Faltam alunos e sobram cursos e professores, na generalidade
das escolas e nas Universidades.
No IPL (Leiria), oito cursos não tiveram alunos candidatos,
como por exemplo o de engenharia civil com 30 vagas, e vários outros cursos
tiveram poucos candidatos, como por exemplo o de educação social (regime
pós-laboral) com 21 vagas e 1 candidato.
À falta de alunos, segue-se o excesso de professores: mais
de 30.000 professores não obtiveram colocação (emprego). Outros profissionais
licenciados, com menos poder de reivindicação, passam por iguais dificuldades.
Nas últimas décadas, fizeram-se investimentos
“especulativos” no ensino, construindo-se ou adaptando-se vários edifícios,
criando-se “Institutos Superiores” em várias “vilas”, criando-se vários cursos
superiores, muitos deles desnecessários para os alunos e para o país,
contrataram-se professores, alguns a “tempo 0”, e contratou-se pessoal auxiliar,
tudo para lucro e/ou emprego de alguns oportunistas ou para vaidade e demagogia
de vários autarcas.
Tal com na construção civil, onde a atividade especulativa
levou muitos pedreiros e ajudantes a transformarem-se em construtores, também no
ensino todos os bons e maus estudantes, novos ou reformados, diurnos ou
noturnos, foram incentivados a serem “doutores” e/ou “formandos”. Nós, contribuintes
deste pobre país, tudo pagámos, incluindo cursos superiores a muitos estudantes
que foram depois contratados por países ricos (como a Suíça) que seguem outra
política de ensino.
Na ressaca da bebedeira pública, fica o fracasso dos licenciados
que saem das Universidades, vários deles no desemprego ou em empregos manuais
(licenciados em direito a colocarem mercadoria nas prateleiras dos supermercados,
licenciadas em vários outros cursos a venderem vestuário em lojas, etc) e fica o
endividamento do país, tudo a agravar o desastre nacional.
olha fiz precisamente uma cronica ha dois ou tres dias no meu blog. ser professor hoje ja nao é como antigamente, hoje sao mais alguns desempregados e antigamente nao era assim!
ResponderEliminarhttp://ocarteiravazia.blogspot.pt /
Concordo com 100 % do seu post JGF, mas o que me preocupa mais, é o contribuinte andar a pagar cursos Universitários e depois os outros países a colherem os frutos do investimento de Portugal na formação. Faz-me lembrar o nosso Sporting, já formou vários melhores do mundo e não ganha títulos nem em Euros com eles.
ResponderEliminarBoas!
ResponderEliminarFaltou perguntar: quantas escolas, mais, vão ficar para as associações de sueca? E, nos próximos anos, com decréscimo de natalidade, quantas mais escolas vão ficar sem professores e alunos?
Ainda, para quando um iluminado do governo resolve acabar com a miscelânea de cursos, de áreas tão iguais umas das outras?
Eu, um cidadão que foi educado com trabalho e a trabalhar, entendo que a maioria dos alunos chega ao ensino superior e ainda não sabe bem o que quer. a provar o que afirmo está o número de alunos que no final do 1º ou 2º ano de universidade pede para mudar de curso.
O número de cursos existentes de turismo, de Gestão, de engenharia, de artes plásticas de cinema, etc. têm todos cadeiras comuns, l logo devia ser efectuado um estudo no sentido de os estudos serem iguais para todos os cursos até ao 3º ano e só depois se faria a opção pela especialização