A
Bloom Consulting fez um estudo, a nível nacional, para avaliar a atratividade
de cada município em 3 dimensões: negócios, visitar e viver.
Pelos
resultados, Pombal não está “mal” - porque fica em 49.° lugar do total
dos 308 municípios. E a nível do centro é o 10.° num total de 100.
Este
“não está mal” é das principais ratoeiras em que podemos facilmente cair,
porque compara-nos com a mediocridade e faz muitas vezes baixar a
ambição.
Pode
explicar, por exemplo, a parcimónia com que a coisa pública é gerida sem grande
contestação pública a nível municipal, e por que razão a alternativa política é
fraca e ausente de argumentos (para não falar da qualidade).
O
estudo peca, no entanto, por outra razão: porque não falou com pessoas e
empresas, não lhes perguntou a opinião, e não avaliou o que pensam realmente
dos municípios. Seguramente que o “ranking” seria muito diferente e não
veríamos o enviesamento dos melhores resultados serem para as capitais de
distrito...
Será
que todos estamos contentes ou vamo-nos contentando com a mediocridade?
Os números valem o que valem...Vão "passear" pela ("Small...Small...Small city) e verificam que o movimento das ruas são típicas de Vilas do interior. Só uma "avenida" com vida...tudo o resto deserto.
ResponderEliminarO ranking tem exactamente esse enviesamento porque usa dados secundários e, espanto, os primeiros lugares vai para os maiores municípios. Será que não se pode viver, visitar e fazer negócios numa pequena cidade?
ResponderEliminarLuís, o problema maior não está nesse suposto enviesamento; está em indicadores que não dizem nada ou pouco da realidade.
ResponderEliminarPombal tem um bom equilíbrio financeiro, mas o retorno/eficiência dos seus investimentos é miserável; logo, se não tivesse receitas garantidas estaria insolvente, não está mas o desfalecimento confirma os erros sistemáticos.
Esta história dos rankings tentam funcionar por um lado como um estímulo à confiança mas por outro podem funcionar como ilusão.
ResponderEliminarIsto de não ser tão mau como o pior, estar a decrescer mas a um ritmo inferior aos outros,ou a empobrecer menos do que os vizinhos, funcionam como eufemismos ingénuos onde se tenta dar a ilusão de não estamos realmente a decrescer, a empobrecer ou a piorar.
Os rankings positivos são eficazes os rankings negativos ilusões.
Temos de encontrar o caminho da construção e da qualidade ou pelo menos irmos tentando até morrer. Esta é uma crença virtuosa na qual é muito útil a fé individual.
Questionar o status quo é muito importante. Mais importante do que saber agir em situações de crise é ter a capacidade prospectiva em situações de aparente acalmia. Desenganem-se. Se ficarmos apáticos e acomodados com o medíocre o destino será medíocre. E quando um período crítico chegar já vai tarde, muito tarde. E os sinais estão para quem os quiser ver.
EliminarAdelino, quando se utiliza a expressão enviesamento quero dizer deturpação ou desvirtuação. São as manias de quem viveu muitos anos no estrangeiro e tem como referência biased que quer dizer o mesmo que tu.
ResponderEliminarQuestionar o status quo é muito importante. Mais importante do que saber agir em situações de crise é ter a capacidade prospectiva em situações de aparente acalmia. Desenganem-se. Se ficarmos apáticos e acomodados com o medíocre o destino será medíocre. E quando um período crítico chegar já vai tarde, muito tarde. E os sinais estão para quem os quiser ver.
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