A frase “é a democracia a
funcionar” passou a ser comum ouvi-la sempre que o poder instalado queria
justificar o chumbo ou a rejeição de qualquer proposta vinda da oposição.
Habituei-me a ouvi-la, várias vezes, durante os mandatos de Narciso Mota e
posteriormente, nos de Diogo Mateus.
Pombal vive tempos nunca antes
vividos. Nem vale a pena enumerar os episódios desta trágico-comédia, porque
todos a têm mais ou menos acompanhado.
Quem me conhece sabe que não sou
muito “adepta” de maiorias absolutas, nem de eternizações de poder. Acho mesmo
que o sistema democrático perde (e muito) quando uma pessoa, ou partido,
permanece largos anos no poder. E um dos riscos é precisamente acharmos que
governamos a coisa publica como se estivéssemos a gerir/governar a nossa casa e
fazemo-lo a nosso belo prazer sem acharmos necessário prestar contas. Contudo,
não deixa de ser interessante olhar para os vereadores sem pelouro, mas que já
foram poder. É interessante ouvir as suas queixas, as suas reclamações, quando
verificam que há informações que não são enviadas (ou não chegam dentro do
prazo), quando as suas propostas não são consideradas (ou então são
ridicularizadas). E mais interessante se torna, quando evocam que tal
comportamento do poder põe em causa o regime democrático! Acho curioso e dá-me
vontade rir.
Depois há aqueles que vêm para as
redes sociais vitimizarem-se, pintando a oposição como responsável pela
(suposta) ingovernabilidade da Câmara! Volto a rir á gargalhada … porque estes “iluminados”
ainda pensam que somos todos estúpidos!
É somente a democracia a
funcionar.
Marlene, gosto deste teu post. É assertivo. Vamos la ver se com a democracia a funcionar o povo muda o sentido de voto...mas para isso é preciso que haja alguém que se mexa do outro lado. Ja falta pouco mais de 1 ano...Depois não há tempo para dar a conhecer a proposta alternativa...
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