Raúl Castro, Presidente da C.M. de Leiria, defende a abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego Civil. Trata-se de uma iniciativa que, a concretizar-se, beneficiaria toda a região centro, nomeadamente (e em grande medida), Pombal. A existência de um aeroporto oferece novas e mais competitivas condições aos industriais de toda esta região, mas também uma nova perspectiva sobre o turismo nesta região. Já era tempo de se arranjar uma estratégia nesse sentido.
De qualquer forma, inegável é o facto de Pombal dever apoiar inequivocamente esta inciativa de Raúl Castro. Outra coisa não seria aceitável!
É uma iniciativa brilhante e a nossa região iria lucrar muito com isso.
ResponderEliminarAté já estou a imaginar a Tasquinha de Abiul cheia de Ingleses a comer bifes de touro...e a Serra da Sicó cheia de espanhois no montanhismo.
Muito boa ideia. Parabéns!
Já me referi em outros posts a essa ideia da qual sou grande adepto, essencialmente porque a BA tem capacidade para se tornar num aeroporto low cost, sem necessidade de obras custosas (os tais investimentos com retorno) bem próximo até de um ponto de enorme potencial turístico como Fátima. Não vejo mal nenhum em ter mais um ponto para atrair turistas com custos mais baixos, muito pelo contrário.
ResponderEliminarEra um projecto de grande valia, porque serviria o tanto o tecido empresarial (Leiria,Marinha Grande, Pombal, Alcobaça. Os serviços e ensino (Coimbra) O Turismo ( Fatima e toda a região de praias da Figueira da Foz até Peniche) e principalmente encurtaria a distancia dos nossos emigrantes da europa a Portugal. Muitos deles deixariam o carrito em casa e vinham visitar a familia em "low-cost"
ResponderEliminarO pior é se por perto começa alguma erupção...e lá se vão os "viões.
ResponderEliminarEnquanto isso não acontece, também já estou a imaginar as bichas de estrangeiros a comprar biscoitos no Louriçal.
Vivam os Gauleses.
A ideia até pode ser brilhante, qual ovo de colombo, mas o problema é implementá-la. As companhias low cost não querem viajar para aeroportos periféricos. É o grande problema do efeito de escala essencial para diluir custos. Em Beja também temos um aeroporto pronto, proveniente da reconversão de uma base da Força Aérea, e nemhuma companhia para lá quer voar.
ResponderEliminarCoisas. Não simplifiquemos o que não é simplificável!
Boas,
AM
Prestwick, Frankfurth-Hahn, Girona, Orio del Serio, Trieste, o 3º aeroporto de Estocolmo - 6 exemplos de aeroportos ditos periféricos que sobrevivem graças às low costs.
ResponderEliminarPara já abertura ao tráfego. Depois, se alguma companhia quiser pegar, óptimo, é para isso que o mercado serve. Façam as obras, como a Ryan Air fez no de Frankfurt-Hahn.
Não neguemos à partida algo que merece discussão.
João,
ResponderEliminarA abertura da base de Monte Real ao tráfico civil/comercial custa uma pipa de massa.
Em Beja, com a base já desactivada, o Estado já lá enterrou cerca de 50 milhões e ainda falta a certificação do aeroporto que não é nada barata.
A base de Monte Real é a principal base da Força Aérea, onde estão instaladas as esquadras dos F16.
Não tenho conhecimentos de defesa e de tráfego aéreo mas julgo que dificilmente poderão coexistir na mesma base aviões comerciais e as esquadras dos caças. Penso, não tenho a certeza, que obrigaria a transferir as esquadras de caças, e, nesse caso, os custos de reconversão de duas infra-estruturas seriam avultados. E para que mercado?
Boas,
AM
Por isso mesmo é que se estuda nesta fase a abertura. Eu não vou lá com todas as certezas, mas com os exemplos que vejo lá fora (e com bases aéreas desactivadas), não vejo porque não estudar e equacionar. Já agora o desperdício de Beja não esteve directamente ligado à Ota, por uma lógica concorrencial. Ora, num cenário em que o NAEL fica em stand by que mal vem ao mundo se, por uma vez, se quiser fazer um investimento que pode ser útil para a região centro. E menos oneroso que outros ditos mais estruturantes.
ResponderEliminarAdenda:
ResponderEliminarUm especialista na matéria diz-me que é possível a coexistência da infraestrutura militar e civil.
Boas,
AM
Melhor ainda. Estude-se. Com custo/benefício.
ResponderEliminarPeço desculpa pela intromissão, mas a minha opinião é a de que está longe de ser prioritária a abertura de Monte Real à aviação civil. Pombal está sensivelmente à mesma distância de Lisboa e Porto.
ResponderEliminarCom um aeroporto em Monte Real iríamos deixar de ter que nos deslocar até Lisboa (1,5 horas) para viajar via Monta Real (meia hora de caminho).
Parece-me mais importante centrar esforços num traçado de TGV (mais 4-5-6 anos temos o traçado Lisoa-POrto) que ajude o desenvolvimento da região.
No que toca ao aeroporto, ainda não consegui digerir a incompetência e falta de visão dos nossos políticos (a nível nacional e local) na decisão Alcochete em detrimento da OTA.
cpts,
Amigos e companheiros, boa tarde.
ResponderEliminarO Presidente Raul de Castro lançou, agora, uma discussão já velha.
Das três acessibilidades à nossa região, preferia duas, a saber:
A ferroviária. Vejam por onde está projectado o TGV.
A rodoviária. Vejam como está o IC8.
E isto atendendo a que a praia mais próxima dos madrilenos é a Figueira da Foz.
E atendendo que esse é o nosso mercado turístico preferencial.
