Foi um pai atento quem se deu ao trabalho de passar pela obra do
futuro Centro Escolar de Pombal - coisa que deve estar pronto a inaugurar antes
das próximas autárquicas - e observar o que por ali se passa, no decorrer das
obras. Fotografou e fez chegar ao Farpas as dúvidas legítimas sobre a segurança
do edifício e a forma como está a ser construído. Como aqui não somos
engenheiros de obras nem temos pretensões para tal, fomos ouvir um técnico
especializado. Diz que os pilares se apresentam "de faces irregulares
e com um ligeiro desaprumo; isto deve-se a uma hipotética falta de cuidado na
execução da cofragem (molde de betão), que revela utilizações excessivas".
Verifica-se também "uma falta de cuidado no uso do recobrimento das
armaduras, ou seja, a total envolvência de armaduras (ferro) em betão que evita
o contacto destas com o ambiente exterior.
Ora, este desaprumo "supõe que a estrutura em questão –
pilar – não cumpra plenamente com as funções para as quais foi preconizado, que
são o suporte do edifício. Aquando da sua solicitação de esforços, que pode ser
a médio ou longo prazo, facilita o surgimento de fissuras no
edifício".Sobram ainda armaduras “à mostra”: "o ferro dentro dos
elementos entra em contacto directo com o ar, com água e outros elementos externos,
podendo daí advir a carbonatação das armaduras, ou seja o enferrujar, que se dá
por reacções químicas com o oxigénio e promove o dilatar da armadura e a sua
destruição". Por fim, parece que - no acto da betonagem -
"não houve vibração no enchimento, ou foi insuficiente. Desta forma
os inertes (areias, britas) não são distribuídos de forma homogénea,
aglomerando-se e formando chochos.
Este chocho torna-se uma zona débil do betão que
pode originar também a rotura".
E pronto. Escusamos de ficar descansados.
Para não falar do pequeno "caos" que vai dentro daquela obra - uma obra portuguesa, com certeza.
ResponderEliminarAli, o Plano de Segurança também deve estar na gaveta.
Louvado seja Deus Pedro, "cada cavadela cada minhoca"! É visível para leigos!
ResponderEliminarTanta propaganda vai acabar mal, é melhor começarem a trabalhar a sério, a descrição é explícita e agora com tanta chuva e vento o processo acelera sobretudo se a seguir vier sol. Obras de inverno, obras de inferno...
E as eleições à porta. Credo!
Razão tem o eng. Comendador quando afirma que estas "meninos" não sabem nada de obras...nem de vida...pois para perceber de vida é necessario saber o que é trabalhar...pode ser que em novembro tenham essa oportunidade de saber.
ResponderEliminarEm caso de algo correr (mesmo) mal, a quem iremos depois pedir justiça? Quem assumirá responsabilidades?
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