ao seu “grande” ídolo.
Não estamos em tempo de abundância nem de férias escolares, mas os papás
saloios suportam os custos e toleram as faltas das filhas saloias às aulas,
para elas melhor poderem "aprender" a "cultura" da moda, do
esbanjamento e da ociosidade. Toleram e pagam, porque também eles passaram a
adolescência e a juventude atrás de quimeras e a adorar “vacas sagradas” e
outros ídolos.
Temos de facto uma crise bem profunda…
Concordo com a ideia das faltas escolares, não concordo com o moralismo, a adjectivação e com os nexos de causalidade "eles são o que os pais foram" e "não há crise económica porque há quem vá ver artistas".
ResponderEliminarDigo-lhe, com todo o respeito, que a mesma actividade cultural a que V. Exa. se devota todas as semanas religiosamente é partilhada com senhores que são eles verdadeiramente responsáveis pela crise moral e ética das nossas sociedades.
Bom dia
ResponderEliminarPois ....... assim as propinas são sempre caras!, não há dinheiro que os vede, se necessário for, exigem dinheiro para ir a qualquer capital europeia assistir a um concerto.
Desculpe Sr, João Coelho: a sua educação, tenho a certeza, foi esmerada e não estou a vê-lo em devaneios, tais como, acampar a porta de um recinto por causa de um concerto!.
Fernandes,
ResponderEliminarA histeria em torno de artistas mediáticos não é um fenómeno de agora, não nos esqueçamos do Elvis Presley, Beatles, The Doors, Rolling Stones e tantos outros. Isto apenas para recuar aos anos 50 e 60. As faixas etárias eram as mesmas (15 anos em diante). As gerações de jovens dessa época fizeram tanto ou mais que as gerações de hoje. São os avós de hoje.
Quanto à crise e aos gastos em idas a espectaculos, penso que uma coisa nao contende com a outra. Nao nos esqueçamos, que apesar de em crise, haverá sempre uma faixa da sociedade que terá rendimento disponivel para esses produto. E ainda bem que é assim.
Apenas acho desapontante o facto da histeria e os gastos nao serem também em torno da musica portuguesa, sempre aumentávamos o nosso PIB. Mas aí a culpa nao é do ouvinte nem sequer do artista, a culpa é de quem dá a ouvir às massas.
Boa tarde
ResponderEliminarA culpa é mesmo das massas, daí a crise cultural e económica
Nem a propósito:
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=r0hfg1htnM4
Caro amigo Edgar.
ResponderEliminarAs histerias, e as idolatrias, não são coisas de agora, como tu muito bem dizes. Mas também não são coisas das avós das meninas de agora, ao contrário do que dizes. São coisas dos tempos passados (longínquos e recentes) e contemporâneos de toda a história da humanidade. Infelizmente, as idolatrias têm sido combatidas com outras idolatrias e não com a racionalidade. Eu tento ser idolatricida (perdoa-me o pleonasmo).
Quanto ao consumo da música, discordo do que dizes. Os “emissores” da música e de outras “músicas” dão aos consumidores aquilo que estes querem consumir. Cada cidadão é responsável pelas suas escolhas e todos os cidadãos pelos destinos coletivos…
Caro amigo João André Coelho
Como sabes, a história ensina-nos que as civilizações hedonistas morrem sempre às mãos dos bárbaros. A crise económica atual não é ainda maior porque muitos cidadãos não participam nas novas “orgias” em “honra” dos novos deuses “bacos”: ainda “há quem vá trabalhar”.
Não pretendo ser moralista mas, tendo em conta as dificuldades que vivi na infância e na juventude, parece-me indecoroso, patético e desequilibrado o comportamento das “meninas” que, para poderem ver e ouvir um tal justin bieber, faltam às aulas e acampam durante semanas às portas do pavilhão à espera do seu ídolo (ou deus)…
Quanto às minhas atividades, que apelidas de culturais e dizes serem semanais e religiosas, caso te refiras à bicicleta de montanha e aos matraquilhos, permite-me que te diga que a prática não é assim tão regular devido às mazelas das quedas (de bicicleta) e à falta de tempo disponível, mas é uma consequência do meu maior comportamento espartano do que ateniense.
Finalmente, não entendo qual a relação que existe entre a prática de ciclismo e o jogo dos matraquilhos nos tempos livres, por um lado, e a ausência da escola e do trabalho durante semanas para ver “ídolos” em concertos da treta, por outro lado. O exemplo do teu argumento permite comparar todas as realidades mais inconciliáveis. Permite qualificar de igual modo o trabalho e o absentismo, o estudo e a ignorância, o furto e o donativo, o desporto e o alcoolismo, etc…
Caro amigo João Coelho
ResponderEliminarVê bem o vídeo e vê se o conteúdo é comparável à prática do btt ou ao jogo de matraquilhos.
http://ainanas.com/bizarro-2/rapaz-de-15-anos-ama-o-justin-bieber/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLouvo a clarividência do Edgar. Tudo o que o blogger acrescentou em nada abona em seu favor. O DBOSS tem que aprender a poupar a cabeça alheia. Vou falar com o Adelino Leitão para colocar-mos os filhos do José Fernandes no bom caminho. Se, no que ao caso respeita, ainda estiverem sob tutela parental, vamos vê-los brevemente a assistir a umas sessões de canto Gregoriano no convento do Cardal, promovidas pelos Sr. Deputado Pedro Pimpão, Ana Pedro, Teófilo Araújo dos Santos (este, mediante choruda avença) e o Eminente Cardeal Richelieu (em acumulação de funções com a de "designer de penicos").
ResponderEliminarSAUDAÇÕES DEMOCRÁTICAS
Viva amigo Manuel Ferreira
ResponderEliminarPelo conteúdo do teu comentário, parece que entendes ser acertado e culto o comportamento daqueles adolescentes que, para culto histérico de ídolos, faltam às aulas durante semanas para poderem ver um tal Justin Bieber. Interpretei bem o teu escrito e o teu pensamento? Ou entendes simplisticamente que o acerto do comportamento dos netos é justificável por igual comportamento dos avós?
Quanto aos restantes argumentos, sobre as sessões de canto gregoriano, ri com a ironia bem conseguida, por me colocares ao lado de amigos e menos amigos e por, sendo eu um pretendente a ateu e um “idolatricida”, me transportares para um templo religioso com tudo o que tem de mitos e ídolos. Ou foi a (falta) argumentação que te veio à cabeça?
Caro José Fernandes,
ResponderEliminaré um prazer ver que o meu amigo comenta tudo o que lhe aparece para comentar. Devia guardar as suas energias para comentários mais enriquecedores, em vez de andar a comentar as opções de vida de cada um.
Comento tudo o que me apetece sem recorrer ao anonimato e sem pedir autorização ou conselho a quem quer que seja. Sei que as minhas ideias incomodam algumas mentalidades com ideias diferentes: é a liberdade. Mas está descansado que muito em breve irei comentar outras factos e outros costumes.
ResponderEliminarFicarei à espera desses grandes comentários, tendo a certeza que serão educativos. Também vou ficar à espera que perceba que pode comentar tudo o que lhe apetece sem pedir autorização a ninguem, mas não convem que use a mesma liverdade para criticar estilos e opções de vida.
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