A 30 de Junho deixei o meu "parecer" sobre a questão do Casarelo que se resumia a achar que, em teoria, poderia ser uma boa ideia, mas havia um conjunto de questões, desde urbanísticas a económicas, passando pelas ambientais, que mereciam uma resposta antes de se embarcar em mais uma construção de regime. A legalidade, essa, dei de barato que seria a possível neste país do constrói primeiro, espeta a placa de inauguração e questiona muito depois. Afinal...
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
7 de agosto de 2008
3 comentários:
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Por um lado, não deixa de ser reconfortante que a lei "escrita" chumbe o projecto do Go!Shopping...Mas os nossos autarcas já demonstraram ser peritos em carpintaria, tal a tábua rasa que fazem do que está escrito. Também, com os eleitores que temos, para quem o simples acto decisório é válido, independentemente do conteúdo...
ResponderEliminarToda a questão se resume a saber se a lei deixa ou não construir um empreendimento comercial naquela zona. O PDM só permite estruturas residenciais e equipamentos públicos como escolas e jardins. Digam as autoridades competentes se estamos perante uma ilegalidade. O interesse económico do projecto para a cidade tem que ser discussão posterior.
ResponderEliminarOk, finalmente um link decente:
ResponderEliminarhttp://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=104381
(Puseram-nos na secção de 'Interior'...)
Enfim, as suspeitas parecem confirmadas, sendo que a construção de superfícies comerciais na zona é proibida. A isto parece juntar-se um certo 'atalhar' por parte da Câmara, que pelos vistos passou por cima do loteamento e da definição concreta do projecto para a zona.
Vai ao forno e rega-se generosamente com um fechar os olhos, tapar os ouvidos e ir em frente, por parte do autarca. Obviamente, enquanto segue assobiando pela mesma estrada, Narciso faz uso do empoeirado discurso caudilhista do "querem minar a última esperança para a economia da nossa zona", retórica admirável e adaptável a uma pequena cidade como a todo um país.
Para mim, uma entidade oficial deu o seu parecer - negativo - e justificou-o. A partir daí, qualquer atitude que não o aceitar desse parecer é ilegal. Mas corrupção é um termo de significado demasiado estrito neste país...