14 de fevereiro de 2013

As escolhas para Marcelo - carta ao professor que adivinha coisas


Estimado professor Marcelo:

Soube que está tudo organizado para o receber como merece, na próxima sexta-feira. A Associação dos Amigos Social-Democratas de Pombal anda incansável, pois que não é todos os dias que a colectividade tem ocasião de receber tão ilustre personalidade. Além disso, os tempos de austeridade afastaram os associados das jantaradas no Manjar. Já lá vai o tempo em que o "ninho de vitórias" - como lhe chamava Maria Ofélia Moleiro, de quem se lembrará - não tinha mãos a medir com as marcações para isto e para aquilo. Aqui para nós, depois daquela transição para o Expocentro...ao tempo de Marques Marques, nada voltou a ser como dantes.
Por isso a sua vinda se revela de tamanha importância, nesta altura do campeonato. Não é só pelo mediatismo que pode emprestar a Pombal. É também porque está ainda viva na memória de todos aquela premonição que o professor trouxe à família social-democrata, quando era líder, e que se confirmou naquelas autárquicas em que o PSD "limpou" todas as freguesias. Não sei se sabe, professor, mas esse foi aquele ano conturbado, quando Narciso Mota afastou Diogo Mateus das listas, empurrando-a para
uma candidatura à junta de freguesia local, que se sagrou numa vitória mais festejada do que a costumeira cabazada municipal. Coisas da vida.
De então para cá, muita coisa mudou, professor. Até a lei, a maldita lei que nos vai levar daqui esse homem bondoso que nos últimos 20 anos veio trabalhar para o Largo do Cardal. Para consolo colectivo, ficam aqui os seus ramos, semeados um pouco por todos os serviços municipais. Claro que cada um dos seus só trabalha em prol do município pelo extrema competência que lhe é nata. É, de resto, uma característica comum a várias famílias deste concelho, que em conjunto formam a família laboriosa do município. Assim fica tudo em família! Não é bonito, professor? É esse clima de amor e ternura que o espera, amanhã à noite, no jantar da Associação.  E depois da festa,voltaremos a falar. Cá ficamos à espera da boa-nova que, certamente, não vai deixar de anunciar, como é seu apanágio.
Ah...se acaso for sua intenção ofertar um livro ao nosso estimado-ainda-presidente, traga-lhe aquela obra de Irving Wallace, O Todo-Poderoso. É um clássico sobre poder e jornais. E um clássico nunca passa de moda.

1 comentário:

  1. Devido a afazeres profissionais não vou estar no jantar para o qual fui convidado, no entanto não creio que vá sair fumo branco sobre o próximo Sumo Pontífice Pombalense. No entanto devem-se ja notar as movimentações dos ilustres Cardeais.

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