O Plano Estratégico da ETAP é um recital teórico que procura
embelezar o quadro negro que é a realidade da escola. É, no entanto, um
exercício falhado. Compreende-se o esforço do seu director, mas o resultado é
mais um prospecto seu, do que da escola. Existem muitas técnicas para embelezar
um cadáver; mas, por muito que se use e abuse delas, um cadáver será sempre um
cadáver.
O guião utilizado é sobejamente conhecido e ajustado ás
circunstâncias recentes: pintar o passado recente em tons muito negros (resultados
de 2013: -419.482 €), prometer uma ligeira recuperação e, no futuro, comparar o enegrecido passado com o cinzento do momento. Pelo meio faz-se um aumento de
capital de 300.000 € para poder respirar por mais uns tempos.
O problema é que o quadro não suporta cores vivas. Em 2014,
mais prejuízo (resultados líquidos de -124.676 €) e uma prometida estabilização
da situação económico-financeira que não acontecerá porque o ligeiro aumento da
atividade é improvável.
A escola precisa de um posicionamento claro e de uma
reestruturação de profunda. Não vai lá com frases feitas destituídas de
conteúdo. Que interessa afirmar uma estratégia corporativa de diversificação se
a escola, nos últimos anos, diversificou por tudo o que havia por onde
diversificar com os resultados conhecidos?
Que interessa afirmar uma estratégia competitiva de
diferenciação se a escola se diferenciou (meteu-se) em tudo e não é reconhecida
como especializada em nada?
Os responsáveis da escola continuam a empurrar com a barriga para a frente, adiando o problema, porque sabem que podem recorrer ao dinheiro dos contribuintes. Mas não se esqueçam: a escola, para existir e poder continuar a distribuir dinheiro, tem que atrair alunos.
Os responsáveis da escola continuam a empurrar com a barriga para a frente, adiando o problema, porque sabem que podem recorrer ao dinheiro dos contribuintes. Mas não se esqueçam: a escola, para existir e poder continuar a distribuir dinheiro, tem que atrair alunos.
Amigo e camarada Adelino Malho, boa noite.
ResponderEliminarEstiveste quase lá.
Mr. de La Palisse não diria melhor: A Escola para existir tem que ter alunos.
Abraço