31 de agosto de 2009

O nosso Parque Verde



Em Pombal faltam espaços verdes porque o betão engoliu quase tudo. Mas os nossos visitantes descobriram, no Barco, uma zona verde, constituída por enormes silvados, que utilizam como parque de campismo selvagem. E assim se polui e degrada, ainda mais, uma zona nobre da área urbana da cidade, se reforçam os riscos de incêndio e se compromete a saúde pública.
Até quando?

20 comentários:

  1. Amigos e companheiros, boa noite.
    Fim de Festa!
    Vamos ao trabalho, trabalhando.
    Quando alguém anda à procura de uma agulha em palheiro é porque a perdeu e, de seguida, vai tratar a árvore, esquecendo-se da floresta.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  3. Vou contar-vos uma história que me aconteceu quando em 1983 fixei residência na cidade [ainda era vila e nunca deveria ter deixado de o ser: Oeiras é vila com 400 000 habitantes e um parque industrial sensivelmente com a superfície do espaço urbano de Pombal], e me pareceu que havia pouco espaço público em ruas e praças e parques verdes na vila. Constatando isto e porque o Presidente eleito dessa época «um dos melhores que já passaram pela Câmara, na voz do povo = a voz de Deus, interpelei-o (na rua ou no café, já me não recordo) sobre estas falhas. Ouviu-me com atenção como era seu costume e depois de ouvir emitiu a sua opinião com a qual não concordei. Dizia ele que sendo Pombal uma Vila integrada num espaço essencialmente rural, havia muito espaço verde à sua volta e não o preocupava muito que eu achasse que devia haver mais verde. Mas não ficou entre nós o menor rasto de animosidade e, até ao seu fim trágico, muitas vezes nos encarniçámos em disputas às vezes mais que acaloradas. A última imagem que guardo dele é a sua pessoal supervisão da arborização da Avenida junto ao Hospital. Passei por ele e comentei, junto com o cumprimento: Ora até que enfim que vejo o Presidente fazer alguma coisa útil por esta terra! Resposta imperturbável do Guilherme Santos: Tem visto pouco, Professor, seu venenoso, tem visto pouco! Ainda nos rimos mais um pouco e no outro dia a infausta notícia atingiu-nos a todos como um raio.
    Mas continuo na minha, esta cidade necessita de cuidados redobrados com as suas ruas, as suas praças, os seus jardins. Necessitamos que os empreiteiros e seus patrões deixem mais espaço para usufruto da colectividade pombalense. Chega de ganância e ruas e praças exíguas e construções na zona histórica que nem a topografia das ruas respeita.

    ResponderEliminar
  4. Demasiadas agulhas se perdem em demasiados palheiros. Frondosas florestas somos capazes de ver sem nunca vermos uma àrvore...Todavia, se não se limpa o mato e o licho elas ardem em menos que o riscar de um fósforo.

    Se não se olha à arvore ela pode estar doente e contaminada pela praga, do nematodo por exemplo, que se não é eliminada no devido tempo, podemos esquecer a àrvore e continuar a insistir a olhar para a floresta do nosso contentamento.Porém,poderá não ser por muito mais tempo, porque ou ela morre e a cortamos com urgência, ou a praga de uma simples àrvore contamina todas as árvores da floresta.

    Claro que as celoses pagam bem pelos eucaliptos, que não há praga que lhe dê nem àgua que lhes baste.

    No entanto, nas mentes não florescem, nem reverdecem os eucaliptos, ainda que não lhes falte a àgua e já nem sequer uma baga vermelha de medronho haja para colorir o espaço. É só insistir na irrelevância da àrvore e na grandeza da floresta.

    Resta desejar a todos bom regresso ao trabalho.

    Abraços

    ResponderEliminar
  5. De facto, faltam espaços verdes na cidade. E espaços com qualidade, não apenas umas arvores tacanhas nos passeios. Mas as fotografias em questão... aquilo, salvo erro, é um espaço privado,não é, Adelino? Nesses é mais dificil construir espaços verdes!

    ResponderEliminar
  6. Olá Gabriel,
    É privado sim, mas deixar estar aquilo naquele estado dentro da cidade é, no mínimo, desleixo.
    Um abraço,
    AM

    ResponderEliminar
  7. oh Gabriel,

    Haverá àrvores tacanhas?

