14 de junho de 2013

Faz-me um like


Os candidatos às eleições de 29 de Setembro passeiam-se por estes dias pelas redes sociais como dantes se passeavam pela cidade, ou pelo largo da igreja ao final da missa de domingo. A presença nesses espaços é hoje vital para a sobrevivência e sucesso de cada um, pois que o paradigna da comunicação mudou. E não volta atrás. Disso, não restem dúvidas. Mas chega a ser confrangedora a falta de noção de como trabalhar esta área. Não basta pedir à mulher, ao amigo, ao homem-de-mão que "dê um jeito naquilo" e faça uns likes (gostos) nas publicações. A rede é um bocadinho mais do que isso. 
Não raras vezes quem se senta atrás de um ecrã esquece-se de que está a falar em público, e por isso a ser avaliado pelo tipo de comunicação que faz. É notório quando não é o próprio a falar, como devia. Ou quando o próprio nem sequer ali anda, como se impunha. Isso sente-se do outro lado, que ninguém duvide. Criar uma página de um candidato no Facebook não é bem o mesmo que criar a página de uma empresa - em que qualquer um a pode actualizar- ou de uma colectividade. 
Saltam a vista pela positiva exemplos de figuras como Paulo Fonseca (recandidato à Câmara de Ourém) ou Rui Rocha (de Ansião), para dar exemplos de concelhos vizinhos. Este último marca até horas para falar "em directo" com o eleitorado. Em Leiria, Gastão Neves também sabe desse importância, como Paulo Baptista, na Batalha. Têm presença (que não é de agora) na rede, movem-se nela. E sabem que é só um instrumento de comunicação, mas um instrumento importante. Conto muitas vezes a história de Raul Castro, em Leiria, cuja campanha acompanhei de perto há quatro anos. Estou convencida de que aquela vitória se ficou a dever em larga medida à comunicação profissional de quem a fez, e a outro factor fundamental: o homem queria mesmo ser presidente da Câmara. É preciso querer, primeiro que tudo.
Fazer concursos de likes é brincadeira de crianças, em matéria de comunicação, onde a mensagem é tão importante. Ou alguém pensa que os likes são votos? 
Olhando para Pombal: isto seria cómico, se não fosse trágico.


11 comentários:

  1. O que é isso de likes?
    No meu tempo só havia alfinetes e broches.
    Vendi alguns, muitos!
    por isso é que sou ... Chico Gravateiro

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    1. Boas
      Gravatas, daí o nome, carteiras, pentes e outras.
      Não sabia que tinha ressuscitado.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O comentário anterior foi removido por ser repetição .

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  4. Boas!
    Não sabia que tinham arranjado um nome novo para uma coisa que toda a gente sabe o que é : um "Like", como o próprio nome indica também gosto.

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  5. Amigo e companheiro Adelino Malho, perdão, Tarantola, boa noite.
    Também gosto de um bom sítio, quentinho.
    Abraço.

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    1. Oh R. Marques,

      Estás bêbado? Espero que sim...

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    2. Boa tarde!
      Caro Adelino, isto parece ódio de estimação de ambas as partes!

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  6. Boas,
    Palavra de escuteiro que só bebi, hoje, duas imperiais no Paulo.
    Ontem, sim, bebi muitas imperiais, acompanhadas de caracóis divinalmente confeccionados pelo meu amigo caracoleiro.
    Convido-te para me acompanhares nesse repasto.
    Amanhã não, que está fechado.
    Mas até ao dia 24 qualquer dia é sempre bom dia.
    Abraço.

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  7. Há um candidato, o do PS, que recebeu cerca de 80% dos "likes" de fora do concelho e apenas cerca de 20% do concelho. Ou não tem apoio no concelho, ou será um bom candidato fora do concelho ou terá quase só "likes" (apoio) dos colegas do seu aparelho partidário que também são candidatos noutras terras...

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