O investimento da Lusiaves na Guia é o elefante na sala da paroquial política local, que ninguém sabe arrumar e todos usam como arma de arremesso político e pessoal.
Há muito que, por cá, a política local está circunscrita ao mero hábito da intriga, que dissolve e enfraquece o sentido de comunidade e desenvolve todas as fraquezas que são com ela solidárias: a falsidade, a canalhice e a traição…
Criaram uma comissão para ajudar a remover o elefante da sala, mas os seus membros não se entendem nem sequer sobre o funcionamento da dita, quanto mais sobre o problema. Ninguém quer uma solução; todos - ou quase - querem jogar o jogo perde-perde da canalhice.
Do outro lado, temos um poder fraco e cada vez mais enfraquecido que não ajuda nem se deixa ajudar. Limita-se a fomentar a canalhice. A política é uma actividade que não é para qualquer um – é para muito poucos, porque poucos são capazes de a exercer e de permanecerem imunes aos seus vícios. Até pessoas estruturalmente honestas perdem por completo o sentido da honra, fazem sacanices sem saber que as fazem, ou, pior, fazem-nas sabendo que as fazem ou pelo prazer de as fazer. No caso Lusiaves já estamos no último patamar.
O caso Lusiaves tem uma forte dimensão técnica e uma forte dimensão política. Não é para meninos de coro armados em rufias. Já contribuiu fortemente para enterrar o anterior poder. Vai ser o primeiro grande teste a este fraco e inábil poder. Vai fazer vítimas - mais do que muitos imaginam.
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