30 de junho de 2010

Patrimónios Imateriais

A Câmara Municipal de Lisboa quer ver o fado reconhecido como património imaterial da humanidade. Apesar de crítico em relação a "uma certa acepção de fado" (não creio que tenha o peso representativo de nacionalidade que muitos lhe atribuem, sendo muito mais uma "canção de Lisboa" do que uma "canção de Portugal"), esta é uma iniciativa de inegável mérito, e que nos faz pensar a nós, pombalenses, em "outros termos patrimoniais". Temos nós, em Pombal, algum património imaterial? Cuidamos dele? Forçando ainda mais a questão: o que é que nos caracteriza como POMBALENSES, de forma não material? Que valores? Que traços culturais? Que manifestações artísticas?

3 comentários:

  1. Creio que o facto de se dar uma grande relevância ao fado como fonte de identidade nacional, contribui ainda mais para que a Música Portuguesa de outros géneros esteja quase completamente afastada dos mercados internacionais. É verdade que a música portuguesa nunca se integrou nos parâmetros musicais europeus, mas também nunca se afastou o suficiente para que se criasse algo identificador, que nos caracterizasse. Porém, a maior dificuldade em encontrar os mercados internacionais tem a ver com uma caractéristica (afinal temos algo que nos identifique) generalizada dos portugueses, que é desvalorizar aquilo que é nacional, ou sobrevalorizar o que vem do exterior. Isso nota-se mesmo quando se fazem algumas críticas positivas como "é tão bom como o que se faz lá fora", que belos critérios de comparação!

    Pombal é um concelho curioso, pelo menos a maioria das pessoas de fora conhece Pombal por ter lá "Passado" quando ia na auto-estrada, ou porque o comboio pára na estação de Pombal. O que é que nos caracteriza como Pombalenses? Bela questão. Pode levar a sérias crises de identidade.

    (afinal são sete, boa!)

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  2. O facto de sermos um sítio "de passagem" pode ser valorizado, em termos de "imaginário colectivo"... há aí qualquer coisa de identificador, e que pode ser potenciado!

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  3. Que eu saiba esse factor existe há muito tempo...e já podia ter sido potenciado. Se não foi, tem que haver explicação, não sei se por alguma incompetência, ou eventualmente porque referiste património imaterial, quando a nossa sociedade é cada vez mais materialista. Hummm, não deve ser isso, porque pelo que consta, nem mesmo o património material foi valorizado, excepto o património pessoal!

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