28 de novembro de 2023

Câmara desgovernada

Até agora temo-nos centrado nos erros, omissões e trapalhadas do dotor Pimpão & C.ª. Mas dois anos de mandato já nos permitem falar com dados, aprofundar a análise e confirmar conclusões. Por agora só com comparação homóloga, mas a seu tempo divulgaremos a comparação com outros mandatos e decisores políticos. 

Os dados indicam que na área do pessoal Pombal entrou aceleradamente no desfiladeiro da ingovernabilidade. Mas nos combustíveis, nos eventos, nas finanças ou nas empreitadas a realidade será análoga. 



Já aqui tinha alertado para o expressivo aumento do número de funcionários - para os quadros e em regime de avença - e dirigentes. Mas é no indicador do trabalho extraordinário que se encontra o maior desgoverno: aumento de 40% no trabalho extraordinário nos dias úteis; aumento de 25% nos dias de descanso semanal ou feriados.  

O desgoverno da câmara começa a ser preocupante. Por as autarquias serem entidades públicas dotadas de autonomia administrativa e financeira, e por enquadramento jurídico do regime laboral no sector público assentar (quase) exclusivamente no “contrato vitalício”, a área de gestão do pessoal é crítica para o equilíbrio financeiro das autarquias. As que caíram na situação de insolvência (sim, isto não acontece só às empresas e aos particulares…) apresentavam uma estrutura de pessoal exagerada, acumulada por desleixo e amiguismo, que é muito difícil de reverter e compromete por muito tempo o cumprimento das atribuições do município. 

Pombal vai pagar caro a desventura que concedeu ao Pedro. E o Pedro, coitado, também. No final, que se espera não muito distante, seria bom que se aprendesse a lição. A lição que diz que não se pode entregar uma câmara desta dimensão e com esta exigência administrativa a um tipo impreparado, que não controla nem se autocontrola, e se deixou acercar de oportunistas como moscas sobre o torrão de açúcar numa tarde de verão.   

1 comentário:

  1. O povo é quem mais ordena. Desde 93 com a mesma cor. Se a CMP ficar insolvente ainda vão dizer que a culpa é do PS. Realmente têm razão. O PS de Pombal tem estendido a passadeira às maiorias absolutas do PSD. Os dois últimos candidatos só foram a jogo para não se perder por falta de comparência. Continuando esta saga, visto que o PS de Pombal está há meses sem liderança democraticamente eleita, teremos o mesmo resultado em 2025. A única solução é a estrutura distrital ou nacional pegar no processo e escolher o Candidato á Camara que não esteja comprometido com este PS de Pombal dos últimos 10 anos.

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