19 de abril de 2022

Todos concordam com a importância da Saúde Mental. Mas quem paga?


Na medicina convencional todos acham perfeitamente normal sintomas, que não são ainda doenças, mas que devem ser tratados. Vamos dar alguns exemplos:

  • Intolerância à Glucose pode ou não conduzir a diabetes, no entanto aumenta a probabilidade em ter diabetes, o que aumenta o risco de ataques cardíacos, enfartes ou outras doenças; 
  • Pré-hipertensão nem sempre leva a hipertensão, mas aumenta o risco de ter, o que aumenta a probabilidade de ataques cardíacos, enfartes e outras doenças;
  • Osteopenia poderá levar a osteoporose. 
  • Outros…

As doenças podem desenvolver-se lentamente, apresentando sintomas ligeiros até que aconteçam efectivamente. 


Se forem detectados cedo, antes de se tornarem em doença e tomar medidas de prevenção, há uma forte probabilidade de se evitarem patologias graves. 


Assim também é com a saúde mental. 


No passado dia 29 de Março o governo francês aprovou uma medida que permite ter acesso até 8 consultas/ano de psicologia para cada pessoa.


Em Portugal, quem precisar fazer psicoterapia tem que ter no bolso 200€ por mês, pelo menos. Quantos agregados familiares conseguem suportar este montante mensalmente? Poucos. 


Tomando o exemplo do total da população de Pombal, replicando os pressupostos da abordagem francesa mas com a devida adaptação a custos nacionais:

  • Usando como referência o valor de consulta de psicologia paga por uma companhia de seguro;
  • Assumindo que o utente pagaria um valor base por consulta de, por exemplo, 10€ (o que representaria um custo mensal de 40€).

O custo anual para uma Câmara Municipal como a de Pombal corresponderia a um peso orçamental na ordem dos 200 mil euros/ano. 


Valia a pena pensar nisso. Mas melhor ainda, fazer.

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