27 de junho de 2013

Da série "Pombal, Concelho com Estórias"

Chegou-me um mail com o seguinte conteúdo:

Ex.mos Sr(es). 
Segue convite para a inauguração da Exposição Castelo da Memória, resultante do projeto Caixa de Memórias desenvolvido na Rede dos Castelos e Muralhas do Mondego durante o ano de 2012 com quinze instituições de acolhimento e ocupação de idosos. A inauguração da exposição terá lugar no dia 28 de junho, pelas 10.30h, no Centro Cultural de Pombal (celeiro - Praça Marquês de Pombal). Solicitamos divulgação do evento. Melhores cumprimentos,

Atendendo a que não encontrei nada nos lugares oficiais, divulgo-o. A ideia é gira e é destes senhores

Mas desta iniciativa, não posso deixar de me lembrar de um post desta casa que alertava para o vazio que esta pré-campanha revela. Pode ser ainda demasiado cedo, dirão uns, ou pode ser o que menos interessa dirão outros, mas num final de ciclo, com os seus defeitos e virtudes, impunha-se que pelo menos já se começasse a fazer ou a vincar diferenças em relação ao que foi feito, para fazer melhor o que pode ser feito melhor e diferente o que pode ser feito de forma diferente. E no que toca à Cultura, onde esta iniciativa entronca, pelo menos a mim, interessava-me perceber se a "política-do-toca-e-foge-e-reage-apenas-quando-alertado-e-abram-se-espaços-que-depois-logo-se-vê-o-que-se-faz-com-eles" será revertida, mais de que por não haver dinheiro, pelo facto de passar a haver uma Política cultural a sério, com um(a) Vereador(a), que consiga articular associações, espaços e vontades, bem como outros responsáveis políticos (Turismo, por exemplo), para existir uma ocupação efectiva de espaços e uma programação consistente que agarre e encadeie logicamente o que vai existindo (que existe, note-se bem), apoiado em técnicos que percebam da poda. 

Dir-me-ão que há outras prioridades. Aceito. Mas isso não impede que olhe para este Concelho, para o que se faz, para o que há e para o que pode ser usado (pense-se apenas na Redinha, um dos nossos melhores postais), e pensar que também pode passar pela História e pela Cultura um certo revitalizar do Concelho, embora não seguramente o primário. Mas já seria bom que finalmente houvesse quem executasse políticas com cabeça, tronco e membros. E autonomia. Infelizmente, a única História que se discute é quando o actual Presidente passa à dita. E isso é muito pouco.

8 comentários:

  1. Alvim porque falas da Redinha e não falas do Louriçal. A Junta do Louriçal tem feito um trabalho soberbo na promoção cultural e turistica, com vertente religiosa. Tambem pertences aos meninos da cidade que não gosta dos Gauleses? Não esperava isso de ti, mas paciencia ja estou habituado á soberba dos meninos da cidade

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  2. Roque, hás-de me explicar essa da soberba dos meninos da cidade. E sinceramente, se é para conversar, não desconversamos com argumentos que para além de ilógicos, nada acrescentam.

    Dei um exemplo em termos de potencialidade. Podia dar dois e aí já iria buscar o Louriçal. Acho que no que toca ao potencial (cultural, patrimonial e natural, a Redinha tem mais que o Louriçal, devido à Serra, sendo que o Louriçal tem bastante).

    Em termos de trabalho de promoção, aí não discuto, já que comparar quem tem procurado potenciar a sua terra, como é o caso do Louriçal, com quem espera que algo caia do céu, não faz sentido. E sim, a Junta do Louriçal é um exemplo daqueles "responsáveis políticos" que pode trabalhar bem com quem quer que agarre numa política que passe pela Cultura e Turismo.

    Mas o tópico não é tanto o trabalho das Juntas, mas no degrau "acima" e na capacidade de nos afastarmos de algo que nos últimos anos não existiu.

