O saneamento básico é considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como
direito humano universal desde 2015. Isso significa que dá aos cidadãos o direito de reivindicar ao estado e
especificamente ao poder local quando este falha em providenciá-lo.
A (falta de) vergonha teima em continuar
nos vários
executivos camarários
ao longo dos anos. Mais uma vez foi apresentado um orçamento para 2019 que teima em não ser concretizado e teima em se atrasar…
Foi anunciado com pompa e circunstância a orçamentação para 2019 do emissário Carnide-Louriçal que iria finalmente cobrir a Ilha
e áreas
circunscritas, a rede de saneamento dos Barros da Paz, Assanha, Ladeira, Gregórios e Penedos e Casal da Rola. Pelo
estado das obras tudo indica que estes projectos serão uma miragem para este ano… será que o vereador Pedro Murtinho terá a capacidade de executar tão exigente calendário nos meses que faltam? Com os atrasos
na expropriação de
terrenos e na adjudicação de
obras tenho muitas dúvidas…
Na Ilha, esta promessa eleitoral foi
continuamente feita pelo executivo de Carlos Domingues, e gastaram-se rios de
dinheiro do erário público há mais de uma dezena de anos, para
construir uma rede de saneamento básico
que nunca foi utilizada. Hoje é apenas um MAMARRACHO debaixo da terra que irá ter que ser reconstruído porque estará inutilizável.
Está lá, mas não é utilizável e, portanto, foi um desperdício de dinheiro público.
Ainda na Ilha e áreas circundantes, a solução mais rápida e viável financeiramente seria a ligação à rede de Leiria via freguesia
da Bajouca, porque representava menor investimento. Parece que o executivo quer
ter o controlo de toda a sua região para
a empresa municipal e não o
interesse da população.
Na altura, o Pedro Murtinho argumentava
que o custo para o utilizador eram alguns cêntimos a mais. Se compararmos isso com o
custo que as pessoas têm a
pagar a camiões
tanque da câmara
municipal para despejar as fossas não teria qualquer relevância. Seguramente que a população não teria qualquer problema com isso.
No tempo em
que Michael António era vereador executivo ouvi a frase
"que é impossível ter 100% das casas cobertas por
saneamento básico". É verdade, especificamente para
empresas e casas isoladas e distantes das zonas de concentração populacional, mas será que a Ilha é considerada como isolada?
Segundo o site da Pordata (que apenas tem
dados de 2009) só 37% da população do concelho
de Pombal é servida
por estações de
tratamento de águas
residuais, contra Castanheira de Pera (99%) e Marinha Grande (93%). Tenho
grandes dúvidas
se esta percentagem se alterou nos últimos 10 anos.
Fala-se tanto em ambiente por este
executivo, mas o saneamento básico não é a prova desse discurso.
É aqui que o desenvolvimento regional deve ser
evidenciado, porque são infraestruturas base. Será que uma empresa não faz contas ao custo anual que terá com camiões tanque vs. a possibilidade de ter
saneamento básico?
Não é só a rede rodoviária que conta…
O concelho,
na sua globalidade, é marginalizado
em relação à urbe de Pombal, e não deveria ser porque o executivo é eleito por todo o concelho.
Ou então o saneamento básico
é mesmo para a urbe e ninguém nos avisou.
É sempre bom relembrar a aspiração e necessidade que as populações têm relativamente às dotações de serviços públicos urbanos modernos como é o saneamento.
ResponderEliminarOs prazos das obras públicas escorregam sempre um bocado e tanto mais quanto maior a sua complexidade e por isso esta não será diferente.
Parece que falta uma estação elevatória em Louriçal para entrar em funcionamento toda a rede instalada.
Não é verdade que a rede instalada na Ilha esteja ou seja inutilizável, porque ao que sei parece ter sido toda revista e pronta a entrar em funcionamento mal o sistema final tenha a sua ligação concluída, servindo quase metade da Ilha.
No tempo do Carlos Domingues, presidente, era assim que se dava início à solução das necessidades, as juntas davam andamento ao que se atreviam esperando assim pressionar a câmara a também dar andamento ao resto e que só agora está a ser concluído. Hoje pode ser criticada a iniciativa dele mas no seu tempo era apoiada e importante.
Brevemente julgo que irá entrar em funcionamento toda a rede já instalada e com sorte até ao fim de 2019.
As promessas eleitorais mais cativantes são sempre grandes trunfos jogados nas campanhas, grande parte delas para não serem cumpridas, e também pelo Oeste as houve bastando dar tempo ao tempo para o constatar.
Sobre a restante metade da Ilha, Helenos,Água Formosa e toda a vertente para Oeste, o saneamento é há muito um desejo de todos mas não é assim tão garantido que a solução aqui indicada seja a mais económica ou a mais recomendada.
De todo o modo um povo que se manifesta é um povo ativo, e todas as iniciativas são boas para pelo menos ajudarem a relembrar quem comanda o que esse povo aguarda.
Eu sei que a política obriga a usarem-se algumas farpas contra os alvos do costume, mas neste caso apontar negativamente o Carlos Domingues pela iniciativa que teve nos seus mandatos é no mínimo uma injustiça que honestamente não merece.
Mas concordo totalmente que o saneamento básico em toda a Ilha é uma necessidade urgente a merecer toda a atenção e ação dos que decidem.