8 de junho de 2009

Eleições Europeias: leitura local

Se os resultados das eleições europeias não são transportáveis para as legislativas muito menos o serão para as autárquicas. No entanto, podem ser muito úteis para retirar algumas ilações da realidade socio-política local.
Os resultados mostram-nos duas realidades distintas: a cidade e as freguesias.
Na cidade, há hoje um empate entre as forças de esquerda (PS+BE+CDU) e de direita (PSD+CDS). Nas freguesias, existe um domínio, quase total, do PSD.
O PS não existe nas freguesias, o que é muito preocupante para quem quer conquistar a câmara. O partido, os seus dirigentes, nunca quiseram olhar seriamente para isto. É sempre mais fácil culpar os outros. Mas o problema não está no povo, está sempre nos partidos e nos seus dirigentes.

19 comentários:

  1. Não consigo inserir o meu comentário. Lamento profundamente. Já somos dois companheiro Rodrigues Marques
    Um abraço

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  2. É um facto que o PS tem pouca força nas freguesias. Lembro que desde pequeno sempre que ia às votações com os meus pais à freguesia em que votavam, que havia a onda laranja. Eram os sacos, as canetas, os cartazes.. e do PS nada.
    Acho que em Pombal falta também uma JS forte ( já foi..) para "combater" com uma JSD que se move muito bem, quer em termos nacionais quer local.
    Destaco o crescimento do BE. Esses jovens tontinhos não percebem onde metem a cruz...

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  3. Amigo e companheiro Adelino Malho, boa noite.
    Cheira-me que há desaguizado no seio do Partido Socialista de Pombal.
    Malha neles, Malho.
    Abraço.

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  4. Caro R. Marques,

    Desaguisado? Naaaaa...
    Mas unanimidade, comigo, nunca. Nomeadamente na análise.
    O problema vem muito de trás. Dos erros cometidos durante muitos anos. E, por que não dizê-lo, de uma determinada cultura política instalada.~
    Boas,
    AM

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  5. Adelino,
    Pelos vistos, o PS também já sabe somar infinitésimos. Só por isso já valeram os resultados das eleições europeias :-)
    Um abraço,
    Adérito

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  6. Adérito,

    A piada, como intróito, não está má. Mas faltou o resto.
    Decididamente, com os infinitésimos não vão (vamos) lá.
    Um abraço,
    AM

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  7. Penso que o PS/Pombal, é vitima dele próprio.
    Ao longo de muitos anos(pelo menos 16), apenas se preocupou com a politica da cidade e arredores, esquecendo completamente as freguesias rurais. Só se lembrava delas quando havia eleições autárquicas.
    Veja-se o caso de Albergaria, não apresentou, porque não conseguiu uma equipa à Junta, outrora um bastião socialista.
    Não pensem que isto é treta. Eu sei do que estou a falar. Foram 30 anos de dedicação à causa pública no concelho de Pombal.
    Um abraço

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  8. Amigo e companheiro Zé, que não conheço, boa noite.
    Reconheço que o Partido Socialista não consegue encontar um cabeça de lista em Albergaria, para as próximas eleições autárquicas.
    Se o tivesse, facilmente constituia lista.
    Mas a questão é muito mais grave.
    No Louriçal, Freguesia grande e importante, o PS não vai apresentar lista.
    Em Carnide, idem, idem, aspas, aspas.
    Na Redinha, idem, idem, aspas, aspas.
    Em S. Simão, idem, idem, aspas, aspas.
    E já lá vão cinco Freguesias.
    E na Freguesia de Pombal?
    E é mau para a nossa Democracia Representativa.
    Abraço.

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  9. Senhor Rodrigues Marques. Como pode ter tanta certeza do que está a dizer? Com tantas pessoas ligadas ao PS a juntarem-se ao PSD (veja-se o caso Louriçal), pode ser que aconteca o inverso. Até agora quem tem ouvido negas tem sido o sr. Narciso Mota. Veja-se o caso do Sr. Coucelo e da Dra. Ofelia...