    Para mim, continuo a pensar que é elementar que os arruamentos de qualquer urbanização tenham àrvores em continuo, passeios largos e espaço para estacionamento. As àrvores dão qualidade de vida sem grandes custos e cuidados. Até disfarçam os prédios feios. Existem espécies adaptadas que apenas precirão de um pouco de àgua no tempo mais seco (jacarandás, pinheiros mansos, plátanos, etc.). Ao contrário dos jardins e parques mais elaborados, que são caros na construção e exigentes na manutenção. são necessários (o Castelo e o Arunca, por exemplo, mereciam), mas devem ser cuidadosamente planeados e executados de forma bem adpatada ao ambiente e ao meio urbano de modo a que as pessoas os vivam e os frequentem. Se não, ficam bonitos nas fotografia e nas notícias da inauguração, mas,depois definham e vão sendo abandonados, seja porque não são frequentados, seja por deficiências de manutenção, como sucede com tantos dos relvados de encher o olho plantados pelo pais fora.

    Abraços

    ResponderEliminar
  8. Embora haja eleitores com QI semelhante. (Ao de árvores, portanto...)

    ResponderEliminar
  9. Olá
    É engraçado, há pessoas que se intitulam de sobre dotados e QI altos mas, provar ou colaborar está quieto!

    Há uma canção: é tão fácil, fácil ......

    ResponderEliminar
  10. E desde quando é que o Barco é a zona nobre da área urbana da cidade de Pombal?

    Barco, Flandes e Vinagres (para não falar em mais) são lugares que estão ao abandono. Não há obras de urbanismo nesses lugares. Não há passeios pedonais, não há nada... Nem sequer uma boa rede de escoamento de águas pluviais.

    O Barco com a agravante de ser uma entrada à cidade de Pombal.

    A zona nobre da área urbana da cidade é, apenas, o Largo do Cardal. Isto pelos olhos de quem está sentado nos gabinetes do antigo Convento de Santo António.

    ResponderEliminar
  11. Deixa lá, Sopas... as àrvores não votam, mas os transeuntes, também só votam um ou outro dos mais "líricos".
    Concordo com o Jas, o Barco ainda não é zona nobre da cidade. Mas não é mau sitio para um parque verde de qualidade.
    Caro Jorge, tens razão (mais uma vez... arre diabo!), mas eu é que não fui capaz de exprimir o que queria. De facto, não há árvores tacanhas (a não ser aquelas japonesitas castradas). Longe de mim querer ofender as árvores dos passeios (mesmo aquelas que impedem a passagem de cadeiras de rodas), que são de facto úteis e até escondem muitas misérias, e no caso de algumas em Coimbra, dão ameixas bem saborosas.
    O que eu queria dizer é que faz falta, PARA ALÉM dessas árvores, um espaço verde de grande dimensão, um verdadeiro pulmão para a cidade, que permita os passeios a pé ou de bicicleta sem o constante ruído e fumo dos automóveis, que permita nidificação de aves e alguma diversidade de fauna e flora, que permita a prática desportiva. Um "Choupal", por exemplo. Claro que no centro da cidade já não há espaço para tal. Mas devem existit alternativas nas redondezas.

    ResponderEliminar
  12. Nem zonas verdes que deviam existir, nem as que existem são aproveitadas/pensadas para serem as melhores.

    No que podia ser feito, um grande parque Verde no Casarelo, que não comprometeria a expansão natural da cidade, mas que ligando a Mata da Rola ao Castelo, daria uma excelente zona de lazer (eventualmente com um ou outro equipamento desportivo, do género do Choupal). O próprio Jardim Municipal do Cardal merecia uma volta, transformando-o num verdadeiro jardim, e porque não com mesas até? Penso que há um projecto para o espaço, mas mantenho que temo as requalificações made in CMP.

    O Jardim do Vale foi uma excelente ideia, mas devia ser feito algo em relação ao piso, sendo um suplício com chuva, por exemplo. Aguarda-se para ver o que dá a desactivação da piscina.

    Mas haverá muito mais ideias. Haja é vontade. Voltando ainda ao passado, na Urbanização das Cegonhas não teria ficado um excelente parque verde? Mas pronto, se feito está, vai sobrando o Casarelo...

