A nova composição da CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria - é uma espécie de regresso ao passado. Não apenas porque lá está Raul Castro - que volta à Câmara da Batalha 30 anos depois, não pelo CDS, mas agora como independente, depois de ter sido presidente da Câmara de Leiria durante três mandatos, pelo PS. É mesmo pela inusitada exclusividade masculina deste retrato da região, coisa que não acontecia desde a década de 90.
Bem podem os partidos acenar com as bandeiras das quotas, que a realidade é o que é. Em 2021, a região de Leiria voltou a ser exclusivamente dominada por homens, numa espécie de clube do charuto em que a foto podia ser confundida com uma qualquer dos anos 80. De resto, (ao menos) aí estamos em linha com o resto do país: nestas eleições autárquicas apenas 9% das Câmaras foram ganhas por mulheres, 28, portanto, menos do que há quatro anos. Na região, perdemos três: Castanheira de Pêra, Alvaiázere e Marinha Grande.
Pimpão é o caçula do grupo. E lá foi eleito vice-presidente da CIM, que continua a ser presidida pelo socialista Gonçalo Lopes.
Agora vamos ver se nos ficamos por aqui em matéria de retrocessos.
Essa discussão MACHO/FEMEA não faz qualquer sentido, assim como as quotas não fazem sentido nenhum. Somos todos seres humanos com iguais deveres e direitos. Se não existem mulheres na Presidência das Câmaras é porque o povo assim decidiu. Na Marinha Grande a Presidente perdeu...Em Pombal a candidata do PS não concorreu a Presidente de Câmara, somente a Vereadora e acabou por atingir os seus objectivos.
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