23 de julho de 2020

Autarca perde mandato

O presidente da câmara de Castelo Branco, Luís Correia, perdeu o mandato e tem que abandonar o cargo até dia 30 de Julho, depois do Tribunal Constitucional ter julgado improcedente o recurso apresentado na sequência da condenação decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, em Maio de 2019, confirmada pelo Supremo Tribunal Administrativo, por ter adjudicado três contratos, entre 2014 e 2016, no valor de cerca de 180.000 €, com uma empresa detida pelo seu pai. A justiça foi célere e implacável. 

Se o for, também, com os casos recentemente iniciados far-se-á justiça a tempo. E bem precisamos dela. 

O poder local não é – nunca foi - a escola de virtudes que os seus apaniguados apregoam - a melhor conquista do 25 de Abril 74. É um poder pouco democrático (pouco plural, pouco fiscalizado e pouco transparente), de matriz autocrática, que favorece a perenização dos dirigentes locais, através de redes de interesses e relações clientelares que impõem um certo “patrocinato político” e gera desigualdades ilegítimas e comportamentos ilícitos. 

É, por natureza, o poder do abuso de funções, que exclui, reprime, recalca, censura, mascara, esconde, e da grande e da pequena corrupção, que favorece a aceitação de vantagens patrimoniais ou não patrimoniais, da comissão, da viatura de serviço, de ajudas de custo indevidas, do suplemento do ordenado e da pensão, de almoços e jantares,…, e que estimula todo o tipo de vícios morais, de perversões e de avidezes, pelo poder, pelo dinheiro, e pela luxúria.

1 comentário:

  1. Aqui no Concelho...Se investigassem tudo a fundo. Desde as IPPS, ás "falsas" Associações ia tudo parar a Tribunal...mas está assim desde 1993...O povo VOTA e perpetua-se o STATUS QUO. Muitos dizem-me...Tens um negocio, tens de te vender ao poder...ás tantas tenho senão vão cortando-me o rendimento. A minha empresa fornecia uma IPPS aqui da cidade até ao dia que a Directora descobriu de quem era a Empresa...nesse dia cortaram-me o contrato de fornecimento, sem qualquer justificação. Ainda perguntei á pessoa que costumava fazer-me as encomendas. A resposta foi: OS produtos são bons...tem o melhor preço, mas a Directora proibiu a tua Empresa como fornecedora. Calei-me pois sabia que não tinha hipótese, e esperei que essa Senhora se fosse embora...

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