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  3. Sim amigo Alvim.... A Redinha tem um convento... doces regionais... aqueduto devidamente recuperado.... igrejas centenarias devidamente recuperadas... Sabes amigo nós "Gauleses" ja estamos habituados a não nos darem o nosso devido valor. Ja senti isso na pele, desde o tempo em que estudei na Escola Secundaria de Pombal, nos anos 80. Ja agora refere tambem o potencial do Carriço.

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  4. Não te esqueças tambem do potencial Abiul, e se formos por outros lados vias potencial em todas as Freguesias... mas para isso é preciso sair da Cidade...

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  5. Roque, opiniões são opiniões. A Redinha foi o primeiro exemplo. Um exemplo. Aquele que acho melhor em termos de potencial. Se eu tivesse escrito Redinha e Louriçal, nada dirias. Chamaste a atenção para que o Louriçal era um exemplo. Reconheço-o, sem qualquer problema. E hei-de voltar a este tema e especificamente ao Louriçal, aliás até partindo dos doces regionais (venda inteligente da terra), mas quando falar de Juntas que querem ser e são mais que pontos de escrita de ofícios. Este post era para a Câmara e não me parece que discordes de mim, até porque apontas para as costas voltadas entre Louriçal e Pombal, que até tem mais a ver com questões partidárias e não devia ter.

    Não tornes isto naquilo que não é. E não é, de todo, menosprezar o Louriçal.

    E sim, vejo potencial em várias Freguesias, mas conjugar património, cultura, natureza e turismo vejo em poucas, entre as quais Redinha, Louriçal e Abiul.

    Sobre as farpas que vais deixando cair aqui e ali, continuo sem ver a necessidade das mesmas. Não tenho problemas em reconhecer quando estou errado nem de reconhecer os outros quando estão certos. E por isso, agradeço que tenhas chamado o Louriçal e o bom trabalho lá feito. Dispenso é bocas para reforçar os argumentos. Vivo na cidade, sim, e daí? Tenho que pedir desculpa por teres conhecido e lidado com os idiotas que aqui também vivem (e de certeza que com muitos também tive eu de lidar)?

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  6. Esta treta dos gauleses está a desviar a atenção do essencial, Roque.
    Isso são as táticas do nosso Rodrigues Marques!
    É evidente que o Louriçal tem aqui um peso muito grande. Também não é menos verdade que a Redinha tem um peso não inferior, e uma qualidade de "paisagens" dificil de igualar no concelho. Mas o importante é que um não ofusca o outro, bem pelo contrário. Mais 100 turistas na Redinha não são menos 100 turistas no Louriçal, bem pelo contrário. Um crescimento cataliza e promove o crescimento do outro.
    Por outro lado, se acharmos sempre que somos perseguidos, ficamos conotados com complexos de inferioridade, no Louriçal, que seguramente não temos! :)
    Quanto ao essencial, retenho: neste como em outros casos, a aposta forte que falta fazer é NAS PESSOAS e NOS PROJECTOS. Muito mais do que NAS PEDRAS. Já existe matéria prima, falta estudo, projecto, ambição e competência. Faltam as pessoas certas... outra vez!

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  7. Alvim, de acordo em quase tudo. Excepto na parte final. Tu sabes, como eu sei, que é precisamente pelo facto do presidente em-fim-de-ciclo não passar à história que não tens pré-campanha. Está o homem convencido de que será uma espécie de supra-presidente. Basta ver (saber) da pressão que exerce sobre Diogo Mateus na constituição da lista. Tudo poderia ser diferente. Mas não é desta.

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  8. A política é a arte do possível, mas ainda assim será possível contentarem-se (falo no geral, claro está) com tão pouco? Seria assim tão impossível marcar terreno em ideias estruturadas deixando as listas para depois ou separando as águas? Ou então é pior do que pensava e sim, diferente não será. Uma vez charneira, sempre charneira.

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