30 de março de 2021

“Parem de Fazer Política e Politiquice à Custa do Interesse Público e das Populações!”

O vereador Micael António, na última reunião do executivo camarário, deu uma lição de saber estar na política e de todo o histórico real da aprovação do PDM que define actualmente a Zona Industrial da Guia e do que deverá ser um papel responsável na política. Não poupa Manuel António e Manuel Serra, que estarão à frente de todo este movimento bastante activo nas redes sociais.


Esta intervenção surge na sequência da “exigência” a Diogo Mateus por parte do Pedro Brilhante sobre o projecto Lusiaves verberando a frase: “tem que ser parado já”. Para quem apregoa que se retira da política e se irá dedicar à vida profissional… parece que é difícil tirar a política do Brilhante quando vê a oportunidade de navegar uma onda que até nem é sua de origem.

Mais do que o ruído à volta desta novela, que terá o seu ponto alto na Assembleia de Freguesia de amanhã com emoções à flor da pele, no processo de entrincheiramento de um grupo que está organizado, que concerta as participações nas redes sociais, que têm dificuldade em encaixar opiniões diversas e vilipendia agressivamente alguns, o ponto mais concreto e fulcral é a providência cautelar interposta pela AMAGO – Associação de Moradores e Amigos da Guia Oeste.

Concordo em pleno que a associação tenha agido neste sentido, se existem preocupações sobre a transparência e legitimidade do processo de hasta pública. Também imagino que será com maturidade que a decisão do tribunal será recebida.

Importa clarificar que “quem tiver sério receio de que alguém lhe venha a causar uma lesão grave e dificilmente reparável ao seu direito pode requerer uma medida judicial, chamada providência cautelar, que se destina a assegurar a efectividade do direito ameaçado.” Só em custas judicias são 750€, fora os honorários dos advogados.

Uma das mais famosas foi a providência cautelar do José Sá Fernandes sobre o Túnel do Marquês em Lisboa, que atrasou 2 anos a obra e que custou 4 milhões adicionais aos contribuintes portugueses. Um grupo bem organizado conseguiu atrasar com grandes custos para todos. Na altura houve grande cobertura mediática e ruído. Hoje não existe quem conteste essa obra e é um não assunto.

Caso a providência cautelar não tenha qualquer provimento, visto que não foi considerada urgente e está em apreciação, será difícil manter a contestação para além do argumento que não se gosta do investidor em causa e do seu fundador.

Aguardemos com serenidade.

Gritar mais alto não significa que se tenha mais razão. 

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