Ana Gonçalves quebrou um jejum de protagonismo na última reunião de Câmara (essa pérola de vídeo que está integralmente disponível aqui) e travou-se de razões com o ex companheiro de partido, Micael António.
Houve um tempo em que a amizade vinda da jota era inquebrável, pois que todos conviviam à mesma mesa da Câmara, ou como diz o povo, comiam do mesmo tacho.
Tem sido interessante perceber o contorcionismo a que se dedicam estas figuras, à medida que os interesses partidários se alteraram, colocando as peças em diferentes campos.
Ora, na reunião de ontem, saltou a tampa a Ana Gonçalves. Acusou Micael António de ter comunicado publicamente o projecto do Parque Verde, "quando nem sequer tinha os terrenos negociados".
- Nestas coisas não é só 'tar a mandar "bocas"
Disse Ana a Micael. O excerto da troca de galhardetes mostra bem a aplicabilidade prática dos provérbios portugueses: quando se zangam as comadres descobrem-se as verdades. Quem não se sente não é filho de boa gente. Quando lhe chega a mostarda ao nariz estala-lhe logo o verniz.
E sim, o povo tem sempre razão: quem não tem padrinhos morre mouro.
E não, não temos parque verde tão depressa. Jorge Claro, no final da discussão, coloca bem o dedo na ferida: age assim quem nunca geriu uma empresa. Nisso, Narciso Mota também tem razão - o carreirismo político passa ao lado da vida vivida, como diz o engº Rodrigues Marques por aqui.
Devido ao fim de carreira politica dos dois cabeças de lista (Narciso Mota e Jorge Claro) Michael Mota António tem sido o rosto mais visível,mais acutilante e mais assertivo da oposição. Faltam alguns anos para as próximas Autárquicas, mas será que não estará já a marcar o território para ser o principal Candidato a combater o poderio laranja ? Irá como independente ou será integrado no PS ? Vamos ver o que o futuro nos reserva.
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