9 de junho de 2015

Executivo camarário sentado sobre uma mina de água

O aquífero da Mata do Urso é talvez o maior da Península Ibérica. É ali que a Câmara Municipal vai buscar a água (com poucos custos de captação e de transporte e poucas necessidades de tratamento) para a distribuir ao domicílio e à indústria. Obtida a água a baixos custos e vendida aos cidadãos, as receitas são suficientes para pagamento do valor das remunerações de todos os funcionários públicos. As restantes receitas do município servem para custear a construção de infraestruturas e também para brincar aos subsídios e para construção de edifícios “elefantes brancos”.

Enquanto as freguesias da zona serrana obtém uma compensação monetária pela exploração de pedreiras e pela instalação de eólicas, os munícipes do nosso concelho não beneficiam da redução do preço da água. Se porventura regam o seu jardim no verão, terão de pagar não só a água a mais alto preço como ainda terão de pagar a taxa de resíduos correspondente como se regar o jardim produzisse lixo. Talvez seja melhor construir um furo para captação de água e deixar de ter água da rede pública.

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