O coiso continua com fel à coisa. Percebe-se: vaidosão como é abomina quem lhe faz sombra.
Para o coiso a política é para uma casta, feita dentro de quatro paredes. O coiso detesta escrutínio, transparência, antecipação.
O coiso é uma criatura risível, que quando torcido parece direito e quando oco parece cheio, para quem a banalidade é sofisticação e a coerência um embaraço.
O coiso fala por falar, simplesmente para se ouvir… Na última reunião, começou por criticar novamente a longa agenda, por estender demasiado a reunião, mas apressou-se logo a debitar banalidades durante mais de meia hora, até o presidente lhe retirar a palavra. Pelo meio, reconheceu – mais uma vez – que não leu os documentos e, por isso, iria abster-se em muitos pontos.
No final, destilou o fel que
o mata - que o matou -, revoltado por surgirem no “mentideiro e naquelas coisas
desagradáveis e lamentáveis de quem não tem mais nada para fazer nem sabe fazer
mais nada na vida” o que deveria ser seu e só seu. Antes já tinha sugerido o
enfiar a carapuça, agora estava mesmo a ver-se ao espelho. Quem ficou conhecido
como vereador-do-turno-da-tarde, para quem a profissão é uma miragem e o mérito
um apêndice, nunca merecerá respeitabilidade pública, mas poderia ter vergonha
na cara e respeito pelo cargo que ocupa.
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