Parece ironia o facto de, ao pesquisar no site da Câmara Municipal de Pombal, na parte relativa ao ambiente, a primeira coisa que vi foi mesmo um certificado de qualidade de água. Isto ilustra a dicotomia que é, por um lado, ver ali referenciada a notável “avaliação qualitativa de aspectos relacionados com a gestão, o cumprimento de preceitos legais e ocorrências significativas com impacto na qualidade do serviço que é prestado aos munícipes” e por outro ver o que se tem passado nas nascentes do Rio Ourão e do Rio Anços, locais onde a porcalhice anda bem activa, tal como o Grupo Protecção Sicó nos tem mostrado.Já agora, onde estão as análises da água das nascentes referidas? Eu estou particularmente interessado em ver as análises à água daquelas nascentes, já que gostava de saber se levam um selo de qualidade ou de porcalhice.
Pelas fotos que já vi não há sequer dúvidas...Não é novidade o facto de os nossos autarcas não darem a necessária atenção a este recurso essencial à nossa existência. É certo que também é um tema que não dá grandes votos e já todos sabemos como funciona a (i)lógica política. Há, portanto, que mudar o paradigma!Não há o conhecimento por parte dos autarcas e isso reflecte-se numa atitude passiva e que constantemente subvaloriza os graves problemas que afectam os nossos recursos hídricos, aquíferos e não só. Daí não ser surpresa constatar o que o autarca Diogo Mateus disse, ao referir ao Jornal Terras de Sicó, que a contaminação que ali tem ocorrido“tende a regularizar-se sem grandes consequências”. Sou céptico quando oiço um não especialista nestas matérias a afirmar que não há grandes consequências associadas à poluição e por aí adiante. São afirmações que atestam a falta de competência de quem deveria gerir com mão de ferro este recurso estratégico que é a água potável.
Desafio Diogo Mateus a dizer qual o real estado dos recursos aquíferos da região de Sicó. Sim, da região de Sicó, já que na Natureza não há limites administrativos e tudo está interligado. Sim, já sei que este autarca não me conseguirá dizer tal coisa, facto que me leva a convidá-lo para uma reflexão urgente. E mesmo que o problema possa eventualmente ser causado fora dos limites deste município, o interesse e a dedicação na resolução da situação deve ser o mesmo dos outros, já que a água é um bem comum e todos bebemos da mesma fonte, mais tarde ou mais cedo.
Não se trata de saber as causas das alegadas descargas, mas sim de não querer saber do problema em si mesmo (ver a big picture), no protelar algo que é fundamental, conhecer os recursos aquíferos e defendê-los de toda e qualquer fonte de poluição, seja esporádica ou regular. Já todos sabemos que quando há alguém poderoso a poluir as coisas demoram a resolver-se, “sabe-se lá porquê”... A ver vamos quem são os responsáveis por estes actos.Já agora, onde estão publicadas as tais análises feitas? Mostra, mostra, mostra!As imagens disponibilizadas nas redes sociais pelo Grupo Protecção Sicó, um dos grandes defensores deste nosso património, deveria envergonhar todos os autarcas desta região. Este caso é apenas mais um entre muitos outros. Sim, sei que a memória é curta, mas para quem,como eu e como o Grupo Protecção Sicó sabemos, isto é infelizmente a regra e não a excepção.Há umas semanas desafiei um executivo a fazer algo, que agora estendo a todos os municípios da região de Sicó. Reúnam-se, rodeiem-se dos especialistas e esbocem uma candidatura a fundos comunitários, deforma a estabelecer um projecto ímpar para o conhecimento e gestão dos recursos aquíferos em meio cársico. Investigação pura e dura, aplicada a este recurso de primordial importância. É algo que ainda não existe,que colmatará uma falha inaceitável numa região com características tão específicas e que servirá como base a algo de tão simples como gerir um dos recursos mais preciosos que podemos ter, a água!Lembrem-se que temos recursos aquíferos mas que não sabemos, de facto,o seu real estado para consumo humano. E não é o facto de, por agora,podermos ir buscar água a outros lados que nos deve descansar, já que,tal como ainda há poucas semanas voltou a acontecer, em Ansião, quando a água falta e não se pode ir buscar a outra captação, então é sinal que devemos estar preocupados, muito preocupados...E se precisarem de uma ajuda, aqui estarei para o que der e vier. Têm também a Universidade de Coimbra aqui ao lado, fica a dica...
