27 de junho de 2009

Eleições (actualizado)

Autárquicas no dia 11 de Outubro. Hoje saber-se-á quando serão as Legislativas. Aposto que, por todos os motivos (sejam eles políticos, patrimoniais, estratégicos, tácticos ou de simples gosto), as eleições coincidirão. Se assim for, e atendendo a que os eleitores não só não são estúpidos como têm dado provas de bom senso, eleva-se o nível de desafio para quem se apresenta a votos. Por esses motivos, nada contra. A exigência e a responsabilização são partes inalienáveis da Democracia.

Perdi a aposta. Mas mantenho que não teria sido pior.

Também publicado na minha outra casa.

17 comentários:

  1. Vai ser uma experiência curiosa! Eu também acredito que as eleições serão no mesmo dia, e não me desagrada. Talvez isso reduza claramente a abstenção, uma vez que hás duas "fontes de motivação" para as pessoas fazerem a viagem à urna! Tenho cá para mim que quem ganhar as autárquicas não ganha as legislativas. É só um palpite...

    ResponderEliminar
  2. Em vez de 3 boletins são 4. E, Gabriel, não foi o Louriçal há exactamente 4 anos que deu uma lição desse tipo? Os votos não seguiram uma lógica de colagem, logo não há que ter medo da cumulação de datas. Obriga é quem se candidata a distinguir-se na mensagem.

    ResponderEliminar
  3. PS: Eu sei que os EUA não são grande exemplo em muita coisa e que muitas comparações até poderão ser abusivas, mas no dia das Presidenciais realizam-se várias consultas, por exemplo, e ninguém se queixa da vitalidade da democracia deles (ok, quando ganha um Republicano a malta não gosta...).

    PS2: Quando falo em número de boletins não quero reduzir a questão a números, tanto que sei bem a diferente natureza das propostas (mesmo nos 3 das autarquias). Compreendo a lógica de separar actos, mas já que a coincidência permite, saiba-se estar à altura.

    ResponderEliminar
  4. Amigos e companheiros, boa tarde.
    Não me têm visto por aqui por afazeres profissionais, associativos e políticos.
    Sei que é uma mistura explosiva, mas estou certo que é mais fácil implodir do que explodir.
    Mas quero que não aconteça nem uma coisa, nem a outra.
    E o querer tem muita força.
    Volta e meia, tenho estado com o nosso amigo e companheiro Adelino Leitão.
    Ele está bem e recomenda-se.
    Relativamente à matéria em discussão, estou certo que o problema se centra em Lisboa.
    Aliás centra-se, também, em Lisboa um outro comentário do nosso amigo e camarada Adérito Araújo. Qualquer dia 90 % da população está concentrada na área urbana de Lisboa. Depois queixam-se da má qualidade de vida que têm lá.
    Lisboa é Lisboa, o resto é paisagem.
    Também estou certo que as eleições serão no mesmo dia.
    Em todo o País, que não em Lisboa, só fará bem serem no mesmo dia de forma a fazer baixar a abstenção e a diminuir os custos.
    As eleições autárquicas farão alavancar os votantes, já que os candidatos autárquicos são conhecidos, vizinhos ou amigos e isso fará com que votem mais eleitores. E os candidatos às autarquias não têm, tanto, o estigma do político.
    Em Lisboa é tudo muito impessoal e as motivações são outras. Não quero dizer com isto que são piores ou melhores. São diferentes.
    Deus ilumine o Cavaco.
    Já lhe “telefonei” a meter cunha.
    Se quiserem beber uns finos, comer umas farturas e, quiçá, comer um ou dois frangos apareçam em Albergaria, nas grandiosas Festas do S. Pedro.
    Como tenho que “caçar” votos disponibilizo-me para pagar, mas q.b..
    Jantem ou almocem primeiro, se faz favor.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  5. Amigo e companheiro Dr. João Alvim, boa noite.
    Tentei colocar um comentário no "Homem do Leme" e moita carrasco.
    Era tão lindo.
    Apesar do meu "telefonema" para o cavaco ele mendou-me às ortigas.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  6. Excelência

