21 de agosto de 2009

Guia prático para as festas populares

Num fim-de-semana em que se realizam duas das mais importantes festividades deste concelho - quiçá do país, do universo, sei lá - que são, como é sobejamente conhecido, a festa em honra de Nº Sr. das Misericórdias, na Moita do Boi, e a festa em honra do Sagrado Coração de Jesus, em Vermoil, aqui ficam alguns conselhos para candidatos e demais aspirantes a políticos que eventualmente estejam interessados em caçar por lá uns votos:

1 - Não chegar atrasado à missa. Para isso já basta o José Neves mais velho, no Louriçal, que depois atravessa a capela/igreja toda para se fazer notar. Só que isso do protocolo não é o pão-nosso-de-cada dia e...a malta não percebe.

2 - Acompanhar a procissão no meio do comum dos mortais (bem sei da Gripe e tudo e tudo, mas assim sempre dão um ar de quem não se importa de levar um banho de povo), ao invés de seguirem o padre debaixo do pálio, se o houver.

3 - Deixar em casa a gravata e/ou casaco do fato, pois que não há nada mais deprimente que uma camisa molhada de suor, para além do desagradável que se torna levar um beijinho* ensopado. Opte por camisas de linho e/ou t-shirts de algodão leve e fresco. O engº Narciso deve apostar mais nestas e menos naquelas camisetas/pólos que estão fora de moda. Já o Adelino deve apostar mais nos jeans, que ainda está na idade.

4 - Escolher bem os membros da comitiva, pelo menos nestas ocasiões. Isto é: há aqueles rapazes que andam na noite e que depois têm uma certa dificuldade em andar de dia, mesmo que seja nas festas populares. Têm normalmente atitudes a despropósito e a malta nota-lhe o ar de enfado. (Veja lá se tem mão neles, engº)

5 - Isto de arraiais e festas carece de alguma preparação prévia. Se não tem grandes hábitos de beber refrescos, comece pela mini. Vai ver que lhe dará um jeitão no contacto com o povão. Depois é só juntar-lhe tremoços e pevides, pôr o seu melhor sorriso e ouvir. Por alguma razão Deus nos dois dois ouvidos, e só uma boca.

14 comentários:

  1. Bons conselhos!... Embora na Moita do Boi, não "pesque" votos, lá passarei para matar saudades!... e que saudades!...
    Se a festa fosse aqui na Freguesia do Carriço, haveria mais um ponto a acrescentar, que era:
    6)-Se és Presidente de Junta e Candidato, não te esqueças de, no final da missa, te dirigires aos microfones da Capela/Igreja e anunciares que foi a Junta que pagou a orquestra que acompanhou a procissão e que as promessas feitas há 4 e 8 anos e que não foi possível cumprir, serão segurante cumpridas no próximo mandato. Pelo menos para estes lado, isto tornou-se já um hábito!...

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  2. Amiga Paula. Quando me candidatar a um cargo daqueles importantes, de certeza que te vou convidar para minha consultora de imagem e RP.
    Não vou estar nas grandiosas Festas da Moita do Boi, porque estou a banhos cá mais para o Sul, mas espero que me contes todos os grandes acontecimentos. É pena não abrir este fim de semana o CELEIRUS BAR, lá foi onde a vida aconteceu. O LOURIÇAL NO CENTRO DO MUNDO.

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  3. Muito bom o texto, como crítica social e como texto humorístico. Os meus parabéns.
    Já agora também há festa cá na terra, nada com tanta visibilidade, mas há...

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  4. MÃE JOANA E SUA CASA


    Para falar a verdade, não frequentamos e nem conhecemos a Casa de Mãe Joana e, pelo que ouvimos falar, o motivo que a tornou famosa, deveu-se ao facto que, dentro de suas quatro paredes tudo era permitido, inclusivé coisas impublicáveis e inomináveis, por ferirem o decoro e a moral pública, que na época ainda existia.

    Tal casa era famosa ainda, por ter em sua fachada os seguintes dizeres: "Casa de Mãe Joana, o maior lupanar do país" e "Entrada proibida para Políticos".

    Quando questionada sobre os motivos que a levavam a proibir a entrada de políticos, Mãe Joana explicava do alto de seu "civismo caseiro", que tal destinava-se a evitar que os prazeres da carne levassem os políticos a se corromper ou alcançar (roubar) os bens públicos.

    A medida devia funcionar, pois os políticos daquela época morriam pobres e sobretudo, deixando dívidas para a família pagar.

    Mas os tempos mudaram tanto, que o termo lupanar caiu em desuso e as marafonas (termo também em desuso) não mais frequentam lugares determinados, estando espalhadas pelos quatro cantos do país.

    Da mesma forma, os políticos também mudaram e agora fazem do mandato um mero negócio, não se importando com a moral e a opinião pública e mesmo com a coerência.
    (...)

    Caros bloguistas: envio este curo trecho que, acreditem, é delicioso de se ler.
    http://www.colunadosardinha.blogspot.com/

    Atentamente,

    Poeta da Treta

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  5. No caso da Moita, qualquer candidato ganhava pontos se desse provas de "saber espetar o prego"!

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  6. Ahhhh...isso era meio caminho para ganhar as eleições!

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  7. Ainda a laborar, só um texto "dos teus" para me animar a esta hora de um final de semana de trabalho (destas)... tá porreiro Pá(ula). :)

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  8. ...e lá estaremos para as minis, tremoços, pinhões, missa e procissão.


    PS:

    Sr. Lino: venha à vontade (como é hábito), pois que por aqui só sobe ao palco a malta do rancho e os "marketeers" que promovem a venda do ramo...

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  9. Já comprei a minha T-shirt e outras para oferecer ao Sr que tem a mania dos polos e os de cara de enjoados.
    O slogan é vou me embora...

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  10. Oh Gabriel, isso de espetar o prego é para o bife? Ele é Candidato pelo BE e é o unico especialista a espetar o prego. Provas dadas: 4 Filhos em 3 mães diferentes, isso é que é espetar o prego, os outros são simples amadores , LOOOOOOLL

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  11. Passei por Vermoil e o atrio estava vazio.
    Afinal onde é a festa ? e os fados ?
    Fomos enganados....

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  12. Filipe,
    Lá estarei, como é meu hábito, embora desta vez por menos tempo e quando o dia estiver "quase-noite".

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  13. Bem bonito era ver os candidatos a dançar as musicas de baile, isso sim, e com todas as senhoras...era voto garantido!

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