9 de junho de 2014

Tertúlia, mas pouco



A secção de Pombal do Partido Social Democrata promoveu, no Sábado passado, uma tertúlia de evocação de legado académico e político de Carlos Mota Pinto. Desculpando os claros exageros - "dos mais brilhantes académicos e políticos de Portugal democrático" - a homenagem é legítima e justa. O que não fez justiça à obra e perfil do homenageado foi o painel de convidados escolhido. E não estou, com isto, a retirar mérito aos intervenientes; quem sou eu! O que achei confrangedoramente redutor foi o PSD ter convidado para a tertúlia apenas figuras do núcleo duro da sua estrutura partidária. Se o homem é digno dos adjectivos com que o querem vestir, a iniciativa merecia uma abrangência muitíssimo maior.

9 comentários:

  1. Amigo e companheiro Adérito Araújo, boa noite.
    Foi para ser o mais amplo possível que a tertúlia foi no Hotel do Cardal.
    Só não foi quem entendeu que não devia ir.
    Abraço

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  2. Caro engenheiro,

    O seu comentário reforçou claramente a ideia que tenho sobre a forma como o PSD encarou a iniciativa. Obrigado.

    Abraço,
    Adérito

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  3. Acho que aquilo era para consumo interno, Aderito. :)
    Ou então, é para justificar mais alguma ideia incrível para a obra frente ao teatro-cine!

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  4. "Na política ninguém nasce num berço de ouro", disse calção da Silva.
    E alguns, até repudiam o berço em que nasceram, acrescento eu. Louvável (ou talvez não, sei lá!), este esforço do PSD local em colar o Mota Pinto a Pombal. Uma colagem que o próprio, em vida, parece nunca ter permitido. Isto é o que dizem, que eu não era de cá e não vi...

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    1. Bom dia
      Não pondo em causa o seu humanismo, perfil académico e perfil político O Sr. Dr. Mota Pinto este Sr, passa anos sem vir a Pombal.

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  5. Calvao, e não calção. As minhas desculpas ao senhor...

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  6. Bom dia
    lamento mas tenho de concordar o Prof Dr, Adérito, o painel de oradores diz tudo:
    - O filho, naturalmente conhecia bem o pai!
    . Dr. Fernando Nogueira politico da geração do homenageado, não é de Pombal
    - Dr. Fernando Costa, das Caldas da Rainha, também da mesma geração política
    - Engº Narciso Nota, de Pombal, viveu a maior parte da sua vida em Leiria, apenas conhece Mota Pinto da História.
    - Dr. Pedro Pimpão , de Natural de Pombal, deputado, apenas conhece Mota Pinto da História.
    . Mais dois Srs, ,não sei quem são, obviamente não são de Pombal.

    Há de facto alguns Pombalenses que podia e deviam estar na mesa de honra, tais como ex alunos e conterrâneos que estudarem com ele e partilharam vivências comuns.

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  7. Podiam era fazer uma tertúlia acerca das palavras da Vice-Presidente do partido deles, Teresa Leal Coelho.
    Como cidadão, sinto-me chocado com as palavras que ela proferiu. E com as responsabilidades que ela tem.
    Onde está a decência política ?!
    Tenho a certeza que Mota Pinto jamais congeminou isto, nem Sá Carneiro.

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  8. O Sr. Prof. Dr.Carlos Alberto Mota Pinto está para Pombal como, num primeiro momento, o Mestre Gualdim Pais e, posteriormente, o Capitão Salgueiro Maia.
    Por cá andaram, por cá estiveram, por cá fizeram amizades e ... mais nada.
    Mota Pinto, como aqui já foi escrito, é mais presente depois de passar á vida eterna do que em vida vivida.
    Mota Pinto, o brilhante académico, o douto professor, o mestre da "Teoria Geral do Direito Civil" - na tradição coimbrã - não foi o politico brilhante, não é modelo de pombalense presente e, enfim tinha tanto a ver com Pombal como os ilustres supra homenageados. Ambos com edifícios e meras estatuas simbólicas e diminutas na grandeza das mesmas e na sua representação para um país tão pequenino como aquele que habitamos.
    Só assim entendo que em amena cavaqueira - sem segundo sentido - tertúlia vá lá se procure resgatar a memória de quem não é lembrado por qualquer benfeitoria da sua cidade - a seu tempo vila - ou do seu concelho. Vale a intenção? Sim, pelo menos os de cá do seu partido ficam a conhecer um pouco mais quem foi o politico e que pensava ou deixava de pensar sobre a social-democracia que acreditava ser mais de direita do que centro direita, mais liberal que social, menos estatal e mais privada, menos corporativa mas mais individual, mais intervenção do capitalista que do papel estado intervencionista.
    Acho eu que foi assim descrito... se não foi...
    Mas para mim o que me fica de memória e de conhecimento, é a proposta única e ainda actual que aplaudo e subscrevo; pelo PPD, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e também à Assembleia da República que assim se chama devido a uma proposta legislativa por si apresentada, durante os trabalhos da Constituinte.
    Quanto ao resto que seja lembrado até porque memória futura é necessária...
    Mas isto é só a minha opinião, vale o que vale, e quem sou eu para colocar em questão o que sapientes e experientes oradores naquele lugar recordaram?
    Não sei bem o que recordam mas que recordaram, recordaram.
    Pena no painel não estar ninguém que com ele privou em Pombal nos seus tempos de menino e moço.
    Já agora, parabéns pela iniciativa e fica a sugestão que o próximo a ser recordado seja Luís Torres, Dr. Luís Torres.
    Fui.

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