Eu de Pombal não sei grande coisa.
Sei é muitas coisitas. Geralmente
das miúdas, por grossas. E grosseiras, por miudinhas.
É verdade que ao saber se me
ajuntam, por igual, boas coisas, factos bons de boa gente – mas essas e esses e
esta valem menos às crónicas no plano capitoso, tanto no da retórica como no da
leitura.
Parece que a partir desta
quinta-feira aqui nos reencontramos. Eu deste lado, de onde, deveras e de
facto, nunca saí senão geograficamente; e Vós desse, que é o de Pombal, essa
castelã “charneira” de certo poder
local com “h” a seguir ao “p”.
Por ser esta a primeira crónica do
nosso reencontro (não, infelizmente, em papel de jornal mas em modernaço espaço
internáutico, aproveitando a boleia e a caridade anfitriã das Farpas Pombalinas), sinto a necessidade
de deixar alguns avisos a Vós e à navegação. Estes aqui:
1
-
Escrever-vos-ei com a ortografia que aprendi, cursei, venero e pratico sem
fadiga nem cedência. Recuso o abortês acordográfico do infame “simplex” em má hora herdado. Se, por
absurdo ou masoquismo, ou por impura ignorância, eu Vos escrevesse como agora
se desescreve, não Vos pareceria eu assim uma espécie de Joaquim Branco a falar
ou, pior, o já quase extinto Dinossauro de ali perto da Ranha a assimilar uma
crítica construtiva em legítima sede pública de assembleia? Pareceria.
2
– Não
tecerei nem considerações nem desconsiderações sobre essa espécie de Twilight Zone a que chamamos Sporting.
(NB: nem sobre o de Alvalade, nem sobre o nosso de Pombal.) Esta nossa é uma
terra esmagadoramente verde-branca, à excepção de alguns dois ou três infelizes
que fazem das tripas (tripeiras) coração e de uma pouca dúzia e meia de gente
séria (como por exemplo eu) que assimila por Benfica a verdade sinonímia da
Grei Lusitana.
3
– Por
500 paus dos antigos (meros €2,5 dos modernos), tergiversarei aqui, a pedido
pagante de alguém interesseiro e interessado, sobre qualquer tema. (Menos o
Sporting.) Se tiver o texto a pedido de meter insultos os mais soezes &
mais duradouros, daqueles que doem até na bílis, digamos, narcísica, então a
coisa terá de ser paga, ao negro e por debaixo da mesa, a 750 paus (em euros, “é só fazer as contas”, para citar o
inefável Guterres, que anda lá fora a fazer de bonzinho à guisa de Madre Teresa
de Calcutá.
4
e Última – Encontramo-nos
depois
a) na Cervejália
ou
b) em tribunal.
Saudações viperinas do
Daniel
Abrunheiro
Amigo e companheiro Daniel Abrunheiro, bom dia.
ResponderEliminarEstás atrasado pelo menos 4 minutos (ver o meu comentário no teu post).
Quatro minutos que são determinantes para o "pula e avança" do País.
Fico triste!
Não sendo muito letrado, gosto especialmente do "h" a seguir ao "p".
ResponderEliminarRespeitante ao nº. 4, pode ser na alínea a), já que não é possível no Cabaça e Meia.
Bom dia
ResponderEliminarPessoas de bem resolvem sempre os seus assuntos pela alínea a) .
Com esta qualidade literária O Farpas está mais rico, são textos para ler e reler, quanta à bílis, ela que exerça a função, será mais uma diarreia cerebral, ou não!
Daniel, ler os teus textos pela manhã, fazem com que o dia seja mais descontraido e positivo. Nunca deixes de nos fazer sorrir
ResponderEliminarSois todos gentilíssimos. Vou fazer por ler tudo o que aqui sai, em textos e comentários, pagando com um texto semanal que espero seja sempre de partilha, mesmo que em discordância. É tempo de falarmos. É sempre tempo de falarmos. Abraços amigos do
ResponderEliminarDA.
Daniel,
ResponderEliminarSobre o ponto 4:
Infelizmente aposto mais a opção “b”. Se o nosso amigo Rodrigues Marques tivesse sido o escolhido (e merecia-o!, pelo que trabalhou) estou certo que tudo se resolveria na Cervejália ou no Paulo (ele puxa mais para lá), e estou ainda mais certo que acabaríamos todos alcoólicos…
Com os outros a hipótese “a” é, logo à partida, impossível.
Boas,
AM
Bom dia, Adelino. Quero crer que a hipótese b) não se concretizará. A a) pode ser em qualquer lado. Em Albergaria dos Doze, por exemplo, para a tal caracolada com que o nosso Amigo Man'el Rodrigues Marques se propõe, parece-me, re-evangelizar o Zé Gomes Fernandes.
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarÓ Daniel re-evangelizar o Zé Gomes Fernandes? Ortodoxo já ele é até à medula!
Eheheh. Pois, se calhar é...
EliminarNão joaquimbranquizarás as tuas palavras, estou certo. Nem as tuas ideias (perdoa-me o paradoxo). Vejo em ti um leão que o é sem o pretender ser. Como o bom homem que também é muçulmano, budista, cristão ou pagão. Plenamente. Chamo-te mentiroso? Não, chamo-te heterodoxo. É mais ou menos a mesma porra, mas soa melhor. Bem aparecido sejas, amigo. É(s) um gosto!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarAquele abraço, Gabriel e restante malta.
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