As vias rodoviárias que ligam o norte e o centro de Portugal
a Fátima, em grande parte dos seus percursos, constituem um risco para a vida
dos peregrinos, como o demonstram as recentes mortes por atropelamento nos concelhos
de Pombal e de Condeixa.
A Igreja Católica, os sucessivos Governos e os Municípios por
onde transitam os peregrinos poderiam construir um caminho rústico interdito a
veículos motorizados, para proteção dos peregrinos, à semelhança da maior parte
dos troços dos caminhos de Santiago.
A omissão de iniciativas da Igreja Católica, principal
responsável moral pela proteção dos peregrinos, parece revelar apenas preocupação
com os resultados económicos das peregrinações a Fátima, de que é sempre a principal
beneficiária. Também os autarcas dos municípios atravessados pelos peregrinos, aqueles
que se fingem muito religiosos e que atribuem gordos subsídios à Igreja
Católica, para construção ou remodelação de adros de capelas, ou às associações,
para “atividades” sem utilidade, parecem não valer os cargos que exercem…
O Município de Pombal começa a falar numa solução. Veremos
se a mesma implica os habituais “remendos” na adaptação de vias rodoviárias ou a
definição dos “caminhos de Fátima” materializados em novos trajetos interditos
a veículos motorizados.
Caro Amigo ZGF. Na semana passada encontrei um grupo de peregrinos no Louriçal, que eram da zona norte do País e que faziam esse percurso, com visita ao Convento do Louriçal, seguindo directo á Guia, Ilha e seguiam assim directo a Carnide,Bidoeira de cima,Colmeias... sempre por estradas secundárias até Fátima. As Câmaras tem é de assinalar o percurso, e não construir caminhos pedonais isolados. A vantagem de se passar por povoações é de grande ganho tanto para os peregrinos como para as populações locais.
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarQuando há irresponsabilidade de quem conduz não há caminhos pedonais que os proteja, veja-se o caso de Condeixa em o condutor invade a faixa de protecção assinalada e destinada aos peregrinos!
Subscrevo o conteúdo do post e entendo que é fácil fazer um caminho pedonal para Fátima, pelo menos no concelho de Pombal. Se a igreja, principal beneficiada, solicitar 1 metro de terreno a todos os seus fiéis confinantes com o actual percurso para Fátima está criado parte do percurso pedonal, ainda, se o Sr. reitor do santuário de Fátima enviar para Roma menos 1 milhão de euros da sua receita em poucos anos todos os caminhos pedonais vão dar a Fátima e os peregrinos estarão mais protegidos .
Caro Roque
ResponderEliminarParece-me que também olhas para os peregrinos numa perspetiva económica. Não me parece acertada a opção de definir os percursos dos peregrinos pelas estradas municipais com o objetivo de beneficiar os estabelecimentos comerciais das localidades que atravessam, pois as estradas municipais também são perigosas, como ficou demonstrado recentemente com duas mortes por atropelamento na estrada dos peregrinos que liga Flandres (em Pombal) a Vermoil.
Só a construção de caminhos rústicos ou “trilhos” distantes das vias rodoviárias, de forma que não seja possível neles circularem veículos motorizados, mesmo em despiste a partir das estradas, evitando-se, assim, acidentes semelhantes ao de Condeixa. Naturalmente que tais caminhos ou trilhos terão de atravessar povoações, onde os peregrinos podem descansar e abastecer-se no comércio local e onde, apesar dos peões interagirem com viaturas automóveis, a velocidade máxima permitida é inferior e, consequentemente, o nível de segurança é razoável.
ZGF, tem toda a razão, mas depois no meio dos caminhos florestais não poderia começar a existir assaltos aos peregrinos ? Por isso acho que o mais sensato é mesmo o que esse grupo que encontrei faz, vão por estradas municipais e visitam as localidades com interesse Turístico e religioso.
ResponderEliminarJGF,
ResponderEliminarA Igreja Católica não investe em coisas sem retorno. O Cristianismo alimenta-se da desgraça humana, não da realização humana. A Igreja Católica fatura com a vida desgraçada e com a desgraça da morte.
Concordo, caro Adelino. E aqueles tectos do Palácio do Vaticano...dizem bem da "fé" que as pessoas depositam, fielmente, nas esmolas da "pobre" Igreja. Em nome de Deus!
EliminarAinda não percebi bem qual é a diferença entre a Católica e uma IURD, por exemplo... Talvez esteja na quantidade de dinheiro oferecida, será?