No passado dia 30, o executivo municipal de Pombal aprovou, com o voto de qualidade do presidente da câmara (a oposição falhou o novamente o fito), o projecto de requalificação da Interface de Transportes e da Passagem Superior Pedonal (PSP). Mas o presidente da câmara decidiu suspender/abandonar o projecto da PSP sobre a Linha Férrea.
Esta alteração de planos confirma, mais uma vez, que quando as pessoas se imiscuem na vida pública as coisas importantes (que afectam as nossas vidas) são melhor trabalhadas e decididas. E confirma-se, também, que afinal D. Diogo ouve! Ou é forçado a ouvir. Neste caso, ouviu com certeza a clarividente intervenção do arq.º Celestino e a do tipo da trotinete que defendeu que projecto da PSP não cumpria dois critérios fundamentais: o estético e o da utilidade.
Percebe-se, pela resposta dada na AM, a azia de presidente da câmara e as razões porque abandonou o projecto. Não o fez por ter percebido que era impróprio, mas por não possuir capacidade política para o impor.
Quando uma criatura, que se julga iluminada mas não passa de um ignorante em muitas matérias, tem a lata de afirmar que avaliar o projecto de uma ponte pelo prisma da utilidade é uma ideia pré-histórica, atesta duas ciosas: primeira, que nos dez anos andou a cursar Gestão (Autárquica) não aprendeu absolutamente nada; segundo, que desconhece os traços fundamentais das diferentes épocas da História.
D. Diogo tem razão quando afirma que as passagens subterrâneas sobre a linha férrea são más, nomeadamente as que vêm do séc. XIX. Mas parte de uma premissa verdadeira para tirar uma conclusão errada, que o deveria fazer reflectir sobre a utilidade/funcionalidade do que tem andado a fazer na cidade.
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