Eu ainda sou do tempo (apesar de ter pouco mais de 18 anos) em que mantinham actividade, em Pombal, quatro jornais e duas rádios. Eram O Correio de Pombal, O Eco, A Voz do Arunca e o Pombal Oeste, na noticia escrita, a Cardal FM e o Radio Clube de Pombal na notícia do éter. Junte-se-lhe uma delegação permanente d'O Diário das Beiras.
No presente, a Rádio Clube passa por momentos muito complicados. Dos jornais, restou apenas um "cheirinho" de O Eco (pouco mais que o nome, pois tudo o resto morreu), e uma versão "outlet" d'O Correio de Pombal, longe da actualidade e da correcção que já mostrou. Ficou o deserto, a aridez entediante, na nossa comunicação social de (em) Pombal. Porquê?
Aceitando outras opiniões, deixo-vos, contudo, a minha: quando o terreno não é fértil, não há nada que lá cresça. Meteram uns pedregulhos neste quintal, e deixaram-no estéril, em especial para a isenção. Dir-me-ão: "mas há boletins impressos a cores"! Pois é, pois é...
Morreram esses, mas não nasceram projectos em Almagreira e nas Meirinhas????
ResponderEliminarO Concelho não é só aqui o burgo.
entre outros.
ResponderEliminarPor falar em rolha autoctone.
ResponderEliminarJÀ OLHOU BEM PARA O SEU UMBIGO.
Gabriel, somos do mesmo tempo, sim. Há dias, quando recebi um telefonema (que apreciei, sobretudo pela coragem)da filha do presidente, pro causa de uma farpa, expliquei-lhe que o blogue não é um órgão de comunicação social. E no encadeamento da conversa fiz-lhe esse historial, do tempo em que todos esses jornais coabitavam em Pombal. Falei-lhe do terreno adverso, do cansaço de remar contra a maré, de dar murros em pontas de faca todos os dias. Porque esse clima não é palpável, mas sente-se. É preciso ter costas largas para escolher os olhares de desdém em vez das pancadinhas nas costas, dos tratamentos por diminutivo, amansando com primor. E depois vem o efeito bola de neve, que agarra, a pouco e pouco, os tentáculos do polvo em redor da mesma cabeça. Claro que o fenómeno redutor da comunicação social não é exclusivo de Pombal. Mas aqui, como nas terras pequenas - e sobretudo nas terras pequenas em que o poder se instalou assim, como cá - acentua-se mais, pelas razões conhecidas. Porque manter uma postura independente é não só hercúleo como meio caminho andado para fechar a porta. Porém, não se pense que esfolar os joelhos no Cardal significa pujança ou saúde económica para os projectos (note-se que os jornais e as rádios são empresas, como as outras). E foi com isso que nunca me conformei: no dia em que se decide vender a alma ao diabo, que seja ao menos que bem vendida.
ResponderEliminarSábado à noite, houve várias pérolas narcísicas que me ficaram no ouvido, depois daquele encontro imediato de segundo grau entre nós e o presidente. Se algum dia eu voltar a exercer a profissão em Pombal, será para lhe fazer a entrevista na qualidade de prémio nobel da paz, está visto ;)
Jornal? em Almagreira? Projectos?!?! Aaaaahhh! já sei do que estão a falar!! Aquele Jornal que não tem director, mas sim directora, aquele jornal em que a directora não decide sem antes pedir a "opinião" de quem foi antes director! Então ... é aquele jornal que não publica porque já não havia espaço, porque teve que pedir que se inventasse um assunto que depois acabou por ocupar todo o espaço do jornal.
ResponderEliminarJá sei! Já sei! Pois ... Mas qual é?
Também temos, apesar de pouco difundido, o Notícias do Centro em edição on-line!
Esqueceram-se do EXPRESSÃO do Louriçal, talvez o melhor do Concelho. Ah sim O Louriçal ja não pertence ao Concelho e esse jornal é GAULÊS
ResponderEliminarPeço as minhas desculpas, mas não me consegui lembrar de todos, devem faltar mais ( a esses as minhas desculpas por antecipação).
ResponderEliminarEssas argumentos, Alegria, mais razão dão à minha observação! De todos os citados, o único com características de jornal "noticioso", geral... é o Expressão, do Louriçal. Mas este jornal não opera em Pombal, mas sim em algumas freguesias do oeste. Talvez seja terreno mais "bem estrumado". No sentido elogioso, espero que todos o entendam...
ResponderEliminarQuanto ao meu umbigo, lamento mas não é autóctone. Lamentavelmente, é produto de importação. A vida a isso obrigou!
Paula, "eu sei que tu sabes que eu sei"... blá-blá-blá...
ResponderEliminarO "ramos jornalistico com mais pernas para andar, por estes lados, é de facto o da entrevista. Nada assim muito imprevisivel, está visto!
