30 de abril de 2020

LAMPADINHA



Parece-me enormemente estéril a discussão que se prepara sobre o projecto da praça… perdão, da rotunda… perdão, do Jardim da Várzea. Especialmente, porque se trata de um projecto de execução já consolidado e que todos os eventuais contributos da população (mais uma árvore, mais um banco, mais um canteiro) serão sempre desgarrados e desagregados do conceito subjacente à sua concepção. (portanto, inúteis e, quiçá, contraproducentes).

O Código dos Contratos Públicos (CPP) prevê um instrumento que me parece interessante, nomeadamente no âmbito do planeamento urbano: O Concurso de Concepção ou CONCURSO DE IDEIAS. Este instrumento não desonera o adjudicante do acesso a eventuais fundos comunitários e permite que os projectos a concurso sejam avaliados (por um júri plural que deverá incluir ponderadamente a opinião dos cidadãos) quanto ao seu especial valor intelectual e técnico. Este instrumento é utilizado frequentemente, em Portugal e lá fora, como forma de conferir notabilidade, originalidade e diferenciação ao tecido urbano.

Seria mais dispendioso? Com certeza. Desde logo porque prevê a premiação dos melhores projectos. Envolve riscos? Pois claro. Ou não fosse o arrojo um sinónimo de risco.

Mas talvez seja disso mesmo que estamos a precisar: ATREVIMENTO.

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