Houve alturas em que estando o CDS no boletim de voto, sobretudo em Pombal, ajudou a determinados resultados. E agora um CDS-PP que, aparentemente, está organizado e a trabalhar, apresentará Mota Carvalho para candidato a Presidente da Câmara. É uma prova de vida que carece, como tudo, de demonstração. Mas que faz pensar na capacidade de outras oposições que não a habitual, especialmente numa cidade onde a sociedade civil apenas aparece de quando em vez. Para mais quando do PSD não sai fumo branco (talvez andem facas no ar, agora que o poder vai deixar de ser de charneira). E o PS ainda não passou das conferências para o nome, que, quer se queira quer não, é que determina ou não a mobilização, embora se reconhecendo esta como mais lógica nas suas premissas que a anterior, tendo ainda o bónus de contar com a presença do "D. Sebastião" do PS/Pombal.
Mas agora, numa altura em que pelo país se vão confirmando os nomes, a modorra pombalense deixa que seja legítimo assumir que passando anos, continuem lições por ser aprendidas: as eleições não se ganham num ano (e eu que o diga) e que se há pessoas que valem mais que uma sigla, há outras que não valem tanto. Porque até Outubro são uns dias. E os próximos 4 anos são decisivos, esteja lá quem estiver. Não apenas pelos buracos que se vão herdar (falo de obras), mas pela absoluta e imperiosa necessidade de ter uma estratégia para Pombal, aproveitando o que de bom se fez nos últimos anos e erradicando os vícios e a rede que se foi impondo e constragendo o mérito e o relacionamento normal entre poder e cidadãos. Tarefa difícil? Claro, mas há cargos que fazem os homems e homens que fazem o cargo. Está na altura da última opção.
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