A indemnização à
munícipe de Abiúl, no valor de 508.000 €, paga pela CMP, por danos provocados
pelo deslizamento de terras para um terreno que vale menos de 10.000 €, foi o
assunto que ocupou quase toda a assembleia municipal (AM). O resto, como vem
sendo habitual, foi despachado depressa, formalmente, sem qualquer intervenção
ou reparo - uma irresponsabilidade que se paga; quando, mais tarde, se faz uma crítica
e se recebe como resposta que a matéria foi aprovada por unanimidade.
A reunião foi mais um
round do combate entre Narciso Mota e
Diogo Mateus – o resto não conta. Depois de uma intervenção de Odete Alves (PS)
sobre o processo da indemnização à munícipe, e da resposta de Diogo Mateus com
indirectas fortes - está sempre com as garras afiadas e a sua fala é só
punhais, cada palavra produz uma ferida profunda -, Narciso Mota – já sem ligar
aos formalismos - discorreu longamente sobre o processo e propôs/sugeriu, no
final, que o executivo mandasse realizar uma auditoria para apurar a
responsabilidade dos intervenientes no processo e a trouxesse à próxima reunião.
Como não se pode fazer política sem estratégia, sem plano e sem tropa? Estava
dada a deixa ideal para Diogo Mateus se regozijar com a coisa: informou a AM que o executivo não
procedia com base numa manifestação de vontade do presidente da AM, pelo que era
necessário uma deliberação concreta da AM. Estava lançada a-casca-de-banana que
provocaria o espalhanço completo dos que gostam de se ouvir; dos que falam
porque sentem, e não porque pensam; dos que têm o coração mal casado com a
cabeça. Só visto!
PS1: custa a perceber
como é que um advogado da praça enrolou tanta gente que se diz competente e
experiente. Nem ele, no seu melhor prognóstico, alguma vez imaginou sacar tão
avultada taluda à CMP. Prova-o o facto de, na fase final do processo, ter proposto
um acordo a troco de uma indemnização de 150.000 € (negociável, com certeza).
Viria a sacar 508.000 € (já recebidos). Mas depois do que se viu e ouviu na
última AM, percebe-se…
PS2: A escandalosa indemnização paga exige o apuramento de responsabilidades e imputação do
direito de retorno patrimonial em relação aos responsáveis envolvidos - políticos
e juristas. Mas tal não vai acontecer porque há muita gente com o rabo
entalado.
A Responsabilidade politica, do grave erro, danoso para os cofres da CMP, só pode ser imputada ao PSD, pois governam o tão famoso Concelho de charneira desde 1993. Não faz sentido o retirar a agua do capote por parte do actual Presidente e muito menos do anterior. Assumam as responsabilidades e deveriam ser "condenados" também a repor do bolso as leviandades que cometeram na condução de todo este processo. Não foram eles que escolheram os advogados que representaram o Município ? Três gabinetes de Advogados no processo e deixam chegar até este ponto ? Porque não resolveram antes ? Excesso de confiança ? desmazelo ? Incompetência ? Algum destes factores foi...ou foram todos ?
ResponderEliminarIsto foi uma reunião da assembleia municipal? Que triste imagem ! Quem era o PRESIDENTE DA AM? Era aquele senhor da primeira fila do lado esquerdo que tratou os bois pelos nomes? Afinal, alguém me esclareça, tiveram coragem de apresentar alguma proposta? A proposta foi aceite pela mesa? Estão todos cúmplices e com medo da situação ? Alguém sabia o que estava a fazer ? Não me pareceu, triste imagem de um órgão autárquico por excelência que têm o poder fiscalizador e de deliberar sobre os mais diversos temas para os cidadãos. Por último sempre que o presidente quer intervir num tema ou usar da palavra em qualquer ponto da OT, mesma que em defesa da honra, deve abandonar a presidência da mesa e vir para a bancada como outro qualquer deputado, não sou eu que o digo, é a lei que o determina e todo o plenário pactua com a situação, estão todos felizes
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