3 de setembro de 2014

Vereadores a mais e garotos a menos

Em Pombal verifica-se uma correlação negativa entre o número de vereadores a tempo inteiro e a economia local: decresce esta e crescem aqueles. Pode, até, não haver uma relação de causa-efeito entre os fatores - o desempenho do executivo municipal poderá não influenciar a economia concelhia ou o afundanço desta pode ser provocado, unicamente, pela crise nacional e europeia - mas que é estranho, é (ou nem tanto…)
Um executivo maior deveria produzir mais, atacar e resolver os problemas do concelho, fazer crescer a economia local, melhorar a qualidade de vida dos pombalenses. Mas não é isso que acontece. O concelho desfalece a olhos vistos.

Este ano, encerram sete salas do pré-escolar, algumas nos novos centros escolares. Nos próximos anos a situação agravar-se-à ainda mais: encerrarão, provavelmente, metade das salas atuais. Mas continuam a construir centros escolares aonde não há garotos!
Razão tinha o profeta: em terra aonde não há visão as pessoas desaparecem. E isso está a acontecer a um ritmo preocupante. Aonde é que isto vai parar? Quem mete mão nisto?

8 comentários:

  1. Bons dias
    Caro Sr. Malho infelizmente o mal é geral, nacional, não é só de Pombal. Procriar é fácil, o difícil é dar uma educação condigna aos que nascem
    O Sr. sabe bem quanto custa um filho na Universidade, sensação que eu ainda não sei valorar.
    Cada ano que passa vemos a juventude a sair de casa dos pais, mais tarde, antigamente saíam até aos vinte e poucos, agora saem debaixo das saias da mãe aos trinta e muitos quando não é aos quarenta ou até nem saem, logicamente têm filhos cada vez mais tarde, só um, ou até nem filhos querem.

    ResponderEliminar
  2. (Cont)
    O problema que se levanta é: quanto custa uma criança na pré? na ama? os livros no primeiro e segundo ciclos? na universidade? Porque cria uma banco de livros em Pombal? Porque razão a CMP não subsidia a natalidade? Porque não oferece o enxoval? Porque não compra os livros e os empresta aos alunos?
    A CMP tem tantos espaços , bibliotecas onde podia fazer o banco de livros, com a aquisição de livros para empréstimos o banco ganhava dinâmica e seria um êxito.
    Se não há crianças obviamente não são necessárias tantas escolas.

    ResponderEliminar
  3. Mostrar obras com o dinheiro ou o endividamento dos contribuintes ou com os fundos comunitários é a demagogia que começa a ceder face ao surgimento da consciência de exigência de responsabilidade. Apesara disso, muitas obras desnecessárias, ou previsivelmente desnecessárias, continuarão a ser “plantadas” para se mostrar capacidade de construir e governar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Estou de acordo consigo! É fácil gastar aquilo que não é ganho com o nosso suor, no entanto, no meu comentário anterior focalizei a minha escrita na questão da natalidade porque me pareceu ser o fulcro do post

      Eliminar
  4. Meu caro Engº. Malho
    Realmente, desta feita, acertou mo ponto. Tem toda a razão na forma em que (agora) destrinça os Vereadores e as nossas crianças.
    Mas… (lá vem para aqui a “porra” do dito mas) o caso, em meu entender tem, ou pode ter, leituras mais diversas sem que, essas análises, assumam a totalidade da verdade…
    Se mo permite poderei dar-lhe a saber que no Brasil, em muita Prefeituras, os livros escolares são da sua pertença e distribuídos às escolas, segundo o mapa de alunos de cada uma, sob a directa e única responsabilidade da directoria.
    Será que, em Pombal, esta medida “dá pra pegar?
    Para tanto, é preciso contornar os egos mais diferenciados com que a sociedade pombalense e não só) cultiva na sua maneira de estar e de ser dentro da própria comunidade.
    Quanto ao resto da sua postagem que considero de índole politica, o mal é oriundo da própria comunidade que poderia refletir os assuntos que muitos preferem criticar em vez de apresentarem pistas para as soluções.
    Cumprimenta-o o
    Pimpão dos Santos

    ResponderEliminar
  5. Ter filhos é, em Portugal, uma aventura. Em pombal, também. Com criatividade, a CMP podia reduzir essa dor, concordo. Não é fácil, mas pode ser feito. Vamos lá às sugestões. Por exemplo, criar ocupações de tempos livres gratuitas. Os miúdos pagam para ter aulas de música, para frequentar a piscina municipal (e a do Lourical, já aqui citada), dança, futebol... A CMP não podia fazer nada em relação a isso? Podia! Podia, e devia!

    ResponderEliminar
  6. Sugestão:
    Entrega as piscinas e escolas de música a igreja, esta tem subsídios!

    ResponderEliminar
  7. Eu tenho o meu Filho na ACUREDE, na Guia, provavelmente a melhor "Escolinha" do Distrito de Leiria.... mas querem mesmo saber quanto é que pago por ter um filho numa IPSS ??? Praticamente meio salario minimo... Será que uma IPPS não deveria ter uns preços mais contidos ?

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.