    Regressei ontem da Alemanha, onde, com o Eng.: “Tino”, visitámos hospitais e escolas para formação ideológica onde têm lugar os insurrectos ao regime nosso amigo, registei o exemplo.
    Nos hospitais tomámos contacto com experiências médicas que parecem ser favoráveis á dinâmica que se pretende dinamizar na nossa cidade promovendo a solução para os males que V. Ex.ª identificou na sociedade.
    A observação na companhia de Paul de Lagarde, em contacto com um dos mais esclarecidos médicos do regime o Doutor Joseph Mengele, radicou-me na convicção da superioridade da nossa formula a que falta em teatro o que lhe sobeja em seriedade e honestidade.
    Não falou V. Ex.ª nas testemunhas de Jeová, mas fiquei sabedor que eles tratam-nos na Polónia.
    De resto, consolou-me verificar que, lá como cá, persistem os murmuradores e descontentes, que todavia se reúnem ao chefe na hora do perigo; e se muitos dos melhores daqui invejam o regime do homem de Braunau am Inn, não faltam óptimos de lá que suspiram pelo nosso.
    A Humanidade é assim.
    Farei chegar pelo Gouveia a V. Ex.ª o mais breve todos os relatórios.

    Creia-me sempre seu muito dedicado amigo, admirador e imperfeito discípulo.

    ResponderEliminar
  7. Caríssimo,
    Seja bem regressado! Acaso necessite de alguma ajuda na redacção dos relatórios, disponha. Guardo ainda ensinamentos de Costa-Roque que nos podem valer nesta hora.

    ResponderEliminar
  8. Esta marcação de elições é mais uma triste perda para Poertugal.
    Perdeu-se a oportunidade de se demonstrara maturidade política que existe.
    Perde-se tempo mantendo o país quase dois meses em campanha.
    Perde-se dinheiro a duplicar estruturas e meios.
    É tanto mais triste quando contextualizada numa altura de crise.
    Às vezes é urgente controlar o medo... e esta nosso sistema republicano é dado a muitos medos de contexto político/partidário.

    ResponderEliminar
  9. João, eu e ti sabemos que isso da maturidade política é uma falácia. Concordo com a parte dos custos, com o resto...sabemos bem a quem interessava ;)

    ResponderEliminar
  10. Segundo li, o facto de termos autárquicas e legislativas em datas separadas pode implicar um aumento dos custos na ordem dos 4,6 milhões de euros. É uma brincadeira usar-se este argumento para defender eleições no mesmo dia.
    O país precisa de uma votação esclarecedora e sem "segundas leituras".
    Penso que a relevância da cor partidária nas legislativas não é a mesma que nas autárquicas. Por estas e por outras (razões) penso que foi acertada a decisão do PR.

    Dr. Almeida: Em relação ao palpite... acho que estamos de acordo.

    ResponderEliminar
  11. Caramba Nobre Povo, finalmente!...

    Oh Nobre Povo, podia ter dito que partia em viagem. Teria arranjado umas meninas para ou acompanharem, ou, ao menos se despedirem de si no cais.

    Não nos tendo - possivelmente devido à humildade do seu carácter - dado oportunidade de o acompanhar-mos nem na partida nem na chegada, é mister que nos permita honrá-lo, dando-lhe lugar de destaque no próximo BODO, numa recepção na pérgula do jardim do Cardal.

    Veja as fezes que nos deu. Pensei que fosse essa razão do silêncio e da astenia do amigo Adelino Leitão. Saiba V. Exª. que, eu próprio, fiquei que nem barata tonta que já não sabia onde me pousar. A prostração foi ao ponto da insensibilidade, que a minha amantíssima, na sua estranheza e aflição, me vem dizendo: não sei o que se passa contigo, parece que nem te sinto!...

    Aleluia, aleluia, aleluia!...

    Um abraço,

    P.S.: Meu caro Melo Alvim, parece-me que os Estados Unidos, na questão da participação, não são, propriamente, um bom exemplo. As eleições americanas, habitualmente, muito pouco participadas. Nas últimas presidenciais, em grande medida pelas inovações introduzidas na campanha do Obama, mormente usando a blogosfera e as "redes sociais" da comunicação na Net, parece que aumentou bastante a participação dos eleitores.

