10 de fevereiro de 2022

Quanto vai custar a administração da PMUGEST ao erário público?

O doutor Pimpão resolveu nomear dois amigos para a administração da PMUGest: o doutor João Cordeiro, que se nos apresenta como “gerente atual do balcão Novobanco em Pombal”; e a doutora Ana Gonçalves, nossa muito bem conhecida.  



Quando perguntado à doutora Marto – vice-presidente da “Junta”- quanto vão ganhar os dois administradores da PMUGest, entretanto contratados, respondeu ela que “não sei..., mas vai ser o de tabela”. Mentiu. Não há uma tabela; há um limite máximo. E quando os políticos atiram para a dita “tabela” estão a desculpar-se do indesculpável - pagar pelo máximo o que devia ser pelo razoável. A meia verdade é mais cínica que a mentira plena, mas até os aprendizes da política recorrem a elas. 

Na PMUGest o razoável seria Zero (zero encargos para o município). Foi assim no passado, mas o doutor Pimpão quer que agora seja diferente. Apesar da PMUGest ser deficitária e não gerar (nem gerará) receitas próprias significativas. É um simples artifício para contornar as regras da contratação pública que não deveria sequer existir, porque todas as suas actividades fazem parte das atribuições da câmara, e podem ser realizadas pela câmara com a mesma ou melhor eficiência.

Os dois administradores remunerados vão custar ao erário público cerca de 140.000 € anuais, 560.000 € no mandato, mais as despesas de representação da administradora não-remunerada. A PMUGest não gera receitas próprias desta dimensão. Por tudo isto, estas nomeações são irresponsáveis e profundamente danosas para o erário público.

Todos sabemos que o doutor Pimpão não sabe administrar, nem sabe sequer que é preciso fazer contas. E que também não tem quem o ajude. Por este andar, pautado pelo improviso, pelo amiguismo e pela boa-vai-ela, deixará a câmara ingovernável e o concelho mais debilitado.

Era difícil escolher um tipo tão impreparado; nem mesmo procurado com uma lanterna de Diógenes se chegaria a isto, ao que é realmente imperdoável. 

Adenda: 

Fazendo fé nas informações oficiosas entretanto recolhidas, errei ao afirmar que a PMUGest terá dois administradores executivos (remunerados). Consequentemente o custo inerente ao conselho de administração será de cerca de 70.000 € por ano e 280.000 € no mandato e não de 140.000 € por ano e de 560.000 € no mandato.

Até este momento, a câmara escondeu deliberadamente esta informação, provocando falsas percepções.

Voltarei a este tema, porque há muita coisa a esclarecer…

8 comentários:

  1. O João Cordeiro não é Doutorado, nem Licenciado, fez a sua carreira com muito mérito no sector Bancário. Pedro estás a começar tão mal o mandato. Volta Diogo, estás perdoado.

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    1. Oh Roque, começaste tão bem o ano, com comentários assertivos e úteis e, de repente, lá te deu outra vez a travadinha clubistica e vá de mandar uns papos da bancada, do gênero dos, fora o árbitro...
      Não sei se para agradares à Dr Odete ou ao Dr. Coelho, mas olha, aos leitores é que não convences...
      Esforça-te um bocadinho mais e contribui com argumentos mais interessantes. É que o mal é habituares a gente a leituras bem esgalhadas que apreciamos e depois borras a pintura porque achas que tb gostamos dos desabafos que tens quando vais fumar um cigarro à rua. Esses a gente dispensa.
      Abraço

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    2. Caro Amigo Serra: 1º Não estou aqui para agradar a ninguém.
      2º Não embarco em clubismos na politica, muito menos na politica local.
      3º Sou contribuinte e não gosto de ver estragar o nosso dinheiro para fomentar lobys e sustentar boys and girls.
      4º Sou amigo do Pedro e não estou a gostar da forma como ele está a escolher pessoas e a liderar a CMP. Gostaria de o ver a triunfar como autarca, mas tem de mudar o rumo. Partiu muito mal com a escolha da maior parte da Vereação e agora anda tipo barata-tonta a apagar fogos. Gostaria sinceramente de estar enganado.

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    3. Amigo Roque, assim está bem.
      Entre isto e "fora o árbitro" há uma diferença enorme entre um comentador preguiçoso e um diligente.
      Parabéns.

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  2. Amigo Malho, todos podemos ter uma opinião própria e mais ou menos crítica.
    Qualquer empresa para funcionar tem de ter quadros responsáveis e querer que trabalhem e vivam do ar é injusto.
    Se para criticar os gestores e a sua contratação e encargo pomos toda a estrutura em causa, então também podemos por em causa a existência das câmaras e da juntas e os encargos correspondentes com os eleitos.
    Se não houvesse mérito e vantagem na PMU para o concelho e se fosse exata a sua opinião sobre os mesmos serviços mais bem assegurados pela câmara, há muito que teria sido extinta.
    Quem opina sobre aquilo por que não tem de responder pode sempre fazê-lo com a ligeireza do Diógenes, o cínico, que como sabe até a lanterna utilizava durante o dia.
    Aliás, se formos a criticar até os filósofos, faria algum sentido o uso da lanterna durante o dia? E nessa altura ainda nem se pagavam taxas de carbono.
    Aliás, ao que sei, remunerado é só o administrador executivo, portanto não tenho a certeza que os seus números correspondam à realidade do gasto.
    Deixe lá ver como vai correr e mais tarde podemos voltar a apreciar, então sim, o desempenho e utilidade do que por agora se decidiu.

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  3. Amigo Serra,

    Sabe muito bem que a PMUGest não é uma verdadeira empresa; e também sabe que não pode pagar aquelas remunerações – nunca as pagou; só o amigo Pedro foi permeável a tamanha tontaria.

    Sobre o mérito/utilidade da PMUGest, o seu passado e presente fala por ela e diz tudo. Tal como o disse o da sua irmã gémea, a defunta PombalViva. Por isso, deixe lá essa do “deixe lá ver como vai correr e mais tarde podemos voltar a apreciar”; está gasta, é a velha justificação para esgrumir a teta até ao fim.

    PS: sabe a justificação que o sábio Diógenes dava para se fazer acompanhar com a lamparina acesa durante o dia?

    Precisávamos de mais diógenes, e de menos manhosos ou oportunistas.

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    1. Amigo Malho, sobre o Diógenes e seu cinismo, cuja candeia, ou lamparina, de dia procurava um homem só, nem que fosse só um, honesto, é uma espécie de atestado de estupidez a todos nós ou a provocação altiva que afirma que não há ninguém honesto e todos nos movemos exclusivamente por interesses, ditos condenáveis.
      A PMU terá de se tornar na empresa útil e rentável que sirva Pombal e sirva o município e quero crer e ver que assim será.
      Por isso prefiro aguardar para confirmar e beneficiar do que condenar de imediato tudo o que mexe.
      Mas no fundo, nem o meu amigo a encerra nem eu o evito.
      Logo, teremos de esperar para ver...

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  4. Os custos aqui anunciados estão totalmente errados. Primeiro porque nos vai custar bem menos, segundo porque vai ser bem mais oneroso.

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