    ResponderEliminar
  13. Caro João Alvim,

    Corre-se sempre o risco de não se dizer nada de novo, pois, quem se interessa pela sua cidade, como o senhor olha, vê e pensa, não para colocar tudo em causa e fazer de novo, mas para acrescentar e melhorar. Se coincidirmos no pensamento a probabilidade de se estar certo aumenta.
    Então não existem sítios para Parques Verdes? Vejam se não podia ser feito um belo Parque dum lado e doutro do Rio com uma vias pedonais e ciclovia, bem arborizadas, entre a linha e o rio, com algumas pontes, e que envolvesse um excelente arranjo da Zona da Praça do Peixe, Campo de Futebol e das Piscinas, em direcção ao açude de Flandes, aproveitando o rio para fazer um espelho de àgua decente e sem custo excessivo, até porque se trata de terrenos de reserva agrícola (ou não?) Aqui a moda é autorizar a urbanização do solo agrícola. Para depois sempre que é necessário fazer alguma afectação para uso público (jardins, escolas, etc.) pagar a preço de ouro e a fazer cedências mirabolantes nas densidades e coeficientes de ocupação.
    Isto porquê? Gestão de mercearia e falta de visão de médio e de longo prazo. Senão, porventura o solo das fábricas da cegonha, só seria transformado em solo para habitação depois de assegurado o respeito pelo leito de cheia, protegido por zona verde, eventualmente inundável, como acontecerá, mais cedo, ou mais tarde.

    Não será assim?

    Para quando rebaixar as passagens de peões por debaixo da linha? Eu que nem sou muito alto, só passo ajoujado. Se tivesse apêndices de Belzebu, não passaria certamente.

    Abraços

    ResponderEliminar
  14. Um familiar emigrante que veio a Pombal pela segunda vez perguntou-me: "O que se faz em Pombal para além de comer e beber?".
    Esta pergunta mostra na plenitude a falta de atracções na nossa cidade. Mesmo as que temos são pouco divulgadas.
    Caro Jorge Ferreira, concordo que as referidas passagens de peões já mereciam umas alterações, pelo menos que tivessem a mesma altura. (Creio que a pancada que tenho advém de uma cabeçada que dei na passagem mais baixa)

    ResponderEliminar
  15. Boa Tarde!
    Meninos as aludidas passagens inferiores já estão melhoradas e há uma nova muito ampla que faz lembrar a entrada do metro. Qual metro ? só se for o da lojinha.

    ResponderEliminar
  16. Amigo e companheiro Nuno Gabriel, boa noite.
    Começo por comentar o teu comentário para, de seguida e no mesmo assunto, comentar o comentário do nosso companheiro Jorge Ferreira.
    Vê tu quão velho eu sou.
    Já estão volvidos 50 anos (meio século, meu Deus) quando vim a Pombal fazer o exame da Quarta Classe (era assim à data).
    A seguir foi a Escola do Primeiro Ciclo (na Casa Cor de Rosa), assim se chamava.
    A única piscina que tínhamos em Pombal e arredores era o açude que, no Verão ou para aí, já tinha pouca água.
    Os que não se aventuravam nas tocas molhavam os pés e pouco mais.
    Íamos a pé de Pombal pelos milheirais, banho no Açude e comboio apanhado em Vermoil, rumo a casa. A casa, para alguns, era em Caxarias, já no Concelho de Ourém.
    O comboio, a vapor, com o seu tender carregado de carvão de pedra puxava as carruagens, de 1ª, 2ª e 3ª Classes, tipo Far West.
    Cinquenta anos depois disto caímos na actualidade e a partir daqui é com o nosso companheiro Jorge Ferreira.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  17. Amigo e companheiro Jorge Ferreira, boa noite.
    Li com muita atenção o teu comentário e as sugestões que fazes.
    Lagos dista de Pombal 440 km e só por isso é que não te apercebeste de que o que propões já está em marcha acelerada.
    O Executivo do Engº Narciso Mota tem um projecto em execução, por um Gabinete externo, que aponta exactamente para a tua proposta.
    Todavia, antes disso, teve que adquirir cerca de 20.000 metros quadrados de terrenos, incluindo a obra de arte do Açude e o pinhal manso para poder avançar com esse projecto.
    O projecto está entregue a uma equipa multidisciplinar.
    Pretende-se uma elevada eficiência ambiental.
    Esta ir-se-á conseguir com o estudo biológico da água, das aves, com pontões pedonais, pesca desportiva, passarinhários. Enfim laser!
    Já que não acredito que a Linha do Norte da CP, na minha vida, dali saia para dar lugar a uma rodovia de Albergaria a Pombal, na sua plataforma, estou certo que, com o Engº Narciso Mota à frente da Câmara mais um mandato, terei óptimas condições para ir de Albergaria a Pombal e de Pombal a Albergaria por caminhos pedestres à beira do Arunca.
    Para o Norte o estudo já está, também, equacionado.
    A verdadeira requalificação das margens do Arunca já está em marcha há muito e não é conversa fiada.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  18. Meu caro Rodrigues Marques,

