25 de março de 2019

Uma espécie de jornalismo

A assembleia de freguesia de Vila Cã reuniu, de forma extraordinária, na passada quinta-feira. Assisti à maior parte da reunião; postei, de forma resumida, o que vi, ouvi e senti; e partilhei a coisa, com mais pormenores, com algumas pessoas. No dia seguinte, uma delas enviou-me a “notícia”, publicada pelo “jornal” local, com o comentário seguinte: o teu relato não bate com a notícia do jornal; quem está a mentir?
Fui ler a “notícia”. Fiquei estupefacto quando li: A Assembleia de Freguesia de Vila Cã vai exigir que a presidente da junta, a independente Ana Tenente, se demita das funções. Ou então irá requerer a sua “interdição imediata para o exercício do cargo”. A decisão foi tomada numa sessão extraordinária daquele órgão, realizada na noite desta quinta-feira (21 de Março)”.
Publiquei um post que retirei logo de seguida por admitir que aquela inenarrável assembleia, no registo de “assembleia popular” de outros regimes, tivesse aprovado, no final, uma moção com as recomendações relatadas na “notícia”.
Entretanto, consegui obter o registo sonoro de toda a reunião. A gravação comprova que nenhuma proposta, moção ou recomendação foi discutida.
Eis o jornalismo que se pratica por cá. Um jornalismo que não informa; desinforma.

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