    A participação eleitoral é fundamental a apatia, ou anomia, dos eleitores, são próprias de sociedades "doentes", que não tendo uma estratégia que as mobilize e projecte para o futuro, se tornam decadentes. Não será o que está a suceder com a Europa e democracias ocidentais? Deslocando-se o centro estratégico e as lideranças político-económicas do Atlântico para o Pacifico?

    ResponderEliminar
  12. Meus caros,

    Esquecia-me de opinar sobre as nossas eleições. Parece-me que a separação é a melhor solução. O custo é, no caso, irrelevante, preocupa-me o que se perde em favores, em carros de função e de “panache”, apoios a investimentos e negócios (B.P.N., B.P.P, Quimondas, Generais Motors e muitos outros), supostamente estratégicos e porta de entrada na economia do conhecimento, mas que não acrescentam real valor à nossa economia, bem pelo contrário, nos levam fundos de que tanto precisamos.

    Que são 4/5 milhões? É bem menos do que o que é nas campanhas de propaganda, nos croquetes e rissóis das inaugurações. Esse valor não é nada para umas eleições que envolvem todo um país e o seu futuro, perante mais de 2000 milhões para o B.P.N- e outros. que possibilitou a uma classe política e de gestores (bloco central) cleptómanos, desmemoriados e irresponsáveis, açambarcar muitos desses milhões, sem rebuço de vergonha.

    Esse valor é menos de uma gota de que permite evitar a contaminação de temas locais com temas nacionais inquinando os resultados eleitorais.
    Saibam os políticos estar à altura dos acontecimentos e dinheiro retornará com prémio, juro e actualização monetária.

    J.F.

    ResponderEliminar
  13. Continuo convicto de que a simultaniedade teria sido a opção correcta. Pelo custo, pela abstenão e pela credibilidade que dava à política. Passamos um atestado de incompetência aos nossos cidadãos e ainda os massacramos com uma campanha infindável. Afinal a diferença entre 3 e 4 bolentins é abismal...

    ResponderEliminar
  14. Já imaginaram o Presidente Narciso de manhã fazer campanha a seu favor e à tarde a torcer pela economista F. Leite? Agora imaginem em Lisboa, o Paulo Portas de manhã a torcer pelo Pedro Santana Lopes e à tarde a dizer cobras e lagartos da F. Leite? Não seria uma enorme confusão? Desta vez, o PR esteve bem. E esteve bem, porque não poderia ir contra o PS, PCP, Verdes, CDS/PP, alinhando descaradamente com os interesses do seu partido.

    ResponderEliminar
  15. Eu acho absolutamente notável é a "harmonia" entre os partidos. TODOS! Porque atentem os mais desatentos que o PSD, inicialmente, também não as queria em simultâneo. Queria, isso sim, autárquicas antes de legislativas. Depois o Sócrates usou a "manha" de marcar as autárquicas para o último dia possivel, "abocanhando" a possibilidade de as legislativas serem antes. E só DEPOIS o PSD achou que juntinhas é que elas ficavam bem.
    Enfim... no que diz respeito a partidos, todos concordavam com eleições separadas. Uma concordância que se verifica também naquelas votações à porta fechada sobre dinanciamentos de partidos e de campanhas, ou sobre as obras na Assembleia, ou assuntos similares. A democracia é isto... uma beleza. Para contemplar com amor!

    ResponderEliminar
  16. * Correcção: "abocanhando" a possibilidade de as legislativas serem DEPOIS das autárquicas...

    ResponderEliminar
  17. As campanhas vão confundir-se inevitavelmente, mesmo sendo as eleições em separado. E o pior, é que as duas semanas que antecederão as autárquicas serão do piorio...análises a resultados e campanha, tudo junto, sem efectuar a devida separação de conteúdos.
    Até na campanha para as eleições europeias já foi dado um cheirinho de autárquicas e legislativas.

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.