28 de maio de 2019

A grande tanga

Nota prévia: este excerto da reunião de Câmara é mais longo do que é usual aqui no Farpas, mas é importante ser visto até ao fim, para percebermos a que ponto chegámos.

D.Diogo ensaia em cada reunião uma nova técnica: enrola, reveste as intervenções de muita forma e pouco conteúdo, pinta o quadro a seu belo prazer, gasta um tempo infinito com retórica, dicção e prosódia,  a que a oposição responde com tiques de degustação: prova, saboreia, e mesmo que não goste, não riposta nem se pronuncia.
Na última reunião (pública e cuja gravação está disponível on line), Odete Alves (PS) levantou bem a questão das viagens do edil - que o afastam do meio do povo e das suas humildes celebrações, fenómeno já amplamente comentado, por toda a parte. (Diogo tentou emendar a mão no passado fim de semana, em alguns casos: foi assistir a um jogo da Moita do Boi - que no anterior domingo subira de divisão, embora isso não chegue para lhe fazer menção no discurso, ou para receber a equipa, como fez entretanto com os miúdos da Pelariga, colmatando a inexistência do vereador do Desporto).
E essa foi a deixa perfeita para Diogo explanar o seu diário de bordo, da maneira que aqui se pode observar.
Está bem de ver que aquele salão do imobiliário em Paris (uma espécie de Exposalão lá do sítio, onde Pombal é convidado a participar, no âmbito da CIMRL, e para onde no ano passado mandou Pedro Murtinho) foi de repente promovido ao último biscoito do pacote. De maneira que gostei de ouvir a descrição pormenorizada do programa de almoços e jantares do nosso autarca, à laia de quem come sardinha e arrota caviar. 
Faltou-lhe falar dos [meus] primos. Imperdoável...
De Paris, Diogo voou para a romântica Veneza, e daí para a Croácia - onde iria participar em não-sei-quê do festival Sete Sois, Sete Luas. E fez a coisa como deve ser, à maneira real: levou a corte, com direito a cozinheiro e a mensageiro.
Depois voltou, ajeitou os colarinhos e os botões de punho, e destilou sabedoria na parvónia. 
Não há como não amar este poder local. Ora atentem:


2 comentários:

  1. Agora é que D. Diogo descobriu o elixir da vida boa: viajar e pregar aos inocentes nas reuniões do executivo e da AM.

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  2. O que era útil a oposição ter perguntado era o seguinte: Quais os custos para o Município?...e no final do mandato avaliar os proveitos dessas viagens. O Sr. Presidente como se está a despedir da vida autárquica pensou em usufruir em termos turísticos enquanto pode. Paga Zé...

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