    Percebi onde quer chegar. Talvez por falta de água não embarco no barco para onde me leva. Já percebi que àgua da nascente do Arunca agora corre mais para sul

    Também não sou tão ingénuo, ou tão novo, que me não lembre das locomotiva de barra vermelha e dos seus Tender. Gostava de me montar nas guaritas das carruagens de madeira, castanhas, e fazer uns passeios até ao Litém ou Albergaria que, às vezes, acabavam no Entroncamento. Procura de fenómenos certamente. Agora nem o Rodrigues Marques nem eu precisamos disso. Em Pombal também os há, pelo menos é o que julga a Paula Sofia. Estará certa ou errada?

    O que eu aqui coloquei foi uma hipótese, talvez viável e razoável, quem aí vive melhor saberá. Se a água não chegar e se não tiver qualidade para mais, para o espelho de água sempre deverá servir, é uma questão de se fazer sucessivas represas subindo progressivamente as quotas de nível. Depois mesmo que faltasse água ,de todo, isso não inviabiliza um Parque que aproveite a zona do rio com um arranjo paisagístico agradável e desfrutável por todos. Nestas coisas, se essa fosse a opção certa, bastaria elaborar um bom projecto de arquitectura paisagística e começar por se traçar as vias de circulação e plantar as árvores adequadas nos lugares certos. Os outros arranjos se não se quiser sobrecarregar os orçamentos, podem fasear-se. Quem esperou até aqui, esperará mais um pouco, mas saberá agradecer se se fizer alguma coisa. Não fazer nada nem discutir nada sob o pretexto de que a água e outras condições não são as ideais e, por isso, talvez seja melhor fazer uns prédios como se fez na zona do Grémio, é que não é solução.

    Rodrigues Marques, fixemos os pontos:

    Pombal precisa de jardins e parques verdes?

    Precisando. Entre as várias zonas possíveis, e que o senhor conhece melhor do que eu:

    1.A colina do Castelo deve ou não ser considerada o ponto central de referência no planeamento do crescimento urbano de Pombal, assumindo, de preferência, ele se faça,agora, para o lado da Serra ( Vicentes, Assamaça) fugindo aos obstáculos (linha de Caminho de Ferro, Rio, IC-2) e evitando a ocupação da várzea e terrenos mais férteis situados a poente, evitando, por outro lado, pontes e viadutos sempre caros e difíceis de conciliar com uma paisagem urbana de qualidade?
    1.1. Faz ou não faz todo sentido criar um bom parque verde que acresça à mata do Castelo já existente?
    2.Considerando que Pombal sempre teve ligação ao Rio - como sem querer o demonstra quando fala dos milheirais e do Açude - e que a paisagem entre a Linha e o Rio está degradada e, à partida, não servirá mais nada, é descabido pensar na recuperação paisagística dessa zona, incluindo, se formos ambiciosos, até às Barrocas onde fizeram a pista de aeromodelismo, uma coisa valorizava a outra e mais gente se divertia, incluindo “os malucos” das máquinas voadoras?

    Para melhorar a discussão responda sim, não e porquê.

    Como calcula, as minhas intervenções não tem nenhuma reserva mental em relação a qualquer disputa ou participantes no processo de decisão. Com a vantagem que a parte da intriga que sempre há, não chega cá aos mares do Sul.

    Já que gosta tanto proponho-lhe sociedade e montamos uma pista em modelo HO da Marklin e divertimos-nos como uns malucos a ver passar os comboios.

    Abraços

    ResponderEliminar
  19. Parte da questão, não me tinha apercebido, está resolvida e o mais?

    Abraços

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.