7 de novembro de 2019

Os medalhados de última hora, ou a hora do faz-de-conta


Esta tarde a Câmara reúne para (supostamente) discutir e aprovar um ror de nomes para medalhar. Diz o regulamento municipal que tem de haver consenso, que tem de haver unanimidade, e por isso pressupõe-se discussão. Ledo engano. Por esta altura, a três ou quatro dias do 11 de Novembro, nem um milagre de São Martinho conseguirá fazer as coisas bem feitas. Pois que há colectividades que já sabem que vão ser galardoadas, e que já foram contactadas há vários dias.
D. Diogo está feito um mouro de trabalho nos Paços do Concelho, mal come, e arriscamos adivinhar que mal dorme. Entre o faz-de-conta que foi ouvir os partidos para o Plano Plurianual de Investimentos (que é como quem diz ouvir-se a ele próprio, pois que foi mais monólogo que diálogo cada bloco de três ou quatro horas que gastou com alguns deles), e as dores de cabeça que a autarquia lhe anda a dar, tratou de mandar avisar alguns dos homenageados. Homem precavido vale por...9. Assim como assim, a reunião de hoje é só para ficar em acta. Daqui por uns anos a história há-de contar que aos 7 dias do mês de Novembro reuniu o executivo municipal para deliberar a respeito dos homenageados. Só que não. Já estava tudo decidido. 
E agora, senhores vereadores, sentem-se bem nesse papel de candeeiros? 

9 comentários:

  1. Olá Diogo;
    Faço-te um pedido, publicamente, que nunca imaginei fazer, e porque se trata de uma questão de interesse público, coloca, sff, algum critério e alguma exigência na atribuição das medalhas.

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  2. Há já ,anos que defendo a definição de um critério, veja-se regulamento, para a atribuição de medalhas.

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  3. Após ano e meio sem ler nem escrever estou a reaprender tudo! Cumprimen5tos a todos

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  4. Adelino Malho, foi desta que o FARPAS teve direito a uma medalha? Recebi hoje o Convite para a sessão solene e queria saber se vão ser distinguidos, assim até iria com muito mais prazer.

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    1. Oh Roque olhe que as vezes, sem querer, vaticina-se o futuro mesmo sem intenção séria, e aquilo que foi um dia proscrito passa no outro ao grau de exemplo.
      E lá está o ditado popular de que Deus escreve direito por linhas tortas.
      A história está cheia de exemplos: Martin Luther King no sul dos EUA, Mahatma Gandi na India, Nelson Mandela na África do Sul, para citar só os mais conhecidos, todos eles proscritos num tempo e passaram a Heróis no outro, para não falar de Mário Soares, Álvaro Cunhal, e tantos outros no tempo do estado novo.
      Localmente a Comissão Social de Freguesia da Guia altamente criticada na época em que o executivo do Manuel António lhe deu início, chegou-se ao excesso de a apontar como "ilegal", e que neste mandato se tornou o exemplo concelhio para as demais freguesias, por mérito das suas reais promotoras, Joana, Sónia e Sandra, que tiveram o génio e o empenho de a edificar.
      O Farpas começou de forma incipiente, com muitas fragilidades e até culpas por excessos de algumas publicações, mas, a pouco e pouco tem ido conquistando muitos leitores mormente porque a elevação dos comentários tem aumentado e ido ao encontro da critica mais séria e menos jocosa, o que a torna muito mais credível e apreciada.
      Eu próprio tenho sido "aconselhado" a não escrever aqui porque ajudo a promover um blog da oposição e isso não é útil para a situação pela qual tenho lutado.
      Ora eu entendo que os atores políticos se têm de afirmar pelas suas qualidades e não pela capacidade de fazer calar os mais incómodos, logo até entendo mais, que a critica construtiva é muito mais uma ajuda aos que têm obrigação de fazer do que uma barreira.
      Neste termos, e passando a fase maniqueísta própria das facções políticas, atitude mais primária que todos temos obrigação de ultrapassar, chega-se a um momento em que se reconhece o valor de algo que anteriormente se considerava perverso e dispensável.
      É a evolução das mentalidades a acontecer e por isso quem sabe um dia o Farpas não possa vir a ver-lhe reconhecido o mérito de ter contribuído para divulgação, promoção e estímulo da discussão publica da RESPUBLICA!

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    2. Amigo Serra,
      Grato pelas elogiosas palavras. O Farpas é uma construção dos d`Casa e dos e dos comentadores e leitores; faz-se de bons posts e de bons comentários – como os seus. Vive do contraditório, e precisa dele.
      O Farpas só procura um reconhecimento: o dos leitores. Quando esse deixar de existir, morre. E quando morrer, consagra-se; por que deixará – estou certo – um vasto repositório do que tem sido a vida pública desta terra, num longo período.
      Um à parte: repare como a vida (as pessoas) é contraditória: o Roque acha o blog mau, o “suposto” administrador horrível, e, no entanto, é o leitor e comentador mais assíduo – sempre presente!

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    3. Derrubou o engenheiro, e tornou-se, afinal, o nosso comentador de estimação.

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  5. Eng. Malho, apesar de não simpatizar consigo, aprecio o seu trabalho e dos restantes camaradas de Casa. Acho até que o FARPAS é o ultimo bastião de liberdade neste Principado Laranja.

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  6. Pois, por norma, não gostam de quem diz a verdade!

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