Todavia nada tenho contra a abertura do aeroporto de Monte Real à aviação civil.
Vejo, só, muita dificuldade nisso.
E serviria para quê? Para viagens de negócios ou para viagens de turismo? Os estudos que foram feitos não são conclusivos.
Assim sendo, volto ao 4º Plano de Fomento, aquele que o 25 de Abril não deixou que o Governo do Dr. Marcello Caetano executasse.
Vem daí a transição da ferrovia para a rodovia.
Mais e melhores auto-estradas mas projectadas com cabeça.
Uma auto-estrada no centro do País, em cima da EN 2 (de Chaves a Faro) e outras transversais.
Por outro lado o TGV pretende ser um concorrente directo ao avião no transporte de passageiros.
Mas para que mercados?
O 11 de Setembro veio deitar abaixo este conceito quando nos obrigam a estar no aeroporto não sei quantas horas antes do embarque.
Por outro lado, ainda, a ferrovia tradicional, com a sua bitola ibérica, abandonou a transporte de mercadorias. Só comboios bloco.
Agora o TGV vai pelo mesmo caminho. Nada de transporte de mercadorias.
O nosso parque de veículos de transporte de mercadorias debate-se, no país, com a dificuldade das estradas que não estão preparadas para aqueles veículos ou as auto-estradas, que são muito caras e isso constitui um custo de produção.
Reconheço que estamos numa encruzilhada onde cada decisão a tomar é tomada com base em premissas que, entretanto, se alteram.
Difícil, não é?
Propunha antes a abertura do aeroporto internacional do casalinho, aos tais voos low-cost...acho que era uma ideia interessante, por dois motivos:
ResponderEliminar1.º - os turistas desciam do avião e podiam mandar logo ali um mergulho no nosso limpido e cristalino arunca;
2.º - não temos aqui o problema dos F-16...
Acho que não é uma hipótese a descurar...
As low-cost têm inúmeras utilidades, mas um "pequeno aeroporto" não serve apenas as low-cost. Claro que pensamos de imediato no turismo (em mercados específicos - público jovem que faz, hoje, de avião, o que em tempos fazia no inter-rail), o que nos arrasta para outra questão: que turismo? Temos Fátima, por exemplo. Ou os castelos (Ourém, Leiria, Pombal...). Mas podemos ter mais. Um aeroporto não resolve os problemas, nem atribui estratégia onde ela não existe. Mas é um meio adicional. E aí (pelo que temos visto), eles nunca são demais.
ResponderEliminarQuanto à relação custo/benefício, ou à "escolha" sobre quais as acessibilidades em que mais se deve apostar... meus amigos, sejamos um pouco mais egoístas, e vejamos as coisas de um ponto de vista meramente local/regional. Querem um exemplo? Eu não sei se a UE fazia melhor em dar dinheiro para o TGV em Portugal, ou para um TGV para a República Checa. Mas vocês não estranharão que eu defenda que ele deva vir para Portugal, certo? Ora, sendo eu da região de Leiria, tb peço estes investimentos estruturantes (como se usa dizer) para a nossa região. E eles lá na capital que decidam se é o local onde ele é mais necessário/rentabilizado. Eu voto em nós! :)
Companheiros, boa noite.
ResponderEliminarPara além do banho diário indispensável ao bem-estar, físico e mental, reparo agora, ao ler o que escrevi, que falei em bitola e em bloco (Não. Não é o Bloco de Esquerda. Tirem daí as ideias).
Para que não restem dúvidas vou tentar dizer o que é uma coisa e a outra.
A bitola é a distância entre as faces interiores dos carris por onde passa o comboio e que, na Linha do Norte, é de 1,665 m. Esta medida era diariamente verificada pelo Chefe de Lanço, com a sua bitola que tinha as tolerâncias devidas.
A bitola para além da Península Ibérica é de 1,445 m.
Essa diferença de medidas serviu para proteger a Espanha e Portugal de invasões, por caminho de ferro, vindas do centro da Europa.
A decisão foi da Espanha, no Século XIX, e Portugal….
Um comboio bloco é aquele cujos vagãos transportam produtos da mesma natureza e só circulam de noite.
Cimento, madeira, tijolos, areia….
Por curiosidade deixem-me dizer-vos que o túnel de Albergaria fica num cruto e que os antigos comboios, com os seus “jotas” (jota - J - era uma das letras que classificava os vagãos de transporte de mercadorias) tinham engates que não lhes permitiam que o comboio tivesse mais de 700 toneladas.
Assim, por uma questão de segurança e para vencerem a subida de Albergaria para Caxarias, era-lhes atrelada na cauda do comboio uma dupla, que era uma outra máquina com menor potência que estava estacionada nas Estações de Albergaria ou de Caxarias.
A travagem era conseguida por fricção, nas bogies, através de sistemas mecânicos accionados por guarda-freios que viajavam nas guaritas.
Isto com máquinas a vapor com o seu tender. Este servia, engatado à locomotiva, para transportar o combustível para abastecer a fornalha (lenha, primeiro e carvão de pedra, posteriormente. No tempo da última Grande Guerra voltaram à lenha, por falta de carvão de pedra).
Mais tarde era por vácuo.
Agora é por ar comprimido.
Bons/maus tempos.
Abraço.
Caro Sérgio,
ResponderEliminarNão tinha pensado na hipótese Casalinho, mas é, sem dúvida, uma excelente ideia!
Boas,
AM
Já o próprio Narciso Mota falava (está em acta de uma AM) na hipótese dos empresários virem visitar as suas empresas, usando a pista do Casalinho, logo...
ResponderEliminar...o homem é um visionário. Há dúvidas?
ResponderEliminarBoas.
AM