Finalizando, utilizo esta figura (acima), que ilustra este comentário, sempre que preciso de abordar esta questão. É uma figura clara e concisa,restando saber se os nossos autarcas conseguem entender o básico...
Pelas fotos que já vi não há sequer dúvidas...Não é novidade o facto de os nossos autarcas não darem a necessária atenção a este recurso essencial à nossa existência. É certo que também é um tema que não dá grandes votos e já todos sabemos como funciona a (i)lógica política. Há, portanto, que mudar o paradigma!Não há o conhecimento por parte dos autarcas e isso reflecte-se numa atitude passiva e que constantemente subvaloriza os graves problemas que afectam os nossos recursos hídricos, aquíferos e não só. Daí não ser surpresa constatar o que o autarca Diogo Mateus disse, ao referir ao Jornal Terras de Sicó, que a contaminação que ali tem ocorrido“tende a regularizar-se sem grandes consequências”. Sou céptico quando oiço um não especialista nestas matérias a afirmar que não há grandes consequências associadas à poluição e por aí adiante. São afirmações que atestam a falta de competência de quem deveria gerir com mão de ferro este recurso estratégico que é a água potável.
Desafio Diogo Mateus a dizer qual o real estado dos recursos aquíferos da região de Sicó. Sim, da região de Sicó, já que na Natureza não há limites administrativos e tudo está interligado. Sim, já sei que este autarca não me conseguirá dizer tal coisa, facto que me leva a convidá-lo para uma reflexão urgente. E mesmo que o problema possa eventualmente ser causado fora dos limites deste município, o interesse e a dedicação na resolução da situação deve ser o mesmo dos outros, já que a água é um bem comum e todos bebemos da mesma fonte, mais tarde ou mais cedo.
Não se trata de saber as causas das alegadas descargas, mas sim de não querer saber do problema em si mesmo (ver a big picture), no protelar algo que é fundamental, conhecer os recursos aquíferos e defendê-los de toda e qualquer fonte de poluição, seja esporádica ou regular. Já todos sabemos que quando há alguém poderoso a poluir as coisas demoram a resolver-se, “sabe-se lá porquê”... A ver vamos quem são os responsáveis por estes actos.Já agora, onde estão publicadas as tais análises feitas? Mostra, mostra, mostra!As imagens disponibilizadas nas redes sociais pelo Grupo Protecção Sicó, um dos grandes defensores deste nosso património, deveria envergonhar todos os autarcas desta região. Este caso é apenas mais um entre muitos outros. Sim, sei que a memória é curta, mas para quem,como eu e como o Grupo Protecção Sicó sabemos, isto é infelizmente a regra e não a excepção.Há umas semanas desafiei um executivo a fazer algo, que agora estendo a todos os municípios da região de Sicó. Reúnam-se, rodeiem-se dos especialistas e esbocem uma candidatura a fundos comunitários, deforma a estabelecer um projecto ímpar para o conhecimento e gestão dos recursos aquíferos em meio cársico. Investigação pura e dura, aplicada a este recurso de primordial importância. É algo que ainda não existe,que colmatará uma falha inaceitável numa região com características tão específicas e que servirá como base a algo de tão simples como gerir um dos recursos mais preciosos que podemos ter, a água!Lembrem-se que temos recursos aquíferos mas que não sabemos, de facto,o seu real estado para consumo humano. E não é o facto de, por agora,podermos ir buscar água a outros lados que nos deve descansar, já que,tal como ainda há poucas semanas voltou a acontecer, em Ansião, quando a água falta e não se pode ir buscar a outra captação, então é sinal que devemos estar preocupados, muito preocupados...E se precisarem de uma ajuda, aqui estarei para o que der e vier. Têm também a Universidade de Coimbra aqui ao lado, fica a dica...
Finalizando, utilizo esta figura (acima), que ilustra este comentário, sempre que preciso de abordar esta questão. É uma figura clara e concisa,restando saber se os nossos autarcas conseguem entender o básico...
João Paulo Forte
http://azinheiragate.blogspot.pt/
Sem comentários:
Enviar um comentário
O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.