27 de abril de 2020

Dez reflexões para a presente temporada


I – Após a decretação de três estados de emergência, com todas implicações que estão a ter nas restrições dos direitos e liberdades, e reunidas as condições necessárias (serão suficientes?), brevemente o nosso povo será  confrontado com um status quo, em que as limitações, restrições, dos direitos dos portugueses será  a normalidade e não a excepção.

II – O executivo camarário, liderado pelo prestigiado  auditor de defesa nacional, promoveu uma não comemoração de 25 de Abril.

III –  O Jardim da Várzea necessita de uma intervenção? Talvez. O vídeo a “ promover “ a “discussão” sobre o projecto (entretanto aprovado), é digno de um trailer a promover uma novela em horário nobre na televisão estatal da Coreia do Norte.

IV – Ana e Pedro, militantes do PSD, vereadores sem pelouro (sem guito), concorrem entre si, pelo lugar de melhor oponente ao nosso auditor de defesa nacional.

V  - Peculato de uso? O que será isso. O Código Penal ensina. Vão ao Google que é mais fácil. Só chamo a atenção que o tipo de crime tem um elemento objectivo e subjectivo. Parece-me que o objectivo está preenchido. Já o subjectivo… não sei.

VI – Pedro Martins, vereador (com guito), vem demonstrando competência para o cargo, uma vez que é uma voz pacificadora e zelosa pelo bem estar do egrégio auditor de defesa nacional.

VII – Pedro Pimpão, presidente da junta do nosso burgo, faz-me recordar um qualquer pastor de uma igreja evangélica, é tudo paz e amor!  Opus Dei, agora,  no futuro,  Baden Powell, mais vírgula menos vírgula.

VII – João Pimpão, o sectário-geral, está a manifestar uma resiliência ao cargo e um empreendedorismo a toda a prova. Quem perde é a banca.

VIII – Ana Cabral, a doce Ana, na minha opinião é um erro de casting.  Porquê, Ana Cabral?

IX  - Pedro Murtinho, continua firme e hirto no seu posto de guarda avançado do estaleciment, como é aliás apanágio dos discípulos de Josemaría Escrivá de Balaguer.

X – A Odete precisa somente de uma coisa: ver e ouvir  La Pasionaria (Dolores Ibárruri) e gritar de punho erguido nas reuniões camarárias, após os primeiros 15 minutos de discurso do auditor de defesa nacional «¡No pasarán!»"

2 comentários:

  1. Adelino Leitão, continua com esse humor e com esse bem escrever. O Farpas ficou muito mais completo com a tua escrita. Falta regressar o NOBRE POVO.

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  2. Raramente temos o gosto de ver por estas paragens contribuições do DR. Adelino Leitão e desta vez substanciais ao invés do que é hábito.
    Talvez por uma exaltação revolucionária apropriada ao momento ele se encheu de brios e nos ofertou X reflexões que, concordemos ou não com algumas ou todas, nos enchem de regozijo ao lê-las, por dois motivos.
    O primeiro é que a liberdade vigente nos permite continuarmos a falar livremente.
    A segunda é que a veia revolucionária da juventude não esmoreceu com o passar dos anos a comprovar que na vida nem tudo envelhece.
    Própriamente sobre as reflexões apenas comento a primeira para discordar porque não me parece que esse receio tenha fundamento.
    O III concordo com a primeira questão e sua insegura resposta. E só!
    Com o X porque lembrar a "Passionária" é uma homenagem que a própria merece pelo seu estoicismo e exemplo revolucionário que marcou os anos difíceis de aprisionamento da liberdade.
    Sobre os outros todos obviamente não me quero pronunciar porque as afirmações responsabilizam só quem as faz e não quem as lê. Fiquei ciente das suas opiniões pessoais legítimas.
    Por ultimo a informação que comentei o post como reconhecimento da contribuição de um opinante, que não é da minha área política, mas cuja opinião importa à nossa participação coletiva do comentário da vida publica.
    Um abraço, suave, porque tendo em atenção as nossas diferenças de estatura não lhe quero deixar nenhuma nódoa negra que um amplexo mais extremoso poderia causar.

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