21 de fevereiro de 2022

Mansuetude e não só

Dizem os entendidos nas coisas da natureza humana que a mansuetude é uma força tremenda. A doutora Catarina é a mais suave das criaturas - uma verdadeira natureza mansa. Tão mansa que, apesar da sua vasta experiência política (comparativamente com a inexperiência das suas colegas) aceitou, a contragosto e em silêncio, o modesto quinto lugar na lista do partido nas últimas eleições autárquicas.

Porém, passados três meses já se apresenta publicamente como a mais afirmativa figura daquele desgarrado grupo. Como é a grande confidente do Pedro - depois do Né - já saltou da quinta para a segunda posição.

Na última reunião, a doutora Catarina, por tanto querer exibir conhecimentos e informações privilegiadas, espalhou-se algumas vezes. Nomeadamente quando revelou que já tinha escolhido o chefe da Protecção Civil antes mesmo da aprovação do cargo; o que causou perplexidade na vice-presidente (?) Marto e nos restantes membros do executivo.

PS: o chefe da Protecção Civil será o amigo do Louriçal. Voltámos ao velho registo: se não ajudarmos os nossos…



2 comentários:

  1. A Vereadora utiliza este método algumas vezes. Escolhe a pessoa e depois cria o cargo. Se fosse a primeira vez não era de admirar. É tipo fatos à medida. Agora dando a minha opinião sobre a pessoa em causa, o ideólogo da estátua aos combatentes, currículo tem ele, experiência em situações muito difíceis também. Agora aquele perfil e modos militaristas podem criar atritos numa casa em que até agora é só esbanjar felicidade. Mas é claro que me dá algum gozo ver que os meus conterrâneos estão a subir no laranjal.

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  2. Os últimos textos do Farpas provocam e sem dúvidas denunciam o marasmo da Gestão Pimpolhona – uma desarmonia, uma [indi]gestão e um despudor. Da administração pública, da responsabilidade da Autarquia alertámos o eleitorado pombalense que o Dr. Pedro Pimpão não estava, não estará e nunca estaria preparado. Pedimos reflexões e nas ruas abordaram-nos a justificar posições, das quais respeitamos profundamente, isto é democracia, e que bom que assim o é.
    No entanto, não nos bate uma sensação de vitória, diante da precária gestão. Muito pelo contrário, poderíamos ter insistido mais, ou “devia ter complicado menos, trabalhado menos, mas ter visto o Sol se pôr” [Epitáfio, música dos Titãs]. Estar-se diante da realização e manutenção de mais de 50.000 pessoas, além do Ecossistema local, num momento de transição e fragilidades que nem sabemos onde iremos chegar. Nas incertezas o poder público deve garantir tranquilidade, paciência com respostas pontuais invocadas na mundividência. O presidente da Câmara Municipal, o Maior Local, deve ter sensibilidade de lidar com números financeiros, estatísticas, conhecimentos de recursos: humanos, tecnológicos, de inovação e ambientais, capitalizar investimentos sustentáveis, ampliar o parque comercial, trazer indústrias, start-ups, fomentar insumos agrícolas, implementar o reflorestamento, garantir a excelência dos serviços públicos, estabelecer parcerias na saúde, segurança e educação, ouvir as pessoas, propor soluções e na clareza pública prover concursos públicos - único caminho de garantia da participação popular, democrática, transparente de contratar os melhores.
    Além de supervisionar as empresas e indústrias, fiscalizar as organizações de extração de minérios e seus impactos ambientais, impulsionar os talentos da máquina, garantir a igualdade de tratamentos e firmar parcerias que vão além de tudo o que se vê. Sentimos um Concelho apagado, desmotivado e decepcionado. Brigas internas na Gestão, apadrinhamentos públicos, manobras nos quadros de funcionários, projectos superficiais e falta de empatia transmite insegurança, indignação e incómodo a tudo o que assistimos. É lamentável a solidão do qual o Concelho se esvaíra, o comércio sofrido e sem apoios, da desmotivação e angústia dos servidores que padecem a cada dia, dos jovens indo-se embora, dos recém-portugueses naturalizados buscarem lugares promissores e tudo permanecer num círculo vicioso de tantos anos. Enquanto aqui se assiste a uma destruição administrativa, outros Concelhos pulsam inovação, esperança com Gestores Públicos de excelência. Vejo projectos serem copiados, mas atenção que só os que têm know-how conseguem executá-los, esse é o problema da imitação dos projectos, fadam ao fracasso. O Presidente foi eleito e na democracia respeitamos a vitória, mas os questionamentos de tantos pombalenses neste momento expressam-se: quem manda e administra o Concelho? Estamos à deriva? Onde chegaremos? E o Hospital, o Centro de Saúde e as escolas? E o saneamento básico, a coleta selectiva, a limpeza dos containers e o tratamento do lixo? E o incentivo ao emprego juvenil? E a transparência, eficácia, inclusão e a justiça das instituições? E a colocação dos desempregados? E a captação de recursos e investimentos externos, amparo ao comércio? E a parceria com o Governo Central?
    Triste são os prejuízos causados aos bolsos dos contribuintes com contratações inesperadas que administrarão no lugar do Presidente. Decisão unilateral, pessoas apadrinhadas em cargos tão fulcrais o colocam, Dr. Pedro Pimpão, no escrutínio de um povo sábio, consciente e que exige trabalho e transparência. O servidor público autárquico responde e trabalha para o povo e não para interesses partidários-individuais. É o mínimo que se pode esperar…
    O PS é o único caminho possível de mudança e provaremos dia-a-dia. Existem talentos no Concelho, capacitados, até na máquina, como não têm padrinhos morrerão esquecidos sem serem chamados a participar de um processo, simplesmente PÚBLICO…

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