Maquiavel dizia que “para
bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe e, para bem entender o
do príncipe, é preciso ser do povo”. O povo vai conhecendo o do príncipe, mas
parece que o príncipe não conhece o do povo. “O príncipe deve ser lento no crer e no agir, não
se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e
humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a
demasiada desconfiança o faça intolerável”. Nada disso se tem passado. Para
Maquiavel nasce daqui uma questão: “se é melhor ser amado que temido ou o
contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas,
como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro
ser temido do que amado”.
Nos primeiros tempos, o príncipe procurou
seduzir os seus súbditos, ser amado. Distribuiu benesses, circo, papas e bolos;
mas, pelos vistos, não enganou os tolos. A sua natureza rapidamente se impôs:
ser temido. Mas talvez tenha sido incauto. Maquiavel bem recomendou:
“escolhendo por ser temido, o príncipe deve ser meio animal e meio homem”.
Este, pelos vistos, escolheu ser só animal (feroz).
Maquiavel recomendava que “o príncipe
necessitava de saber bem empregar o animal, deve deste tomar como modelos a
raposa e o leão, eis que este não se defende dos laços e aquela não tem defesa
contra os lobos. É preciso, portanto, ser raposa para conhecer os laços e leão
para aterrorizar os lobos. Aqueles que agem apenas como o leão, não conhecem a
sua arte”.
Até agora o príncipe foi leão. Mas
cuidado com os laços!
Caro Sr. Malho, o Sr. com tanta metáfora, hipérboles, eufemismos, personificação e prosopopeia, ainda corre o risco de ficar na história como uma figura com estilo.
ResponderEliminarUm pertinente aviso. E andam laços a silvar no ar...
ResponderEliminarBoa tarde
ResponderEliminarO animal homem, auto intitulado inteligente, é o único que numa luta entre os da sua espécie persegue o vencido até há morte, não lhe dando qualquer hipótese. O animal considerado como irracional, numa luta entre os da sua espécie , dá sempre oportunidade ao vencido dele fugir, dele viver.
Nestas coisas da política pombalense, e tendo em consideração as últimas autárquicas em que encabecei a lista do CDS-PP na candidatura à câmara municipal, tenho a dizer que:
ResponderEliminar1. Foi vendido a todos os que votaram no concelho de Pombal que o candidato do PSD era o que melhor preparação possuía, em resultado dos 20 anos de trabalho político desenvolvido como vereador, presidente da junta de freguesia de Pombal, chefe de gabinete do governador civil e presidente da associação de estudantes da escola secundária de Pombal;
2. Todos, incluindo Narciso Mota com quem tivera vários desencontros, que se traduziram em votações desalinhadas do “grande líder”, salientaram a sua capacidade organizativa e o conhecimento dos dossiês e da realidade social concelhia;
3. Que não era de “esquemas” na escolha dos mais capazes para ocupar cargos onde os interesses coletivos dos pombalenses tivessem que ser defendidos, do género da ETAP, PMU, Adilpom e as associações e coletividades que vivem na sombra dos subsídios e apoios camarários – pagos por todos nós, digo eu!
4. Os “velhos do Restelo”, os seguidistas tradicionais, os que foram “obrigados” por Narciso a sê-lo sob pena de sofrerem retaliações profissionais e os que votam na seta nem que o candidato seja um desconhecido cantaram loas que chegaram ao céu depois de passarem pelos altares;
5. Todos os outros eram umas nulidades quando comparados com D. Diogo, mesmo tendo carreiras profissionais suportadas em concursos nacionais e internacionais, ancorados em exames, entrevistas e estágios;
6. Isso não era nada, e quando se perguntava o que tinha feito D. Diogo fora da política, já que do seu longo currículo só constava um curto período de professor (convidado) dum qualquer instituto social privado, daqueles em que o convite se sobrepõe a exames ou entrevistas de seleção, e apresentava-se o facto de ter sido carteiro quando do primeiro emprego (sazonal), situação supervalorizada pelo seu orientador de giro, o inefável Moreira, que durante 20 anos defendeu desinteressadamente os interesses da junta de freguesia da Pelariga;
7. Contudo, na altura da campanha, alguns dos que acompanharam D. Diogo no seu percurso de vida e que não comungam dos seus ideais políticos, sempre iam alertando para a sua incapacidade natural para lidar com os que não tendo sangue azul (como ele gosta de falar do avô Morão que foi presidente), como eu e a maioria dos pombalenses, e ainda temos o desplante de não lhe cantar loas ou dizer ámen;
(cont.)
(Continuação)
ResponderEliminar8. Também ouvi de alguns desses seus contemporâneos de escola secundária que era implacável em situações de poder total (por exemplo, ser o último a falar) e assinalavam o seu não cumprimento de acordos políticos verbais;
9. A substituição da diretora da ETAP, como primeira medida política, veio dar mais força à teoria desenvolvida, mas não passou duma medida singela tendo em consideração a posição frágil de Ana Pedro e um primeiro acerto de contas com Narciso Mota;
10. As medidas que se seguiram tiveram a curiosidade de serem copiadas dos programas das outras listas concorrentes, nomeadamente do CDS-PP, como o aproveitamento turístico do castelo, a regulamentação dos subsídios às associações e a possibilidade da feira bissemanal retornar ao lugar inicial;
11. A guerra com o ex-presidente da junta da Guia, o eng.º Manuel António, que enquanto presidente do Conselho Geral da Escola Secundária não se vergou aos desígnios de D. Diogo, foi a prova de que realmente “quem não estava com ele era contra ele”;
12. Entretanto dá-se o caso do vereador que sai através de carta, só contactável por sms durante algum tempo (segundo D. Diogo), mas depois de toda a confusão, à boa maneira social-democrata pombalense, ei-los a fazer as pazes abençoados pelo Senhor (?);
13. E o assumir do pelouro da Educação, quando Fernando Parreira fez um trabalho louvável nesse pelouro durante vários anos, nomeadamente na Ação Social Escolar, só pode ser para retaliar com alguns profesores;
14. Sendo a democracia um bem maior para que uma comunidade seja feliz, a capacidade para gerir conflitos, caraterística fundamental para um bom autarca e a hipocrisia um mal que não deve existir, parece-me que dos extensos currículos políticos devem passar a constar os seguintes itens: democrata, gestor de conflitos e verdadeiro!
Nem um ano passou e pelos acontecimentos parece que já passaram três.
E o que vem a seguir?
Sr. José Guardado, nem sei o que diga sobre o CDS em Pombal, O Candidato á Presidência da CMP faz o ataque ao Executivo, e o lider da "Bancada do CDS" na AM juntou-se literalmente ao PSD desde o 1º Dia. O Sr. Henrique Falcão ainda tem a confiança politica do CDS ? É que se tem, então o Sr. José Guardado já não a deve ter.
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