A questão passa por exercío do tal "outro poder" (3º? 4º? 5º?), o da comunicação social, que vai sendo negado por muita gente, mas que provoca uma pressão e uma "sede" que é perfeitamente visível. Os "bons" ajudam muito, e os "maus" atrapalham como o diabo! Deixo-vos uma pequena imagem, com aquilo que se passa em muitas das nossas aldeias, e que me parece suficientemente esclarecedor: quando um tipo não quer que o vizinho lá plante uns pinheiros na terra dele, não precisa de os cortar. Basta urinar-lhe para perto da raíz, quando eles estão em crescimento. E eles secam por eles próprios!
Boa Dia!
ResponderEliminarSem dúvida houve em Pombal bom jornalismo e este só foi próspero quando a economia era próspera.
O Eco, jornal mais antigo da cidade, teve os momentos de glória e também os de letargia. Recordo-me que após 25 de Abril, o seu director, Sr, Menezes Falcão era de direita,logo o jornal valia pelo editorial, e pelo escrito: "José da Serra" o resto era "nada".
O sr. Menezes Falcão conseguiu manter o jornal contra tudo e contra todos. Eu procurava o jornal unicamente para ler o editorial e o José da serra e, por vezes, não concordava com o conteúdo do editorial mas deliciava-me com a sua leitura.
A Paula Sofia diz, e bem, que a imprensa escrita é feita por empresas que têm empregados, lucros e prejuízos.
Pergunto eu qual o jornal digno desse nome que consegue sobreviver, em tempo de crise, mantendo a isenção, a qualidade e conteúdos, informando com rigor?
A maioria da imprensa escrita vive dos anúncios provenientes das instituições públicas, logo dependentes do arbítrio de quem solicita a publicação. Não havendo receita como manter os bons jornalistas? Uma das formas de se conseguir um bom jornal será fazer uma cooperativa onde os cooperantes publiquem os seu escritos de opinião e apenas um jornalista bom, capaz de fazer investigação.
É curioso que no baile de Sábado, na expocentro, olhei a mesa do Farpas e disse como os botões: há aqui massa cinzenta para se fazer um bom jornal.
Caro Dboss Deus nos livre e guarde, que os comentaristas que revelassem uma opinião contrária eram logo rolhados por alguns do Farpas.
ResponderEliminarQuanto ao umbigo o Gabriel Olieveira sabe muito bem a que me referia, tanto é que acusou o toque e argumentou logo para longe
Boa tarde!
ResponderEliminarCaro Alegria2 o lema do farpas é farpear interesses instalados e, que eu saiba, aqui não há censura.
Olhe que tá enganado
ResponderEliminarCreio que sobrevaloriza a minha inteligência, caro Alegria. A verdade (a mais pura!) é que não faço a mínima ideia do que poderá o meu umbígo ter de autóctone. De resto (e passando à outra questão), eu nunca censurei ninguém. Nem essa (a censura formal) é a questão central do post.
ResponderEliminarFoi conivente com o silencio, relembro-lhe que lá em cima está como um dos da casa.
ResponderEliminarEngraçado a afirmação "eu nunca censurei ninguem",depois do silencio, esta é uma desculpa de politico
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAqui está um tema interessante.
ResponderEliminarSou do tempo em que o povo tinha acesso ás noticias que interessavam.
Em Pombal, tínhamos o jornal o “Eco”, que era lido pelos Pombalenses residentes assim como os que labutavam além fronteiras.
Era um tempo de respeito, os jornalistas sabiam qual o seu papel junto dos populares e lhe transmitiam aquilo que mais interesse tinha, sempre, em defesa do concelho e da Nação.
Recordo com estima o Zé Carraca no seu tempo no “Eco”.
Com a alteração do estado da Republica em setenta e quatro, os esquerdistas transformaram o jornalismo sério e competente em novelas da desgraça, em Pombal até surgiram mulheres a fazer jornalismo.
Falta ao concelho e ao País quem cordene a informação, tem que existir uma “peneira” noticiosa, só assim se credibiliza quem desinteresadamente nos dirige tanto no Município como na Nação.
Duas sementes de bem informar: o jornal de Almagreira e o jornal das Meirinhas, o Luís Costa também está muito bem.
Gostava de ver o Paulo Almeida nomeado coordenador da informação do nosso Concelho.
O resto são profetas da desgraça á solta, porque a Nação está á deriva claramente.
Pombal deve orgulhar-se de ter tido entre si um dos bons jornalistas de Portugal, (Don Carlos) Costa Roque, para quando o reconhecimento publico.
Por ti minha Pátria.
De facto. Bem me arrependo das alfinetadazinhas (poucas e más) que lhe tentei dar, em vida. Era quem menos merecia.
ResponderEliminarOs que estão lambem as botas e estão de acordo em seguir as regras impostas pelos tipos que têm o poder, vão-se mantendo. Os outros? Não resistem.
ResponderEliminarQual a parte negativa do "Expressão"? Espaço de opinião em que se fala de criancinhas! Cheira-me a qualquer coisa menos própria. També lhe falta ser a cores e ter muitas fotos do presidente José Neves.
