29 de fevereiro de 2024

Política pombalense – uma dor de alma

Os abiulenses ignoraram a reunião da Assembleia Municipal (AM) na sua terra; só se deve dar importância ao que a tem. E na verdade, estes “números” só interessam aos pimpões desta vida.



Nesta terra - e não só - a política deixou de ser um desígnio nobre para se tornar simples obrigação rotineira. Mas nunca esta veracidade se expressou como na última reunião da AM, realizada em Abiul. Perpassava por aquelas caras, por aquela espécie de bonecos ali sentados, uma resignação e um estupor apático gritantes, só quebrados pelos trovões, risadas e irritantes apartes dos pimpões.

Nesta nova realidade, a bancada da maioria, mais lúcida, já interiorizou a sua obsolescência, excepto o João Pimpão. A da dita oposição ainda esbraceja, despedaçada entre os seus êxtases e os seus tormentos, por uma salvação que sabe(?) não chegará. A descrença e o desnorte são tão grandes que já quase abdicam do PAOD, sacrificando tudo na imolação final com as malditas Recomendações. Agora acompanhados, também, pelo Oportunista do Oeste; arrumado sem levantar garupa por dois coices do João Pimpão.

Este PS não aprende nem ganha juízo, definha lentamente, meio-deprimido, numa agonia dolorosa cheia de traições e contradições. No ponto mais importante da reunião – Alteração do Orçamento e GOP – os representantes do partido no executivo aprovaram, os membros da bancada na AM rejeitaram!  

4 comentários:

  1. Sobre o PS, só tenho isto a dizer: Enquanto a "Coveira" da Concelhia estiver em algum órgão do Partido ou Autárquico vão existir sempre o PS1 e o PS2. Ela fracturou de tal maneira as tropas que só com a sua "morte politica" aparecerá alguém que consiga por ordem na casa. Dividir para reinar só deu nisto. Faz-me lembrar aqueles versos da canção do Tony:

    "Depois de tantos anos nossa história teve um fim
    Foi um amor sem planos tinha que acabar assim
    Foi um amor proibido como tanta gente tem
    Eu já tinha alguém, eu já tinha alguém
    … No fundo já esperava um adeus tinha que haver
    Somente não contava sem ti não poder viver
    Saiu-me tudo errado e só quando te perdi
    É que eu entendi, que depois de ti
    … Depois de ti mais nada
    Nem sol nem madrugada
    Sem ti não há amor
    A vida não tem cor
    … Depois de ti mais nada
    Apenas dor na alma
    Nem paz p'ra me acalmar
    Mais nada em teu lugar
    … Depois de tanto tempo só agora dou valor
    Tu levas sofrimento, mas o meu é bem maior
    Como fui inocente, foste embora e eu deixei-te ir
    Porque que é que eu não vi que depois de ti
    … Depois de ti mais nada
    Nem sol nem madrugada
    Sem ti não há amor
    A vida não tem cor
    … Depois de ti mais nada
    Apenas dor na alma
    Nem paz p'ra me acalmar
    Mais nada em teu lugar
    … Depois de ti mais nada
    Apenas dor na alma
    Nem paz p'ra me acalmar
    Mais nada em teu lugar "

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  2. Amigo Malho, nem só aos pimpões desta vida estas coisas interessam. Os abiulenses podem não ter tido vontade ou tempo para estar na sessão, mas uma coisa lhe garanto, todos os fregueses de lá se orgulham de terem sido distinguidos para acolherem uma reunião do “mais importante órgão da Camara Municipal” como dizia o Pimpão que já não é desta vida!

    Por outro lado, essa descentralização, com custos de operacionalidade, corresponde a uma vontade política central, quase ímpar, deste município distinguir as freguesias como parceiros indispensáveis à sua governação integrada que desde sempre aplaudo.

    É hábito dos mais velhos compararem os tempos excelsos pretéritos, com personagens de nobre e impoluta fibra, atores profícuos e empenhados, com os bonecos apáticos e estuporados perante ambiente tão deprimente da atualidade. Desculpe lá, mas os tempos são sempre adaptados às modas e regras do seu tempo e os atuais não são piores nem melhores que os de antanho.

    O nosso presidente da câmara, que tem nervos e sentimentos, claro que por vezes se excede perante insinuações ardilosas e falaciosas que não é capaz de “encaixar” porque lhe ferve o sangue. É apenas humano.

    A oposição de facto não dá grande imagem de si própria pois ressaltam as divergências internas que nada ajudam ao seu papel que, num registo mais cuidado e menos fraturante talvez resultassem em maiores vantagens para todos.

    Concordo em absoluto com a sua classificação do oportunista do oeste porque apenas para poder conseguir postar mais um ramalhete ilusório nas redes sociais, no Oeste Independentes a que pertence, ou talvez já não, mas sim ao novel Pombal Independentes ( já que tudo fizeram, e conseguiram, para dividir o Oeste, em fim de ciclo), ou talvez já mesmo em nome da IL ???? que representará nas mesas eleitorais da Ilha (há que estar enxertado em todos os cantos políticos), propôs uma comissão da AM para acompanhar, vejam lá, “Os Grandes Investimentos no Carriço e as novas Cavernas estratégicas do gás”, para num encosto de intrometido aos grandes o anão poder parecer também grande e importante, “ um primus inter-pares investido pelo município”, como se esse pretensiosismo conseguisse algo de útil. Claro que o JP logo levantou a lebre e o deixou mudo e quedo, tão evidentemente infantil nos propósitos, e nas resultantes, a sua proposta era, apesar da grandiloquente exposição, sempre com muitos dados e muitos nomes, tudo numa pseudo-intelectualidade de pasmar os basbaques.

    Não é caso único na nossa sociedade que, por democrática o tolera.

    Talvez a proposta de uma comissão da AM para acompanhar a evolução da hasta publica das escolas e suas vantagens para o município fosse muito mais importante para a nossa paróquia, mas aí não há farolada nem resplandecência das grandes coisas, apenas revelação das incapacidades de muitos, a começar por ele, logo nos pequenos investimentos.

    E quer um artista destes ser presidente da câmara ou vereador? Mas sei lá, o povo por vezes opta por estes demagogos e depois aguenta, aliás não seria a primeira vez.

    Mas em conclusão temos a atuação autárquica destes tempos, a possível, porém com os seus atores a fazerem o melhor sabem e podem, e podemos não estar a caminhar para o paraíso a passos largos, mas também não estamos a caminho do inferno, apesar das divergências declaradas da oposição que, entretanto, também encontrarão a sua desejável convergência.

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    1. É verdade Serra, "o povo por vezes opta por estes demagogos e depois aguenta". Tanto não seria a primeira vez que estamos no estado em que estamos! Uma dor de alma, como diz o Malho. PS: só não percebi o seu silêncio, finalmente aqui quebrado. Coisas do domínio do 4º segredo de Fátima, ou da Rua dr. Luís Torres?

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    2. Ó Paula, tem razão em não perceber o meu silêncio aqui revelado.
      É que apesar de ter a intervenção preparada, as demais foram tão variadas e contundentes que preferi agilizar a sessão não empastelando mais o ponto.
      Na R Dr Luís Torres há domínios inconfessáveis e recomendações tenebrosas às quais eu sou particularmente sensível...
      E sobre o 4° segredo de Fátima pode ser que um dia lho revele. Não perca a esperança. 😇🌹

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