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  10. Bom dia.
    O Sr Engº Rodrigues Marques tem cá uma certeza naquilo que diz, que era melhor jogar no euromilhões.
    Para que conste e segundo ouvi falar, repito, ouvi falar, nessas fregesias que são mencionadas pelo Sr engº, já existe candidato do PS.
    Vamos ver se se confirma.
    Se se confirmar o Sr Engº fica muito mal na fotografia.
    Mas ele não se deve incomodar.
    Um abraço

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  11. Caros amigos Bloguistas Boa Tarde
    Antes de mais, haviamos todos de se ir tratar, segundo o sr. Eng que nos comparou aos Pedofilos e Homosexuais. Na minha humilde opinião nas autarquicas o eleitor dá mais valor á pessoa que está na lista do que a sigla politica, por essa razão acho muito natural que pessoas que são nitidamente PS alinharem nas fileiras do PSD, e pessoas que são PSD alinharem em listas do PS. Em eleições em que os eleitores conhecem os eleitos e vice-versa, a ideologia politica não tem a minima importancia. Por que razão eu sendo PSD, tenho de apoiar alguem do meu partido que eu politicamente considero uma nulidade.

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  12. Companheiro Rodrigues Marques, que conheço muito bem e com muito gosto, quando me referi à tua freguesia e disse que o PS não apresentou lista à junta, referia-me obviamente ás eleições de 2005. Quanto ás próximas não me pronuncio, uma vez que não estou acualmente dentro do fenómeno politico de pombal, apenas acompanho as noticias que vão saindo. De qualquer forma, julgo que o Partido socialista de Pombal, se não mudar a sua forma de actuar nas freguesias rurais, vai de certeza encontrar muitas dificuldades em arranjar candidatos ás Junta de freguesia.
    Um abraço

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  13. Senhor Roque,
    isso até estaria correcto se não fosse militante
    activo e filiado no PSD.
    Assim, tem obrigações estatutárias que não lhe permitem, enquanto militante apoiar outras candidaturas, onde o PSD é também parte interessada.
    Para não falar da ética politica e dever de militante.
    Por isso, se não gosta do seu candidato e quer apoiar outro, só têm um caminho a seguir; desfiliar-se, para não ser expulso.
    São estas as regras,
    Um abraço

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  14. Concordo que são regras, mas as excessivas cristalizações partidárias fazem-me confusão. Quantas e quantas vezes a prática de um partido de direita, localmente, não tem características de esquerda? Por isso é que seria ideal, numa lógica de regeneração dos próprios partidos que a participação autárquica funcionasse mais à volta de pessoas que das ideologias partidárias nacionais.

    No entanto, para já são regras, apenas podendo ser tratadas da forma como foi dita, mas é um dos pontos onde os partidos terão, mais cedo ou mais tarde, de tratar.

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  15. Concordo consigo, DR.João Alvim.
    Mas são regras, que assuminos quando aceitamos fazer parte de um todo!
    E, num estado de direito, não devemos preverter essas mesmas regras. Quem as não quizer cumprir, não as deve assumir. Tão simples quanto isso!
    É a minha modésta opinião.
    Um abraço

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  16. Sr Zé
    Então ja entregou o seu cartão?

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  17. Ó Roque,
    eu não tenho que entregar cartão nenhum, pela simples razão, de estar ao lado dos nossos companheiros, imbuído do mesmo espirito que é a vitória!
    Se, algum dia não estiver, obviamente entregá-lo-ei.
    Um abraço

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  18. As freguesias são demasiado pequenas para lá caberem partidos! Mas concordo com o Roque: as pessoas contam, sim. Para uma Assembleia da República, contam menos (supostamente, deviamos estar a votar numa ideologia, mais que numa pessoa). Para as autárquicas o peso ideológico é muito mais pequeno. Nas juntas de freguesia, é praticamente inexistente. Daí que, se não se vota olhando exclusivamente às pessoas que vão a votos, em que outro factor se há-de votar?

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