"Os que estão lambem as botas e estão de acordo em seguir as regras impostas pelos tipos que têm o poder, vão-se mantendo."
ResponderEliminarCONCORDO PLENAMENTE (a sério que sim), FRASE PLENAMENTE ADAPTADA AOS DA CASA, estão todos coniventes com o seu silencio.
Mas olhe este tb foi o meu ultimo post por uns tempos valentes.
em 1º lugar isto mete nojo, censuram um gajo (não fui só eu), e depois teem a cara de pau de andarem a criticar a lei da rolha.
em 2º lugar os da casa são ........., FORAM TODOS CONiVENTES COM O SEU SILENCIO, (mete nojo).
3º vou para fora .
Caro(a) alegria2
ResponderEliminarCusta-me, sinceramente, responder aos seus comentários que, para não dizer ofensivos, são no mínimo indelicados. Decidi fazê-lo mas informo que não pretendo, com esta resposta, inicial qualquer discussão pública consigo. Se quiser falar comigo, os meus contactos estão disponíveis no meu "perfil de utilizador".
Tem-se referido muitas vezes ao facto de lhe terem apagado alguns dos seus comentários. Essa situação não aconteceu agora pela primeira vez e pode voltar acontecer sempre que "o comentário tenha natureza injuriosa ou difamatória ou nada tenha a ver com o assunto postado inicialmente". Não sei se algum dia irei exercer a prerrogativa que tenho pelo facto de ser administrador deste blogue. O que sei é que, sempre que me apeteceu fazê-lo o motivo teve a ver com o facto de se escrever em mau português e com muitos erros de ortografia. E olhe que muitos dos seus comentários foram sérios candidatos…
Eu sou dos que acha que todos os comentadores são bem-vindos. Os "cromos", os ponderados, os excêntricos, os bem intencionados, os mal intencionados. Os que se identificam e os anónimos. O anonimato faz parte da natureza da internet e os comentários não assinados podem revelar aspectos que, doutra forma, não seria possível. O contributo dos anónimos (e o seu em particular) para o sucesso do blogue é indiscutível.
Mas, caro(a) alegria2, o "Farpas", tal como tudo na vida, não tem que agradar a todos. Se fosse um espaço consensual seria muito menos interessante. A si mete-lhe nojo. Paciência. Eu gosto, apesar de já terem acontecido situações que me desagradaram e várias vezes (se calhar em algumas que referiu) ter sido tentado a expressar esse meu sentimento. Acontece que não me apeteceu. Estou no meu direito e não admito que ninguém, principalmente quem eu não conheço de parte nenhuma, opine sobre esse meu silêncio.
Aqui ninguém tem obrigação de escrever seja o que for. Os "da casa" escrevem (e gerem) os seus "posts" sobre o quiserem e quando lhes apetecer; quem nos visita comenta o que lhe apetecer e quando quiser. É um princípio básico!
Cumprimentos,
Adérito Araújo
Este Adérito pára por onde?
ResponderEliminarSe a Nação tivesse gente de vergonha nos lugares certos, este rapaz à muito tempo que estava a ter tratamento psicológico, tal e qual como muitos e bem tiveram em Peniche, Caxias e até em Chão Bom.
Agora vivemos sem vergonha, andam estes da cor dos tomates maduros à solta e a Pátria está como se sabe.
Por ti minha Pátria.
A Paula Sofia, creio, pôs o dedo na ferida: as empresas de Comunicação Social mataram o jornalismo. Pombal culturalmente é hoje o deserto que conhecemos. (Há quem chame Cultura ao entretenimento que é apenas cultura de massas e há quem chame Desporto a espectáculos desportivos também chamados desportos de massas.)Desde o Séc. XIX que há Jornais em Pombal e, os melhores, foram-no por carolice dos seus proprietários e sempre deram prejuízos.
ResponderEliminarEu pasmo como se podia publicar numa vila pouco povoada e tão analfabeta quanto o resto do país no fim do século XIX, início do XX; jornais ideologicamente ricos e antagónicos, desde o monárquico fervoroso ao republicano mais retinto.
Comentava a Paula, há pouco tempo, uma referência minha ao jornalismo local e ao celebérrimo "Cão de Fila". Que volume testicular deveria ter o homem ou mulher actual que quisesse, mesmo no anonimato, manter uma folha assim de «Escárnio e Mal-dizer». Apareceriam logo espiões e bufos a cobrar dividendos junto das autoridades constituídas para denunciar a identidade dos críticos maldizentes. Hoje só se permitem críticos ou bemdizentes ou, pior ainda, cãezinhos de óculo traseiro de viatura, que dizem sempre que sim. São esses os que mais sobem na hierarquia.
Saudações.
No comentário acima falta, entre "Cão de Fila" e "Que volume", uma frase em que eu explicitava o desabafo da Paula: «Hoje não seria possível publicar-se uma folha assim!».
ResponderEliminarAs minhas desculpas.
Saudações.
Bom dai!
ResponderEliminarNobre Povo agora desiludiu-me: "este rapaz à muito tempo que ....." escreve-se com: há